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Plágio é Crime: Todos os Textos Publicados, Exceto Quando Indicados, São de Autoria de Luiz Carlos Cichetto, e Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. (Escritório de Direitos Autorais) - Reprodução Proibida!


19/03/2016

Editor'A Barata Artesanal lança nova Coletânea de Poesia: 45 R.P.M. - Relicário de Poesia Marginal".

Capa Provisória
Atenção poetas e escritores: a coletânea 45 RPM teve duas regras e prazos alterados: por dificuldade em fechar o numero de participantes, estamos dividindo em dois volumes. O primeiro, constará de 23 autores, e a segunda, impressa posteriormente, outros 22. Para o volume 1, faltam 2 participantes, e as inscrições encerram impreterivelmente dia 25, com o envio de poemas até o dia 02 de Junho. Portanto, se ainda você quiser participar desse primeiro volume, faça já sua inscrição. Mais informações: www.editora.abarata.com.br ou pelo celular (Tim - Whatsapp) 11 96358-9727.

A exemplo do ocorrido há dois anos, quando lançou a coletânea 33 1/3 R.P.M, a Editor'A Barata Artesanal comemora seus seis anos de existência com uma coletânea ainda maior e melhor: "45 RPM -  Relicário de Poesia Marginal". Atente às regras de publicação. Em caso de duvidas, entre em contato.

1. Um livro impresso de poemas com a participação de 45 poetas que publicarão três (3) poemas cada.
2. Não é concurso literário: todos os inscritos, que comprovem sua participação com o pagamento da cota de adesão estão automaticamente selecionados.
3. Não há limite de tamanho aos textos, nem temas, não havendo também nenhum tipo  de impedimento a uso de quaisquer palavras ou linguagem. Apenas pedimos que os autores tenham bom senso em não enviar textos longos demais.
4. Os poemas podem estar escritos em qualquer língua e é aberto a Autores moradores em qualquer país.
5. Não há exigência de ineditismo, podendo ter sido qualquer trabalho já publicado em qualquer mídia.
6. A Editor'A Barata Artesanal fará a revisão de textos, mas solicitamos aos autores que procurem enviar textos corretamente escritos, para evitar problemas de interpretação;
7. O livro impresso terá o formato 14 X 20, capa dura e arte reproduzindo um Compacto Simples antigo (Single)
8. A edição do livro é artesanal, com costura e colagem manual, com capa colorida e miolo em papel sulfite 90 gramas.
9. O numero de páginas será definido após o envio de material de todos os participantes, mas estará entre 200 e 250 páginas.
10. A tiragem será de 200 exemplares, sendo que cada Autor receberá 3 (três) exemplares por sua participação. O restante será vendido pela Editora, sem nenhuma participação dos autores nos lucros advindos dessa comercialização.
11. Cada Autor inscrito deverá arcar com uma cota de participação financeira de 99,00, que será revertida nos exemplares que receberá.  O valor inclui as despesas de envio dos exemplares via correio.
12. O numero de Autores será sempre 45 (Quarenta e cinco). Caso o Autor queira adquirir mais de uma cota, isso se reverterá em numero de exemplares impressos, mas não na quantidade de textos publicados
13. As inscrições serão de 20 de Março de 2016 a 30 de Abril. A confirmação, mediante comprovação de pagamento de depósito na Caixa Econômica Federal será até 1 de Maio.
14. Caso não se complete o numero de participantes, o Editor poderá convidar outros participantes, sem pagamento da cota, mas sem direito a nenhum exemplar.
15. O preço de venda ao publico leitor será a critério da Editora. O Autor que desejar adquirir exemplares adicionais poderá fazê-lo ao custo de 39,00 cada.
16. Os exemplares remanescentes serão colocados à venda em livrarias independentes de São Paulo.
17 Não haverá lançamento publico.
18. Não há cessão de direitos de publicação, estando todas as obras preservadas em seus direitos Autorais.
19. O livro será amplamente divulgado tanto no site da Editor'A Barata Artesanal, quando nas redes sociais, sempre com destaque aos nomes de todos os Autores participantes.
20. Recomendamos aos Autores que registrem seus textos perante o Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, antes do envio.

ATENÇÃO: ALTERAÇÃO NAS REGRAS DE CONTEÚDO:
21 . Podem ser enviados textos em prosa (conto, ensaio, crônica), sendo que prevalece a mesma quantidade de 3 trabalhos, mas com um limite de 6 laudas, juntando os 3.

