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20/08/2018

Prefácio ao Livro "Manifesto Sem Eira Nem Beira", de Barata Cichetto, por Cassionei Petry

Uma Barata Chamada Cichetto
Cassionei Niches Petry
Crítico Literário e Escritor (RS)
Prefácio ao Livro "Manifesto Sem Eira Nem Beira", de Barata Cichetto



Conheci o Barata Cichetto há pouco mais de cinco anos através de um de seus programas de web rádio. Depois de muita paulada sonora, rock de primeira, entrava uma voz cavernosa, com efeito de eco e ar messiânico lendo poesia! Estava diante de algo diferente, não me lembrava de ter ouvido algo parecido em um programa de rádio, mesmo na internet. Entrei em contato com ele, visitei seus blogues, e conheci o Barata cronista, além do poeta, contista, editor e mais das “trocentas” atividades que o cara faz há décadas. E, bem, ele tem como uma das referências o Franz Kafka. A confraria dos kafkianos é seleta.
Reunir suas crônicas em um volume que “para de pé” é necessário (e mais um desafio de uma cara que sempre arrisca) para registrar suas opiniões contundentes, sua pena sarcástica, seu lado “lítero-rock-cronicamente-incorreto”. Ter a honra de ser escolhido para ler e reler os fragmentos do pensamento dessa mente inquieta (mais de quatrocentas páginas que não dão conta do que ele tem para dizer!) e escrever sobre isso me pôs numa responsabilidade tremenda. Um pedido do poeta, porém, é uma ordem, apesar dessa palavra, “ordem”, não ser da predileção deste artista caótico.
 A crônica é um gênero que aceita uma porção de formas para sua composição. Barata sabe utilizar essa infinidade de recursos. Alguns, por exemplo, são poemas em prosa (como “O Escafandro e o Leão”), contos (“A História do Incrível Tom Vermelho e seu Incrível Gato Matapun”), manifestos (como o que dá título ao livro), depoimentos pessoais e memórias, resenhas (de livros, filmes ou discos), textos”desabafos do facebook”, prefácios, ensaios, artigos. 
Já na “Introdução nada elegante” ele mostra a que veio, usando da escatologia para mostrar que sua escrita é uma necessidade fisiológica. Quem conhece seus poemas não se surpreenderá com a crônica-introdução. Quem não o conhece terá o prazer ou desprazer de ser apresentado de forma nada lisonjeira ao Barata Cichetto.  
Os temas são diversos. Fala sobre o Barata adolescente em “O Sofá-Cama Vermelho (Ou As Mulheres Preferem os Espertos)”, mais precisamente sobre o que é ser esperto nessa idade, se é ser o valentão, o pegador ou leitor. Sabiamente, e para nossa sorte, ele escolheu por esse último “tipo de esperteza”. Em “O Que Eu Poderia Ter Sido, o Que Fui... E o Que Sou”, lembra, entre outros momentos de sua vida, quando deixou os estudos regulares do colégio, procurando somente as putas da Boca do Lixo. Seguiu na época, sem saber, um dos conselhos do escritor chileno Roberto Bolaño, cuja obra ele veio a conhecer anos depois: “A un aspirante a escritor le daría el consejo que nos dábamos los jóvenes infrarrealistas en México. Cuando teníamos 20, 21 años, teníamos un grupo poético, y éramos jóvenes, maleducados y valientes. Nos decíamos: vivir mucho, leer mucho y follar mucho.” 
Escreve sobre a paixão pelos livros, em “O Amante Perfeito” e pela poesia em vários textos. Imagina o ano de 2058, quando teria 100 anos. Diz: “Sou racista: não suporto a raça humana!” na sucessão de frases de “Tarde Demais!”. Escreve sobre os palavrões, cria um prefácio para um romance que nunca escreveu (mas que ainda dá tempo!), analisa a web rádio, tece uma ode ao cigarro (e lembro quando recebo seus livros com o forte odor dos cilindros brancos), fala sobre a morte, a dos outros e a dele.
Barata escreveu muitas notas de rodapé para citar as referências que vão aparecendo ao longo dos textos, mas às vezes escamoteia essas explicações para deixar para os bons entenderes essas relações. Tem ciência de que a obra literária não pode ser didática, por isso não abusa das notas. Quer dizer, às vezes abusa sim, mas esse é o Barata que usa e abusa das palavras, do leitor, da literatura.
Escreve em uma das crônicas: “...eu contemplo as ondas, pois são elas que formam o oceano”. Mais do que contemplar, antes ele dá o sopro forte (soprando a fumaça do cigarro) que movimenta as ondas, provoca ressacas e nos puxa para a amplidão do mar. Aí sim contempla o efeito das suas palavras, sempre contundentes, sempre ferindo. 
O Luiz Carlos é a barata raul-seixeana na tua sopa (mosca é para os fracos!), a barata clariceana que te espreita num quarto abandonado e que tu desejas engolir, é a barata kafkiana que prende teu corpo em uma cama. É a barata que não é pisada, mas sim aquela que pisa e esmaga o nojento ser humano.
Cassionei Niches Petry é leitor, escritor, professor e mestre em Letras (necessariamente nesta ordem), ainda que muitos pensem o contrário. Cometeu o crime de publicar, em edições precárias que quase ninguém leu, o livro de contos Arranhões e outras feridas e o romance Os óculos de Paula. Tem pelo menos três livros prontos para também não serem lidos. Suas palavras ao vento podem ser recuperadas no blog “Cassionei lê e escreve” (www.cassionei.blogspot.com). 



