Barata Cichetto
(Proibida a Publicação Sem Autorização do Autor)
Imagem: https://br.pinterest.com/pin/444660163181234476/
E nas costas chagas doloridas de carregar meus irmãos
Filhos não há por diminuir a carga, socialistas por inércia
Enquanto eu reacionário, sou comparado ao rei da Pérsia.
Quase sessenta e antes longos, meus cabelos são ralos
E se outrora fui Barata, agora sou apenas o Luiz Carlos
Mas se entretanto e portanto fui e sempre serei o poeta
Um dia serei apenas um defunto como previu o profeta.
Descreio das sinas, dos destinos e da praga santificada
Sofro por minha crença e busco a prostituta crucificada
Fui condenado ao desprezo por um tribunal de exceção
E meu direito a paternidade executado pós condenação.
No fim das contas, faço cálculos, mas não chego ao resultado
A quantas penas de morte um homem poderá ser condenado?
Na Sexta-Feira da Paixão, sinto a dor de toda a cristandade
E concluo que na espécie humana não é possível Irmandade.
03/04/2015
(Este poema é parte da trilogia "Escritos Sinóticos", que contem ainda: "Sábado de Aleluia" e "Domingo de Páscoa" e foram escritos nesses dias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!