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15/12/2012

Prefácio a “Raul Seixas: Vômito de Metáforas”, de Isaac Soares de Souza


Prefácio a “Raul Seixas: Vômito de Metáforas”, de Isaac Soares de Souza
Luiz Carlos Barata Cichetto


Sabe aquelas pessoas que você conhece muito recentemente e acredita que, pelo histórico coincidente, gostos afinidades deveria ter sido seu amigo desde pelo menos adolescência? É o caso entre eu e Isaac Soares de Souza. Há poucos meses recebi um email dele elogiando um texto meu que foi alvo de muita fúria, onde eu falava sobre os plágios cometidos por Raul Seixas e dizendo-se meio envergonhado por não ter conhecido meu trabalho antes. O fato é que a vergonha foi de ambas as partes, pois também descobri nele um grande escritor, com vivências que poderiam ser parte das minhas, como a amizade, durante muitos anos, com Raul Seixas. Para completar, somos do mesmo "ano da graça do nascimento de Cazuza, Tim Burton e Bruce Dickinson", como gosto de definir 1958. E sendo, nós dois, além dos famosos acima, nascidos numa época perdida no tempo, maldita e frouxa, nos dedicamos, cada um de seu lado a experimentar, nos dedicar às nossas paixões e depois escrever. Temos também em comum a formação na Universidade da Vida, onde o diploma é a certidão de óbito. E é ela quem nos oferece a mal-formação e a deformação necessárias a sermos escritores por excelência, por desejo e por raiva, numa desconstrução filosófica de uma frase proferida por Raul, o mesmo Seixas que de certa forma nos colocou um no caminho do outro. E afirmo isso sem que com isso eu precise trair meu ateismo mutante e mefamórfico. Afinal, tanto ele, Santos Seixas, como Isaac e eu, sabemos que não existem verdades absolutas, apenas individuais. E são essas verdades individuais de Raul, que Isaac apresenta, juntamente com pensamentos próprios neste "Raul Seixas: Vômito de Metáforas". E como pósfacio desse prefácio, na redundância do regurgito de Isaac, metamorfoseado em espumas cristalinas do mar da intranquilidade raulseixista, cíclicas camadas de alumbramento, desgosto e poesia, deixo um poema de Raul, para sua degustação, congestão e vômito: 

Metido a Escrever (1984)
(Por que se eu não escrevesse por certo morreria)
Eu, louco do absurdo / Cansado de cansaços / Desmorono-me em breves reticências / Meus dentes caem / Meus lábios doem de tanto arder / Ardor de falar / Palavras inúteis / Poeta do caos / Imbecil como uma criança / Imprudente como uma mulher / Estômago ácido-espelho-da língua? / (Raul Seixas)
Luiz Carlos Barata Cichetto, Poeta, Escritor, Webdesigner e Editor Artesanal. Ou apenas outro cara metido a escrever...

15/12/2012

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