08/06/2015

Barata Sem Eira Nem Beira 2015 - Programa 08

Barata Sem Eira Nem Beira 2015 - Programa 08

Rush - Anthem
Poesia: Barata - Troco Poesia Por Dinheiro
Meat Loaf - Bat Out Of Hell
Grand Funk - Et Pluribus Funk - 04 - I Come Tumblin
Black Sabbath - 08 - Breakout
Poesia: Barata - Ausência (Animal Serenade)
Manfred Mann's Earth Band - Spirits in the Night
Esperanto - Eleanor Rigby 2
Ram Jam - Black Betty
Poesia: Cassionei Niches Petri - Ateu
Crazy World of Arthur Brown - Fire
Screamin Jay Hawkins - I Put a Spell On You
Johnny Cash - (Ghost) Riders In The Sky
Poesia: Barata - Confissões de Um Abismo
Seu Juvenal - Homem Analogico
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"Estou escrevendo mais um texto antipático e arrogante no blog. Vou postar aqui para parecer mais arrogante ainda."
Luiz Carlos Barata Cichetto Arroganteie-se, Cassionei Niches Petry. rs
Cassionei Niches Petry Escrevi uma vez um aforismo: "Arrogo-me o direito de ser arrogante."
Cassionei Niches Petry: este poema que está no blog também está no meu romance "Os óculos de Paula". Teria sido escrito pelo personagem Fred. Gostaria de ouvi-lo na tua voz no programa:
http://cassionei.blogspot.com.br/2012/07/concurso-leia-um-exercicio-poetico-do.html
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Ateu
Cassionei Niches Petri
Exercício Poético 

ateu

ateu
atiça
ata
desata
à cata
mata
rato
pato
acredita
mentira
escrita
ateu
desacredita
cita
medita
regurgita
poética
cética
tua
ética
patética
anti
ateia
trava
tudo
turva
túnel
até
tem
gente
crente
tolerante
inocente
taco
tiro
certo
mente
demente
tio
tia
parente
tiro
da frente
teia
tecido
texto
testa
tino
desatino
teu
teísmo
atesta
intelecto
ateu
traça
trajeto
reto
torto
até
restar
morto.

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Confissões de Um Abismo
Barata Cichetto
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)

A um citador contumaz de Niezsche: "Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."


Durante muito tempo eu mirei de perto o abismo
E numa falta absoluta de sentimento e de cinismo
Trocamos de lugar durante o resto da eternidade
E eu era agora o abismo e ele a minha perenidade.

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Ausência
(Animal Serenade)
Barata Cichetto

(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)

"Busco um abrigo das tempestades vermelhas quase invisíveis" - Joanna Franko

Ando deprimido e obscuro feito sombra de um burro cansado
Cabisbaixo feito lesma e mal afortunado feito ao feto abortado.
E entre ser a sombra de um asno ou torto igual um desgraçado
Prefiro estar morto, teso e fétido por meus pesadelos derrotado.

Quando desapareci feito sombra, ninguém sentiu falta de mim
E quando morri feito um aborto, ninguém pensou ser meu fim.
Mas já que eu era morto, obscuro e torto, fui sem jamais ter ido
E ninguém lembrou que eu era, então eu fui sem jamais ter sido.

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Anthem
Rush

Know your place in life is where you want to be
Don't let them tell you that you owe it all to me
Keep on looking forward, no use in looking 'round
Hold your head above the crowd and they won't bring you down

Anthem of the heart and anthem of the mind
A funeral dirge for eyes gone blind
We marvel after those who sought
The wonders of the world, wonders of the world
Wonders of the world they wrought

Live for yourself
There's no one else more worth living for
Begging hands and bleeding hearts
Will only cry out for more

Anthem of the heart and anthem of the mind
A funeral dirge for eyes gone blind
We marvel after those who sought
The wonders of the world, wonders of the world
Wonders of the world they wrought

Well, I know they've always told you
Selfishness was wrong
Yet it was for me, not you
I came to write this song

Anthem of the heart and anthem of the mind
A funeral dirge for eyes gone blind
We marvel after those who sought
The wonders of the world, wonders of the world
Wonders of the world they wrought, wrought, wrought


Hino

Saiba que seu lugar na vida é onde você quer estar
Não os deixe falar que você deve tudo pra mim
Continue olhando pra frente, não há porque olhar em volta
Mantenha a sua cabeça longe do chão que eles não vão conseguir te derrubar

Hino do coração e hino da mente
Um canto fúnebre para olhos que não enxergam mais
Nós admiramos aqueles que procuraram
Novas maravilhas no mundo, maravilhas no mundo,
Maravilhas no mundo que eles forjaram

Viva para você mesmo
Não há mais ninguém por quem valha mais viver
Mãos esmoleiras e corações sangrentos
Irão apenas gritar por mais

Hino do coração e hino da mente
Um canto fúnebre para olhos que não enxergam mais
Nós admiramos aqueles que procuraram
Novas maravilhas no mundo, maravilhas no mundo,
Maravilhas no mundo que eles forjaram

Bem, eu sei que sempre te disseram
Que era errado o egoísmo
No entanto, era para mim, não você
Que eu escrevi esta canção

Hino do coração e hino da mente
Um canto fúnebre para olhos que não enxergam mais
Nós admiramos aqueles que procuraram
Novas maravilhas no mundo, maravilhas no mundo,
Maravilhas no mundo que eles forjaram.
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Troco Poesia Por Dinamite
Barata Cichetto
224 Páginas, 111 Poemas
Prefácio: Ciro Pessoa e Esdras M. Junior
Gatos & Alfaces Artesanato de Livros
Arte da Capa: Barata Cichetto sobre radiografia de seu próprio crânio
Contracapa: Nua Estrela
Preço: R$ 40,00 + 10,00 Frete (Brasil)
Pedidos: (11) 9 6358-9727

contato@gatosealfaces.com.br