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18/06/2013

Oito ou Oitenta (Aos 80 Anos de Meu Pai)

Oito ou Oitenta
(Aos 80 Anos de Meu Pai)
Barata Cichetto

É, mas e agora que não é o oito, mas o oitenta
Que as pernas não correm e a cabeça inventa?
O que tenho a responder sobre aquilo que pergunto
E o que posso falar sobre estar perto e nunca junto?

Mas, e agora o que posso lhe dar senão a mão
E um abraço, acima da desculpa e do perdão?
O que tenho a oferecer é pouco, e quase inteiro
E pergunto: aceitas o presente de um bordeleiro?

E agora, que não somos nem pedreiros e nem serventes
Decerto não seremos eternos, sequer seremos sementes
O que podemos esperar, senão o dom de uma sanidade
Que possa nos consolar até o fim da mortal eternidade?

E agora não precisamos mais lamentar o que perdemos
Nem mesmo chorar sobre presentes que não nos demos
Pois nossas barbas estão brancas e sorrisos mais abertos
E importa é que sejamos errados, mesmo estando certos.

11/06/2013

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