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30/01/2016

Limites

Limites
    Para R.

Barata Cichetto   
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais - Reprodução e Cópia Vetadas)


Eu estou sempre no limite de fúria e tesão
A dinamite e orgasmo na mesma explosão
Sempre a beira de um precipício imaginário
Ou ao centro de um orifício extraordinário.

Estou sempre a perigo correndo risco mortal
Não há nenhuma satisfação que me seja total
Cordas prendendo as minhas pernas e braços
E não sei a diferença entre porradas e abraços.

Não me sigas que me perco, se perca de mim
Procure o meu começo e encontre o meu fim
E o que agora eu amo, odeio em um segundo
Sem saber sobre o buraco em que me afundo.

Seguro nas mãos uma arma contra a cabeça
A minha ou de quem quer que me apareça
E se me arrasto ou me queixo da tua rejeição
É pelo resto do que deixo para a tua refeição.

Pinto o teu retrato das cores que te enxergo
E depois o apago como os olhos de um cego
Busco minha morte sem planos e por impulso
E arranco as cordas que prendem o meu pulso.

Céu e Inferno são minhas vizinhas fronteiras
Deuses e demônios guardam as suas porteiras
E numa guerra eterna travada dentro de mim
O mal e o bem transam sobre a relva carmim.

É certo que agora te use, errado que te acuse
E que das tuas carnes tenras eu coma e abuse
Pois há em mim a mesma tirania das crianças
Que punem aos adultos com doces esperanças.

Suporte meus acessos de ira e ataques de fúria
Que suporto teus excessos e palavras de injuria
E se não tolero comigo nenhuma frustração
Morro agora, mas não aceito tua contradição.

Receba meu afeto surdo até perder os sentidos
Aceite minhas culpas, desculpas e desmentidos
E entenda meus receios contra tudo o que vive
Pois em mim nada há e nada de fato sobrevive.

Preciso sossegar meu coração, afagar minh'alma
Mas onde anda o que preciso por minha calma?
E se deito e me masturbo buscando meu prazer
Apenas encontro a dor e o horror do desprazer.

Há buracos em mim e os preencho de vazio
Depois encho de cacos de ti e a sacos esvazio
E enquanto esperas que passe minha tormenta
Trago tempestades que da tua fome se alimenta.

Amarre meus pés e me aperte nos teus braços
Guarde-me na carteira, e junte meus pedaços
Escutes a meus gritos antes de chegar até a porta
Bebas de tudo de mim quando abrir a comporta.

E fiques longe de mim, que não quero estar a sós
Permaneça distante de si, desapareça diante de nós
Afasta-te daquilo que te mutila, corte-me a corda
Que estarei dormindo do jeito que não se acorda.

Manipule-me e te manipulo, chupe e te chupo
Mas não me desculpes, porque eu não te culpo
E se nas tuas fantasias brutas, bebes o meu mijo
Saibas que te saciarei com prazer, dor e regozijo.

Arrasta-te a meus pés e te chuto o rosto imundo
E por impulso te abandono só por um segundo
Mas se julgares a mim por meu caráter impulsivo
É certo que te tratarei feito a um inseto repulsivo.

Mas não temas, que mal algum lhe posso fazer
Pois tenho em minha bolsa um quilo de prazer
E se nas minhas carnes finas deixares teus dentes
Saberei que é paixão o que por mim ainda sentes.

12/10/2015

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