Instruções Para Envio
1. - Textos digitados em Word, sem nenhuma regra de espaçamento ou formatação. Apenas deve ser colocado um texto em cada folha, com os títulos em destaque.
2. - Envie apenas 3 (três) poemas escolhidos para a publicação. Não envie poemas em numero superior a esse.
3. - O arquivo deve ser enviado como anexo ao email: editora@abarata.com.br e no corpo do mesmo a frase: "Eu, fulano de tal, Autorizo a publicação dos textos anexos na coletânea: 45 R.P.M. - Relicário de Poesia Marginal e estou ciente que a efetivação de minha participação está condicionada ao pagamento da cota de participação." - Abaixo dessa frase, o nome completo do Autor e os seguintes dados:
 - Nome Literário
 - Nome Real (Não será publicado) Caso seja o mesmo, repita.
 - Email
 - Data de Nascimento
 - Endereço Completo, com CEP, Cidade e Estado que reside (Não será publicado)
 - Telefone de Contato, com DDD (Não será publicado)
 - Mini Biografia (esta sim, com numero de caracteres definido: 600 caracteres.

Mais informações, com Barata, pelo email acima ou pelo celular (11) 9 6358-9727.

Site da Editor'A Barata: www.editora.abarata.com.br
Fan Page:  https://www.facebook.com/EditorABarata


Luiz Carlos "Barata" Cichetto
19 de Março de 2014

15/03/2016

Barata Sem Eira Nem Beira - 07


Raimundos  - Andar Na Pedra
Psychotic Eyes - The Humachine
Camisa de Venus e Walter Franco - Canalha (ao vivo)

Grand Funk Railroad -  Heartbreaker
Grand Funk Railroad -  Inside Looking Out
Grand Funk Railroad -  Mean Mistreater

Alceu Valença - Sol e Chuva
Casa das Máquinas - Pra Cabeca (Jogue Tudo Pra Cabeca)
Joelho de Porco -  Boeing 723897

Pretenders - Back On the Chain Gang
Jefferson Airplane - Somebody To Love
Heart - Crazy On You

Raul Seixas - Tente Outra Vez
Raul Seixas - Preludio
Belchior - Galos, Noites E Quintais
Belchior - Sujeito de Sorte

Johnny Cash - (Ghost) Riders In The Sky
Screamin Jay Hawkins - I Put a Spell On You
Electric Light Orchestra - It's a Living Thing

Zé Ramalho - Avôhai
Taiguara - Universo no Teu Corpo
Ney Matogrosso - Poema

Elvis Presley - It's Still Here


Pepeu - Malacaxeta
Rene Seabra - Maria da Louquidão

09/03/2016

A Esperança é Um Cão Fiel

A Esperança é Um Cão Fiel
Luiz Carlos Cichetto

"Não somos nossas experiências. apenas temos experiências." - Raul RC

"Negona" é uma cadela enorme que foi abandonada e espancada por seu antigo "dono" numa ponte sobre um córrego em frente a padaria onde compro meu pão de manhã e tomo minhas doses de Cynar a noite, Ela é minha companheira nas noites em que espero ônibus que não trazem ninguém. Ela se deita ao meu lado, levanta os olhos e olha sempre em direção ao mesmo lugar: a ponte sobre o córrego ao lado, onde contam foi abandonada e espancada. Olhamos em direções diferentes, mas temos muito em comum em nossas histórias. Eu fico me perguntando por que alguém abandonaria e ainda espancaria um ser desses.. Teria ela mordido seu antigo "dono"? Mas, mesmo sendo isso, qual o motivo de ter feito isso?. Mas o fato é que "ele" não a suportou, e além de abandonar a espancou até aleijar. Talvez ela pense que um dia o carro que a deixou ali pare e quem a abandonou abra as portas e um sorriso e a recolha nos braços e a leve para casa. A fidelidade nos animais é algo que a humanidade perdeu, até virarmos seres mesquinhos e egoístas, capazes de abandonar aqueles que nos amam de fato. Provavelmente a "Negona" latia no quintal espantando estranhos, e abanava o rabo de felicidade em ver chegar seu "dono". Mas um dia, talvez por algum motivo, ela possa tê-lo descontentado, até mordido. Quem sabe enlouquecida por barulho de fogos... Mas aquele ser, movido por uma loucura inóspita, simplesmente a abandonou. E não contente em abandonar, a espancou para que ela nunca mais mordesse ninguém. E fico pensando, se acaso o ex "dono" da "Negona" sente remorsos ou saudades dela. Se sente falta. Possivelmente não, pois quem ama não abandona, não despreza, não trai. É possível que ele pense que não tinha outro jeito se não a de a abandonar, afinal ela o mordera, e poderia fazê-lo de novo. Ele nunca pensou na razão daquela mordida, nunca pensou que aquilo poderia ser o reflexo de seus próprios atos. Uma reação, uma forma de chamar sua atenção, Ou até mesmo de lhe pedir carinho. Mas, agora ela fica ali, andando de um lado para o outro, latindo e correndo atrás de cada carro que passa, fiel a esperança de que um dia algum possa parar.. Mas, "Negona" é uma cadela velha e manca, e decerto suas esperanças um dia chegarão ao fim sem que o tão esperado carro pare. Quero dizer a ela que não espere, quero que se erga e ande. Mas ela apenas ergue um dos olhos e se deita, como quem me dizendo "esperarei". E sei que ela esperará, sim. Até o fim da vida, talvez atropelada por algum outro carro.

