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17/03/2012

Cohena Vive! - O Livro

(Pronuncia-se: "Córrena")

Composto de 54 poemas, a maior parte sobre a dor, a angústia, a incompreensão e apreensão sobre os destinos dos seres desumanos, "Cohena Vive!" é o 12º livro publicado pelo poeta, escritor, webdesigner, artesão e produtor de webradio Barata Cichetto, 54 anos completos, escritos no período entre 2011 e 2012. O terceiro em papel, incluindo o primeiro, de 1981, impresso em mimeógrafo a álcool. O segundo, uma junção de dois outros chamava-se "O Cu de Vênus" e tinha cerca de 100 poemas do autor. "Cohena Vive!" é mais um projeto da Editor'A Barata Artesanal, criada pelo autor, que publica livros artesanais em pequenas tiragens.

Antes que alguém pergunte, Cohena sou eu... Sou eu porque o nome Cohena, com referencia à minha pessoa apareceu num sonho que tive e que relatei na crônica-poesia que dá nome ao livro. "Cohena Vive!" é decorrência de um processo de composição e decomposição pessoal, fruto da percepção da decadência da espécie humana, que se arrasta por um planeta que ela mesma destruiu. Angustiado pela alienação com que a maioria das pessoas, embora portando armas poderosíssimas nunca sonhadas, se entrega aos dominadores e à falsa liberdade "proporcionada" pelas redes sociais... O que aconteceu com a capacidade de indignação das pessoas? Todos querem apenas o espelho, pouco importa se quebrado ou de cristal. O objetivo é o Eu, o Eumismo, termo que criei para definir a presente Era Humana.

Os poderosos descobriram uma forma de dominação sem sangue e sem tortura física, que é o de jogar as pessoas umas contra as outras através de leis e estimulo a atitudes pseudo politicamente corretas que teoricamente as favorecem, mas que apenas tratam de acirrar a intolerância. Assim, a sociedade foi transformada em algo inócuo, que age segundo seus próprios e egoístas interesses. Estamos então numa sociedade que apenas consegue conjugar a primeira pessoa do singular em qualquer verbo e cujo verbo mais importante é o “ter” e onde o fascismo disfarçado de liberalismo impera. A Sociedade Humana foi dominada e parece gostar muito disso, ou ao menos não se importar.

Então, "Cohena Vive!” é contra tudo isso. E nesse ponto Cohena sou eu. Sou aquele que, com a imagem pintada num muro, clama por humanidade. Minhas armas são minhas palavras, amontoadas umas em seguida às outras formando poemas.. A poesia está em você, querido amigo ou amiga, em frente à estas páginas, sejam elas impressas em papel ou pontos num monitor de computador... E usando a frase que cunhei, a partir de uma dita por Pablo Picasso: minha arte não é para decorar estantes, é antes de tudo, uma arma de guerra. Até quando Cohena vive? Até quando viver a Poesia! Agora "Cohena Vive!" E Cohena sou eu!

18/03/2012




4 comentários:

  1. Cohena e Luiz Carlos “Barata” Cichetto são a mesma pessoa. O primeiro é o personagem de um sonho do segundo; este, faz de seu (anti?) herói um aventureiro envolvido em causas ora surreais, ora existenciais, ambas permeadas de sexo & álcool & cigarros, tendo como cenário um porão que ele e sua mulher chamam de lar. E é este cenário em que o duro confronto com a realidade de um marido-poeta fracassado-boêmio, ante o sentimento de culpa por sua mulher ter que trabalhar para sustentá-lo – ele, sua poesia e seus personagens. Mais Bukowskiano, impossível.

    ***

    O maior barato da literatura dita independente reside no fato do autor não se prender a interesses outros que não os dele. Barata organiza seus poemas numa certa desordem cronológica, sem dar-lhes um critério de preferências, tampouco pelo que dá nome ao livro, o qual só irá aparecer lá na página 72. É óbvio que isso está na literatura desde sempre, mas esta forma marginal de celebrar uma santa anarquia diante da dureza que é viver diante de tantos questionamentos e poucas respostas.
    Os tais questionamentos se distribuem de acordo com o estado de humor, paz de espírito (salvos os meus enganos interpretativos), o desprezo pela morte; a luta contra um deus mudo, inerte, logo inexistente. Embora pareçam escatológicos à primeira olhada, sujos na essência, onde as putas amadas e desamadas, os poemas resumem a tal miséria humana, deste e de outros tempos.

    ***

    (Resenha escrita ao som de Banga, o puta álbum de Patti Smith).

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  2. Amigo Genecy: primeiramente lhe agradecer por não apenas ter sido a primeira pessoa a pedir a minha autobiografia e agora a primeira pessoa a explanar sua opinião publicamente sobre Cohena Vive! Segundo, meus agradecimentos por colocar de forma tão sincera os sentimentos com relação ao trabalho. Nada é mais gratificante a quem, como eu, busca a arte pela arte, opiniões desta forma, com sentimentos puros. E por fim, obrigado por oferecer a Cohena uma leitura tão bem acompanhada, da genial Patti Smith. Grande abraço.

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  3. Ora, não seja por isso. Toda forma de arte tem, basicamente, duas pontas, dois extremos: de um lado está quem a produz (escritor, ator, compositor, pintor, cineasta...); e, do outro, o público, que a interpreta das mais diversas maneiras, ou, o que é pior, não passa de um consumidor totalmente passivo, manipulável e descartável. Já eu, você e tantos outros, são passionais, exigentes, críticos, enfim, "sentem" essa arte muitas vezes no ponto do sofrimento ou da cumplicidade. É assim (penso que é). Parabéns pelo livro.

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  4. Exigente, passional e critico... È, amigo Genecy... Sou assim mesmo. Acho que no fim, as pessoas são assim por terem mesmo medo de se expor, por insegurança de sua própria capacidade de análise e sentimento... Ou por pura preguiça mesmo. Muita gente acha que a opinião de um artista é irretocável... Outros porque não querem se comprometer... Então, fico muito feliz em ler análises como as suas. Sempre muito bem-vindas!

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