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26/04/2018

Prefácio a Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll

Todos queremos existir, mas existir me parece uma grande ficção
Viegas Fernandes da Costa
Prefácio ao Livro: "Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll"

Todos queremos existir, mas existir me parece uma grande ficção, ocorreu-me pensar certo dia. 
Penso que corria o ano de 2002 quando, pela primeira vez, Barata eu nos demos por conhecer. Não pela carne, mas pelo verbo. Escrevia um mailingzine chamado “Comentário da Semana”, que distribuía através de uma conexão discada de internet. Os tempos eram primitivos na cibernética tupiniquim! Luiz Carlos Cichetto fez o convite, acaso não gostaria eu de publicar meus comentários no site que ele editava? Topei, desde que pudesse transformar o “comentário” em “Crônica da semana”. E assim se fez, por mais de dois anos, toda semana, na labuta de cronicar para A Barata, o site em questão. Melhor, portal, porque site ficava muito pequeno para o universo que aquele espaço reunia. 
No início do século XXI o território virtual brasileiro era ainda bastante amador, isto para evitarmos o adjetivo “tosco”, repleto de gifs animados e corres berrantes. A Barata não! Espaço imenso, miríade de textos e autores, imagens, debates e, claro, rock’n’roll. Underground nas cores e na proposta! Havia um diferencial de qualidade em todo aquele trabalho construído pelo Luiz Carlos Cichetto, que incansavelmente editava e diagramava todo o conteúdo que ia ao ar, bem como estabelecia contatos, criava vinhetas, realizava entrevistas, escrevia seus textos e ainda gerenciava dezenas de colunistas que periodicamente encaminhavam seus materiais para publicação. Era tanta coisa, que ficava difícil acreditar que uma única pessoa estava responsável por manter tudo aquilo. Barata era quase uma lenda, pensava-no muitos, tentacular e alter-ego de uma comunidade de nerds. Nada, era sempre uno, o mesmo barbudo e magro que aparecia nas fotos das festas que organizava e que me respondia os e-mails. Surpreendente!
Sempre que me deparo com algum texto ou biografia de Antonin Artaud, entendo que a arte é urgência e emergência, em todos os sentidos que estas duas palavras podem carregar, e não vejo despropósito algum quando, ao ler esta autobiografia não autorizada do Barata, de reportar-me a estas urgência e emergência artaudianas. Luiz Carlos Barata Cichetto é urgência e emergência que transforma sua vida na matéria do seu fazer artístico-intelectual e se choca com um mundo higienizado, asséptico, ao qual incomoda com o desplante da sua existência. 
Todos queremos existir, mas existir me parece uma grande ficção, ocorreu-me pensar certo dia, e faço questão de reiterar.
Depois da experiência em A Barata, muitos foram os passos. Por vezes abandonavam-me as notícias de Luiz, como tão comum às amizades que se constroem na internet. Mas o cara é mesmo Fênix, e quando eu menos esperava, estava lá uma mensagem sua em minha caixa-postal, para um novo projeto, uma revitalização do site, uma revista que estava pensando publicar, uma rádio para a qual me convidava enviar material. Barata é barata, não há dúvida! E agora estas linhas para sua autobiografia, não autorizada. E, se não autorizada, permite-me então crer no exercício livre da memória empreendido por Luiz e percebido na leitura que fiz do livro. Vale lembrar, antes, que memória e lembranças são coisas diferentes, mas que aqui aparecem misturadas. Porque a memória é sempre a lembrança domesticada, ainda que livre. No caso deste livro, temos lembrança, mas temos também memória, porque permeada por uma escrita. Temos o exercício catártico de dizer para existir, escrita febril, torrente de verbo, mas temos também a presença de um narrador que organiza suas experiências e as revela ao público pelo filtro da memória. Assim, banal e extraordinário convivem lado a lado, tal qual na vida real, e nos é possível reconhecer um pouco desta personagem complexa em que se transformou Luiz Carlos Barata Cichetto. Reconhecer, como reconhecemos um nome na imagem, uma identidade na sombra, porque toda esta trama autobiográfica não autorizada é também ficção, como o é toda vida que experimentamos.
Para além, “Barata: sexo, poesia e rock’n’roll” contribui para compreendermos os deslocamentos nas margens paulistanas, no underground cultural. Luiz nos leva a passear pelos cinemas pornográficos, convida-nos a uma transa em um puteiro, a bebermos o desespero e a mágoa e a dançarmos enlouquecidamente ao som de uma banda de rock jamais alçada ao mainstream. Seu texto muitas vezes equilibra-se entre um Bukowski embriagado (êita pleonasmo maldito!) e um Bataille revelando-se na “História do Olho”.  É desabafo e monumento de um homem ciente do tempo, este lugar miserável que nos traga em sua superfície porosa e movediça. É testemunho de entrega a uma causa que sabe perdida, mas nem por isso menos necessária.
Todos queremos existir, mas existir me parece uma grande ficção, ocorreu-me pensar agora que escrevo sobre esta autobiografia não autorizada de Luiz Carlos Barata Cichetto. É isto, personagem e protagonista, Barata nos apresenta sua fábula e sua verdade, desnuda-se vestindo memória, e nos entrega um monumento, relato de um tempo e um homem. 
E, claro, existe!

Blumenau, 30 de maio de 2012.

* Viegas Fernandes da Costa é escritor e historiador.

Edit de 30/04/2018: Mensagem de Viegas Fernandes da Costa:
Luiz, sou filiado ao PT. Como tu mesmo escreveste, não sou bem vindo na tua página. Por isso, peço-te que não me marques mais em postagens tuas e te sugiro apagar o prefácio que um dia escrevi sobre teu livro,  por uma questão de coerência.

Resposta:
Ah, me desculpe. Eu não sabia. Vou desfazer amizade. O prefacio esta impresso no livro e os exemplares estão espalhados pelo mundo. Quanto a publicação no Facebook, vou remover. Sinto muito. Por você

19/06/2012

Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll - Release



"Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll - Uma Autobiografia Não Autorizada", é o nome do livro que o poeta, escritor, webdesigner, artesão, webdesigner e agitador cultural, Luiz Carlos Barata Cichetto está lançando. Em 140 páginas, o autor discorre de forma simples e direta os últimos quarenta e dois anos, iniciando sua narrativa no ano de 1970, quando começou a escutar Rock, até o ano de 2012. Curiosidades e detalhes sobre shows internacionais, detalhes de suas aventuras amorosas e como criou e mantem até hoje um site que no inicio do século foi uma referencia no cenário brasileiro de Rock e Internet.

Escrito de um fôlego só, em menos de uma semana, o livro foi também integralmente composto fisicamente pelo autor, que é o responsável pela diagramação, impressão e encadernação, por intermédio de um projeto chamado Editor'A Barata Artesanal. Sem qualquer tipo de revisão ou copidescagem e sem também qualquer pesquisa mais apurada, o livro foi escrito propositalmente baseado em lembranças e memórias do autor, sem uma preocupação histórica. Evidentemente que por tal estratégia, "Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll" poderá até conter erros de informação histórica, mas o que não invalida a intenção de Barata que é a de criar um painel cultural das ultimas quatro décadas, apimentando esse painel com cenas eróticas e com fatos que até então apenas poucos amigos dentro do seu Universo, o da Musica e da Poesia conheciam.

Luiz Carlos Barata Cichetto tem mais de 1.000 poemas e cerca de 2.000 crônicas e contos, a maior parte publicado em seu projeto A Barata. Entre 2002 e 2006, organizou inúmeros eventos culturais denominados Fest'A Barata, que reuniam além de bandas de Rock, outras expressões artísticas. Foi manager da banda Patrulha do Espaço, onde entre outras coisas criou o nome e o conceito do CD ".ComPacto". Criou também sites para várias bandas do cenário, tendo sido pioneiro em oferecer espaços gratuitos para sites de artistas.

Em 2010 escreveu Vitória ou A Filha de Adão e Eva, uma Opera Rock, tendo a parte musical a cargo de um dos maiores expoentes do Rock Progressivo no Brasil, Amyr Cantusio Jr. Nesse ano também criou a Editor'A Barata Artesanal com o objetivo de publicar de forma artesanal seus próprios livros mas que acabou também por publicar outros autores.  Além de inúmeras edições de revistas virtuais, também criou e produziu, sempre com recursos próprios, as revistas Revist'A Barata (2000 a 2004) e atualmente a Revista "Versus". Neste ano de 2012, a parceria com o cantor e compositor Ciro Carvalho trouxe nova faceta, a de letrista, que rendeu de imediato a composição de 50 musicas que serão ainda neste ano apresentadas em um show que está sendo montado e num CD ainda em fase de gravação.

"Para além, 'Barata: Sexo, Poesia e Rock’n’Roll' contribui para compreendermos os deslocamentos nas margens paulistanas, no underground cultural. Luiz nos leva a passear pelos cinemas pornográficos, convida-nos a uma transa em um puteiro, a bebermos o desespero e a mágoa e a dançarmos enlouquecidamente ao som de uma banda de rock jamais alçada ao mainstream. Seu texto muitas vezes equilibra-se entre um Bukowski embriagado (êita pleonasmo maldito!) e um Bataille revelando-se na “História do Olho”.  É desabafo e monumento de um homem ciente do tempo, este lugar miserável que nos traga em sua superfície porosa e movediça. É testemunho de entrega a uma causa que sabe perdida, mas nem por isso menos necessária." (Trecho do Prefácio do Escritor e Historiador Viegas Fernandes da Costa)

"Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll - Uma Autobiografia Não Autorizada",
Luiz Carlos Barata Cichetto
Editor’A Barata Artesanal
2012 - 140 Páginas
Lançamento Oficial: 08/Julho/2012, Domingo, das 11:00 as 19:00
CIAM – Centro de Incentivo a Arte e a Música
Rua Xiririca, 237 – Tatuapé – São Paulo - SP
Preço de Venda Internet: R$ 30,00 (Despesas de Correio inclusas)
Pedidos: http://www.abarata.com.br/livros.asp?secao=L&registro=1
Contato Com Autor: (11) 6358-9727
E-Mail: barata.cichetto@gmail.com

31/05/2012

Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'nRoll, por Viegas Fernandes da Costa


Trecho  do prefácio, por Viegas Fernandes da Costa

"Barata: Sexo, Poesia e Rock’n’Roll” contribui para compreendermos os deslocamentos nas margens paulistanas, no underground cultural. Luiz nos leva a passear pelos cinemas pornográficos, convida-nos a uma transa em um puteiro, a bebermos o desespero e a mágoa e a dançarmos enlouquecidamente ao som de uma banda de Rock jamais alçada ao mainstream. Seu texto muitas vezes equilibra-se entre um Bukowski embriagado (êita pleonasmo maldito!) e um Bataille revelando-se na “História do Olho”. É desabafo e monumento de um homem ciente do tempo, este lugar miserável que nos traga em sua superfície porosa e movediça. É testemunho de entrega a uma causa que sabe perdida, mas nem por isso menos necessária." - Viegas Fernandes da Costa, Escritor e Historiador, Blumenau, SC