09/03/2016 

03/03/2016

Barata Sem Eira Nem Beira - The Final Cut

Cumplice do Meu Próprio Assassinato

A melhor coisa que pode acontecer na minha vida é a minha morte. Goze, vadia que roubou minha poesia e minha respiração. Que arrancou minha vida, sufocou minha respiração. Passo meus dias vazios em busca de mim. Onde estou? Cadê eu? Pergunto a mim mesmo... A tristeza me escolheu mais uma vez, como consorte... Sou um poço, sem fundo e sem luz.  A escuridão, o medo. Sou um velho que se arrasta por um mundo devastado. Onde andará minha rainha, perguntou o bufão ao rei. Na minha cama, respondeu o rei maldito. E todos os reis são malditos. E na sua cama, todos são reis. E são malditos. Lágrimas do bufão não incomodam aos reis. Nem as rainhas putas. Goze com minha dor em rede social. Se anime, se arrume deixe que o inferno consuma minha alma. Poetas chorosos não te dizem respeito, nem te inspiram respeito. Porcos não entendem poesia. Leia uma poesia a um porco, escreva a uma poesia a um porco e o máximo que irás conseguir será ser lambuzado de merda. Mas, apesar de tudo, queria que chegasses no próximo ônibus, sorrindo e me dizendo que fostes obrigada por força de uma arma, de uma chantagem, a agir da forma que agistes. Mas, sou tolo e sonhador por acreditar em histórias bonitas. Acreditei, sim, nas histórias sobre amor, sobre esse sentimento que eu sabia estar perdido. Acreditei, como num roteiro de novela de televisão, na redenção do vilão. Mas a vileza consumiu-te os ossos, roeu-te a carne. E eu fiquei, acompanhado da dor e de meu copo de Cynar, acompanhando apenas daquela tal cadela aleijada, esperando um ônibus que eu sei que jamais chegará. Poetas são tolos, ingênuos e sofredores por natureza. E essa é minha natureza. A sua, a natureza da vingança, não permite o amor. Sim, sou um velho poeta, cansado de acreditar, cansado de cansar. Cansado da vida. A natureza humana corrompida, é minha dor. Meu socorro, minha crença, numa cozinha pintada de verde se esvaiu como um gozo volátil. Num instante era prazer, no outro virou dor. Todo prazer vira dor, ou toda dor vira prazer. A seu bel-prazer. Dei esperança, tive esperança, mas fiquei sozinho numa dança... Macabra dança que acaba em morte. Em vingança contra mim mesmo, por não conseguir o crime perfeito. A tolice da minha poesia, a ingenuidade do meu ser, minha voz que grita contra teu desdém, tudo agora calado. Quieto e surdo feito a morte. Essa, que apelas ela, pode calar a dor. A coragem e a covardia que se misturam. Não há mais razão, não há mais emoção. Apenas silêncio. Quero a escuridão: coloquei cortinas pesadas na janela. Quero o silêncio, me fechei no quarto e dormi. Até que a melhor coisa da minha aconteça. Enquanto gozam os culpados. Gozo também eu por mim, cúmplice do meu próprio assassinato.