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06/05/2012

Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll - Uma Autobiografia Não Autorizada

"A Led Slay era uma criança habitando um antigo empório... E minha morada e namorada de fim de semana.. E no auge dos meus 15 para 16 anos um presente, o maior dos presentes que os deuses do Rock, a quem eu começara a cultuar me dariam: "Alice Cooper no Brasil". O real primeiro show de uma banda de Rock por estes lados.. Janeiro de 1974, depois de dormir a porta do Anhembi, ser quase massacrado e ficar a cerca de uns 500 metros do palco e não conseguir ver absolutamente um milímetro da ponta da cauda de Kachina fui pra casa feliz e orgulhoso... E no dia seguinte sentia-me tão bem, que depois do trabalho como continuo do Banco Commercio e Indústria de São Paulo, de paletó e gravata, fui parar num puteiro da Avenida São João... " Trecho da minha autobiografia 'Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll - Uma Autobiografia Não Autorizada'", que sai em junho pela Editor'A Barata.


Capa Final

6 comentários:

  1. Em primeiro lugar, duas coisas:

    1. Não curto autobiografias; 2. Detesto baratas.

    No primeiro caso, o autobiografado, noves fora raras exceções, faz uma vitrine linda e vistosa de sua vida, atenuando ou omitindo atos e fatos nada lisonjeiros e, ao mesmo tempo, superdimensionando, digamos assim, o lado luminoso de seu ego, num exercício de autoindulgência aliada a uma boa dose de narcisismo, que simplesmente detonam um entendimento honesto sobre sua obra. No segunda está aquele insetozinho asqueroso e oportunista, ao qual atribuo os piores desvios de caráter que uma pessoa pode ter. Costumo dizer que gente assim possui o perfil ético de uma barata.

    No entanto, como nada é absoluto, é possível dar uma chance às exceções, fazendo com que autobiografias e baratas (essa palavrinha que gera trocadilhos com os mais diversos sentidos) componham um universo que nos é muito caro: a tentativa de compreender tudo o que nos cerca, mantendo o mínimo de sanidade e o máximo de humor, esse analgésico da alma. E é nessa mistura que entra em cena “Barata: Sexo, Poesia & Rock’n’Roll”, livro que o ativista/idealista/poeta/cinéfilo/amante/radialista/filósofo/agitador/pai/compositor/produtor, enfim, louco de pedra, Luiz Carlos ‘Barata’ Cichetto fez vir à luz.

    Feito nas coxas, “Barata...” começa, segundo minha lógica ilógica, na página 138, a qual exibe uma lista de 42 álbuns (a maior parte, de rock) que são símbolos sonoros, sensoriais e cartas confessionais de uma vida que foi – e é! - tudo, menos medíocre. Dessa forma, esses discos embalam as aventuras e as desventuras de um personagem testemunho de duas eras: a do mimeógrafo e a da internet. Em ambas, nosso Brancaleone do underground cultural brasileiro investe contra o mesmismo e o efeito manada político e cultural, além das duas ditaduras que imperaram no Brasil: a militar e a econômica. Esta, ele deixa bem claro, se refere à praticada pelas gravadoras, grandes mutiladoras dos nossos amados LPs. Só quem já dobrou a esquina dos 40 anos (eu, por exemplo) sabe da agonia de juntar uns dinheiros para comprar “aquele” disco dos nossos sonhos, das longas esperas, dos altos preços, dos grandes engodos, enfim...

    O barato do livro do Barata está nos muitos pontos coincidentes entre a trajetória de vida dele e a nossa. É fácil, facílimo, nos vermos ao menos em um de seus parágrafos. A nada santíssima trindade Sexo, Drogas (não somente as ilícitas, mas as líquidas - destiladas e fermentadas) e Rock’n’Roll, não necessariamente nesta ordem, tampouco divida em partes iguais. Para nós, que temos na música, no cinema e na literatura todo um referencial de vida, com descobertas, amores fugazes, noites de esbórnia, empregos medíocres, pouco ou nenhum dinheiro, cinemas & filmes & amigos & amigas baratos; muitas ideias bombardeadas pela sensação de impotência. É aquela tentativa de mudar o mundo, mas o mundo nunca está de acordo. Felizmente, a teimosia embalada pelo rock e seus filhos (da puta ou não) fazem, apesar de tudo, algo divertido e merecedor de lembranças impressas num livro. Descubra-se no livro do Barata. É o maior barato.

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  2. Obrigado, amigo Genecy, pelo texto sobre meu trabalho. Confesso que fiquei apreensivo com sua opinião, afinal, você foi a primeira pessoa a comprar meu livro, e uma das primeiras a lê-lo. O "nas coxas", longe de qualquer sentido ruim, neste caso foi um tanto proposital, pois conforme afirmo no próprio texto, foi escrito em cerca de 4 ou 5 dias e não passou por qualquer espécie de revisão. Foi uma decisão arriscada, eu sei, mas no fim, eu queria algo muito natural, como algo vivo e ao vivo, com todos as imperfeições que algo assim possui.

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    1. Obrigado digo eu, Barata. De certa forma fico até aliviado por você ter gostado. Esta é a primeira vez que dou uma opinião diretamente ao autor da obra, correndo o risco de ser mal interpretado ou algo do tipo. Compreensivelmente, autores costumam ser um tanto ciumentos em relação a suas obras, sejam elas livros, discos, filmes, peças de teatro, etc. Às vezes, um comentário pode funcionar como uma declaração de guerra.

      Grande abraço e sucesso!

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    2. Eu que me sinto extremamente aliviado por teres lido e comentado. A maior parte das pessoas, talvez por receio, se omite em dar a opinião sobre uma obra. E garanto-lhe, mesmo que ela fosse desfavorável eu lhe agradeceria sinceramente, pois, se não estivermos preparados para a opinião de nossos melhores (e unicos válidos) criticos, que são nossos leitores e amigos, seria melhor deixar as obras guardadas dentro da gaveta ou do armário.

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  3. fiquei com vontade ler este livro. Oportuno.

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    1. Querido Jorge: sacie sua vontade! Leia-o! Grande abraço!

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