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15/03/2013

Arquíloco


Arquíloco
Barata Cichetto
"Não há pessoas privilegiadas / Em um campo de batalha." - Arquíloco de Paros, Seculo VII A/C.

Um dia pelos idos dos setenta, quando poesia ainda era arma
Nas estantes de uma biblioteca, ainda acreditando em carma
Quando procurava pela obra de Maugham, o Fio da Navalha
Conheci a história de um guerreiro pobre e morto em batalha
Arquiloco, primeiro a colocar em primeira pessoa poesia lírica
Foi chamado de mercenário e de precursor da poesia satírica.

De Paros, conheci a história do suicídio do sogro inconformado
E o poder da poesia ferina e pena afiada desse heróico soldado
Filho ilegítimo de uma escrava em Tasos, o general das raposas
De escudo contra o aço das espadas e seu fascínio pelas esposas
E com o versado aprendi a comer e beber com a lança em riste
Mas apoiado na lança não era soldado, mas o poeta que resiste.

Mas de todos o maior segredo é que mortos não tem glória
Que lhes sobram apenas desgraças e um lugar na história
E a nobre arte de ferir duramente aqueles que ferem a mim
Pois aos mortos e feridos apenas o que sobra é o que é ruim
E por termo e por dedicação ao nobre guerreiro, o meu escudo
Coloco seu nome numa obra, fruto do meu senso e meu estudo.


(Nota: em 1981, lancei um livro mimeografado de poesia com o nome "Arquíloco", edição que foi perdida, mas recuperada recentemente.)

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