Luiz Carlos Cichetto
Amigos que acreditam ser, eles próprios, loucos e malucos, afirmam que sou, eu mesmo, um careta. E há os outros, que veem a si próprios como conservadores, que decretam que sou, minha própria pessoa, um doido sem cura.
Outros que juram ser ateus, acreditam e tem fé, que eu seja, eu mesmo, religioso demais, enquanto existem os outros, que na crença, são capazes de blasfêmias, apontando ser eu um maldito ateu.
E tenho também amigos outros, que comunistas eles próprios, declaram que sou eu um maldito capitalista, enquanto tantos e quantos outros, propriamente ou não capitalistas, jogam-me na vala escura dos comunistas.
E ainda existem tantos outros que acreditam ser aquilo que são, e sendo assim, certos de que não são os outros senão o lado oposto de seus rótulos, por que afinal é preciso um para que vários existam. É preciso a diferença para que a igualdade prevaleça. E é preciso que exista o mal para que o bem aconteça. A morte dura uma eternidade, e não há o certo nem o errado, quando prevalece a individualidade.
12/05/2019
Sejamos loucos, mas sufientemente lúcidos para manter nossa loucura sob rédea curta, dessa forma, podemos moldá-la ao nosso gosto ou às circunstâncias.
ResponderExcluirSomos cercados por gente ora careta, ora moderna demais. Ambos os grupos se perdem no pântano da hipocrisia embrulhada para presente. E é essa mesma gente que se vale dos rótulos para emparedar aqueles que optam pela individualidade. Para eles desejo a morte, simbólica, é claro, que dura uma eternidade.
E o pior é que quando falo "amigos", estou usando o termo adequado. É mesmo a vaidade suplantando até mesmo a hipocrisia.
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