O CONTEÚDO DESTE BLOG É ESPELHADO DO BLOG BARATA CICHETTO. O CONTEÚDO FOI RESTAURADO EM 01/09/2019, SENDO PERDIDAS TODAS AS VISUALIZAÇÕES DESDE 2011.
Plágio é Crime: Todos os Textos Publicados, Exceto Quando Indicados, São de Autoria de Luiz Carlos Cichetto, e Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. (Escritório de Direitos Autorais) - Reprodução Proibida!


13/07/2015

Dia do Rock

Dia do Rock
Luiz Carlos Barata Cichetto
William Blake

Entre crenças, lembranças e desavenças, estamos indo, a bordo, o bardo no bar do desejo, do beijo e do ensejo. Sem rimas, em cismas, do destino, dos anjos, augustos e arbustos. Robustos. Sem eira nem beira. À beira do caos, do abismo e do suicídio. Barata, barato. Qual é o barato, de fato? Trato e contrato, retrato e destrato. O que há de bom para hoje? Pergunto ao Sol. E ele diz: eu! Meto, prometo e arremeto diante dos seus olhos. É preto, é branco, é cor, diante de mim apenas incolor, inodoro e injusto. Tudo eu. Logo eu, justo a qualquer custo, no susto que tomei. Assusto! Temeridade! Ansiedade e angústia. Augusta, baixo Augusta e a alta Augusta, aquela dos Anjos e dos milagres que nunca acontecem. Não sou anjo caído, fui jogado do céu, contra as pedras e quebrei um pedaço da asa esquerda. A direita ainda pode voar. Espero. Anjos voando sobre minha cabeça, feito pombos. Cagando. Há gatos no armário, ratos no esgoto, e me esgoto de tanto esperar por milagres que não existem, por deuses mortos e por filósofos descrentes. Há crentes no portão, é domingo de manhã. Acreditam na sua fé, enquanto meu café esfria na xícara de lata. São soldados aqueles. Não há democracia no Paraíso. Um ditador, anjos soldados e uma massa de seres humanos, escravizados diante do trono. Há cachorros perdidos, abandonados pelas ruas, cagando nas calçadas. Tanta merda que é impossível não pisar. Há tanta dor pelas sarjetas que não tem como não sentir. Um louco em cada esquina, um poeta em cada ponte. Prestes a se jogar. No viaduto há sempre um morto, uma puta e uma velha senhora a tecer um cachecol. Tanto frio que nem sinto meus dedos, nem meus medos. Guardo segredos embaixo do cobertor para que não morram de frio. Deixo que os medos congelem lá fora. Muito frio, debaixo dessas telhas de amianto. Tanto, tanto frio. Não rio da sua desgraça, não quero de graça. Não me faça um favor. Por favor!

13/07/2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!