Shi
Barata Cichetto
Por isso a pontapés eu a atiro na sarjeta.
Malvada, é ela a culpada da minha desgraça
Megera, por causa dela não tenho uma calça.
Não tenho por ela nenhuma espécie de respeito
E a culpo por tudo aquilo que não tenho feito.
Outro poema? Penso agora antes de continuar
Desgraças e maledicências, coisas de lupanar.
Mas antes que alguma decência me impeça
Encaixo no quebra-cabeças uma ultima peça
Procurando ter ao fim ter um quadro sórdido
Pois é ela do pintor apenas o quadro sórdido.
Há tempos a tenho ofendido demais, puta fedorenta
Mas que a tamanha desgraça pouca gente aguenta
E eu a suporto a tempos maiores que um matrimônio
E ainda fico calado quando me chamas por demônio
Ah, maldita a sugar minha carne e franzir minha testa
Por que não me deixas morrer, apenas o que me resta?
Não, eu não quero foder contigo, piranha desalmada
Deixe que fique somente com o ardor da musa amada
Pois agora envelhecida e quase morta imploras por mim
E diz que jamais descansará enquanto não vires meu fim
Mas antes eu chutarei sua boca para que te cales, vadia
Pois matar-te é um ato de sobrevivência não de covardia.
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