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19/05/2019

Os Seis Cegos Indianos e o Elefante Efervescente

Os Seis Cegos Indianos e o Elefante Efervescente
Luiz Carlos Cichetto

Arte só é valida se a gente estoura os miolos de alguém... Nem que sejam os próprios. E diz Daniel Kobra Kaemmerer: "Verdade mesmo! Somos rebeldes suicidas." Exatamente. Somos suicidas rebeldes, apenas demoramos a vida inteira pra apertar o gatilho... De um revólver sem balas. Ou de balas sem revólver. A cada estrela que morre, nasce um grão de poeira. Poeira. Poesia. Poe, Edgar. Allan. Tycho Brahe: "Ne frustra vixisse videar!" Tycho Brahe e seu nariz de ouro. Ou de cobre. Cobre. Recobre. Redobre. Abram minha sepultura e retirem o ouro enterrado dentro da minha carcaça. De graça. Desgraça! Desgraça pouca... É pouca desgraça. Disfarça. E entrega o ouro ao bandido. E a seu cavalo o cocô. Um verme pode estar cheio de vermes? Vem ver-me! Agora? Mesmo! Eu nunca descobri uma estrela. Nenhuma estrela me descobriu. Onde anda Deus? Pregando entre os ateus? Entre os meus? Judeus? Teus? Onde andam os porcos? Não há mais chiqueiros. Nem canetas tinteiro. Aprendi a escrever com caneta tinteiro. Tinha até mata-borrão. De papelão. Caderno brochura que era mais barato que o espiral. "Caderno de molas",  colchão de espuma nem pensar. Sofá rasgado. De couro artificial. Lagartixas sem rabo. Panelas sem cabo. E nenhum feijão para ser cozido em sonho. Qual é a origem de Orígenes? Minha existência é um dramalhão escrito por um mexicano e  filmado por Tarantino. Izabel Cristina tinha "O Direito de Nascer" E de ser. O que fosse. Onde fosse. E para onde fosse. Mamãe Dolores. Mamãe e suas dores. Coragem, João. