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23/01/2016

Outro Desabafo Inútil

Outro Desabafo Inútil
Luiz Carlos Cichetto
Dias atrás postei no Facebook um texto-desabafo sobre o destino de artistas que, como eu, são ignorados pela imensa maioria das pessoas, mas que teimam em continuar com sua arte. Entre "curtidas" diretas à postagem e compartilhamentos, chegamos a mais de 100.. Puxa, dirão alguns, é bastante... Bem eu tenho 2.200 "amigos" no Facebook. Então, matematicamente esse numero é ridículo. Acontece que estou acostumado a números ridículos. Mas acima de ridículos percentuais, acima de ridículos interesses, existe algo que muito me deixa perplexo, é saber do conformismo da maioria. Mesmo entre aqueles que concordaram comigo, a maioria ainda acredita que "é assim mesmo, o que podemos fazer?" O que pode fazer? Tem muito o que podes fazer. E garanto que a própria pergunta já é em si confissão de conformismo. Desânimo, claro, existe. Mas entre as pessoas que se conformam, e que com seu conformismo nos mantém com a cabeça enfiada na merda? Essas pessoas que se conformam nos mantém na miséria, sem sequer o conforto de uma palavra, de um elogio... Para não falar que a imensa maioria desses conformados, não compram nossos livros, CDs ou quadros. Não querem, muito mais do que não podem. A maioria, e tenho exemplos bem próximos que me provam isso, usam o "não posso" como desculpa para "não quero".

Falando por mim, estou acostumado a ser ignorado. E o fato de afirmar que estou acostumado a isso não quer dizer que me conformo. Até pessoas mais próximas silenciam à simples menção do meu trabalho literário... Não gostam? Ah, sim, há muitos palavrões no que escrevo... É isso? Claro que não. Quanto muito uma desculpa.. Mas, fico me perguntando: desculpa para o quê? O que faço é ruim? Minha poesia é ruim? Não, ela não é. Tenho consciência disso, tenho senso crítico apurado. Então, qual o motivo real? Nunca perguntei diretamente talvez por medo da resposta (?)

Ah, sim, as mesmas pessoas que criticam meus palavrões - o que é de uma hipocrisia filhadaputa - assistem programas violentos na televisão, por exemplo. E até expõem seus filhos a isso com uma normalidade absurda. Isso é: sangue e porrada na tela da TV pode. Gente se arrebentando na pancada pode. Palavrão não pode... E se acham donos da cultura. A maioria são fantoches criados nos laboratórios das faculdades.
E antes de terminar um adendo: não cursei nenhuma universidade, sequer o ensino médio, mas me orgulho sim dos livros que li, das putas, das bichas e das ex mulheres com quem aprendi o que sei. E de transportar esse mundo através da minha história para os meus poemas. Do que vocês tem medo, afinal? De mim? Ah, não tenham medo de mim e não me ignorem para tentar afastar de si o espelho. Não tenham medo do espelho.

22/01/2016

O Cordel Em Ritmo de Rock de Jorge Bandeira


A primeira vez que tomei contato com um texto do escritor, professor e diretor de teatro Jorge Bandeira, foi procurando textos na Internet sobre o líder-fundador do Pink Floyd Syd Barrett.

Um primoroso texto, escrito em parágrafo único, com uma "viagem" psicodélica que versava sobre Karine, a namorada naturista do musico inglês, que cuja foto nua ao fundo era a capa do seu primeiro disco solo.

O primoroso texto, publicado num site sobre naturismo e dedicado "a um floydiano chamado Genecy", me chamou tanto a atenção que deixei marcado nos favoritos do meu navegador e vez ou outra voltava e o relia, percebendo a nuance das cores apresentada, e os detalhes desnudados, literalmente. Isso foi por volta de 2010.

Alguns meses depois, quando eu escrevia alguns textos polêmicos no site de Rock Whiplash, travei amizade com Genecy Souza, que logo percebi ser um sujeito de refinado gosto por musica e dono de um bom senso a toda prova. O nome, um pouco estranho me bateu quase que de imediato, como a quem o texto do Bandeira era dedicado.  Era o próprio.

Por intermédio dele, fui apresentado (da forma como alguém é apresentado a outro alguém em uma rede social) ao Jorge.  Nascia ali uma amizade, uma parceira enorme que incluiu a edição de dois livros por parte da Editor'A Barata Artesanal, e a participação como  colaborador em todos os seis números de uma revista independente que eu criei no final de 2013e que durou 2 anos.

A marca de Jorge, além de outros textos, era justamente esses textos, em literatura de cordel, contando a história de ídolos do Rock e da musica em geral. Os seis primeiros cordéis foram publicados na revista, os demais criados especialmente para este livro.

Literatura de cordel é tida como algo menor, ao menos por aqueles acostumados à "grande" literatura urbana, como algo ligado à algo puramente "brasileiro", sem estrangeirismos. Então, ao misturar o mundo do Rock com o mundo da literatura de Cordel, Jorge Bandeira cria uma salada cultural  sem similares, com o sabor acre da literatura predominante no nordeste e norte brasileiros, com o sabor, digamos amargo do Rock. O resultado? Apreciem.

Luiz Carlos Barata Cichetto, Escritor e Artesão de Livros, 2016.

19/01/2016

Luto Por Mim. Luto Por Nós!


Ah, não chorem a morte de seus ídolos. Estão mesmo todos mortos. O câncer que matou Bowie, Lemmy, Dio e tantos outros não chegou até eles de outro planeta, nem de nada de fora deles. Fazia parte deles como suas canções e a cor de seus olhos.

E quanto a nós, artistas da fome, que morremos à míngua, sem apoio, sem direito a um mínimo sequer de conforto, sem às vezes o básico para sobreviver? E quanto a nós, que ainda teimamos em produzir nossa arte a despeito da imensa maioria burra e surda? E quanto a nós, o câncer também nos deitará?

Não é preciso! Estamos mortos há muito tempo, pela obsolência programada pela mídia, pela indústria cultural, pelas mentes corrompidas por migalhas políticas. Somos obsoletos, pois nos dedicamos à nossa arte e fazemos do talento apenas um pequeno ingrediente, e com trabalho produzimos mais e mais. Mais e melhor. Melhor e mais. Sim, escrevemos, fazemos vídeos, compomos, pintamos e bordamos, na maioria das vezes em trabalhos solitários em buracos sem ventilação, em quitinetes minúsculas e porões mal iluminados.

A mídia não nos enxerga, as pessoas não nos enxergam, cegas pelas falsas luzes brilhantes dos holofotes que jogam sobre seus olhos. Acham que são livres, mas são prisioneiros. Prisões sem grades. Acham que estão vivos, mas fedem dentro de sarcófagos de vidro e concreto.

E quanto a nós? Pessoas e artistas como eu, Barata Cichetto, e como Amyr Cantusio Jr., Del Wendell, Nua Estrela e tantos outros? Quanto à nós? Sobra o câncer? O que nos sobra?

E choram a morte dos ídolos.

Não chorem.

Eles estão mortos.

E quanto a nós?

"Qualquer estado, qualquer entidade, qualquer ideologia que não reconhece o valor, a dignidade, os direitos do homem, esse estado é obsoleto" (Rod Serling, no desfecho do episódio).

Luto por mim. Luto por nós! Luto!

06/01/2016

Alpha III Project - Ataraxia (Featuring Barata Cichetto)



Em Filosofia, Ataraxia significa quietude absoluta da alma. Segundo o epicurismo, o apanágio dos deuses e o ideal do sábio. Já na Psicologia, o termo é referido a uma doença psicológica relacionada a apatia extrema.  E é justamente essa relação, entre ser um elevado estado de espírito ou uma doença psicológica, que norteou a criação dessa obra de Amyr Cantusio Jr., através de seu projeto musical Alpha III.  Portanto, a A Ataraxia seria para alguns a busca de um estado mental, o nirvana, e para outros uma fuga total da realidade.

Convidado por Amyr, o poeta Barata Cichetto criou uma história, um épico, que conta a história de uma sociedade que vive em um planeta chamado Ataraxia.

A provocação, marca registrada dos dois autores, está intrínseca justamente na constatação da sociedade atual, cuja apatia pode ser confundida entre a busca por esse estado mental de "libertação", com a falta total de qualquer interesse. As religiões modernas são o melhor exemplo.

A obra foi composta para ser ouvida independente do poema. Portanto, a liberdade do leitor/ouvinte é total. O texto pode ser lido juntamente com a audição ou independente dela.

A arte de capa é da artista gaúcha Nua Estrela, que também é a criadora da capa de outra obra dos mesmos autores, a Ópera Rock "Madame X - À Sombra de Uma Morta Viva".



LINK PARA DOWNLOAD
(Arquivo compactado contendo capa encarte contendo o poema.)



07/12/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - 33


Bad Axe - Vacation
CWT - Mind Cage
Liquid Jesus - Feelings Flower

Glen Hughes - I'm The Man
Deep Purple - Lay Down, Stay Down
Grand Funk Railroad - Country Road

Foo Fighters - The Pretender
Marilyn Manson - The Beautiful People
Turisas - Hunting Pirates

Joy Division - Transmission
Morphine - Radar, The Only One
Frijid Pink - Music For The People

Orion's Beethoven - Amistades Desparejas
Tierra Santa - Nerón
V8 - Hiena de Metal

Patti Smith & Leonard Cohen - Sweet Jane
Rollins Band - Get Some Go Again
The Velvet Underground - The Gift

Stevie Wonder - Superstition
Blind Faith - Presence Of My Lord
Uriah Heep - Tales

Pink Floyd - Arnold Layne
Pink Floyd - Embryo
Pink Floyd - See Emily Play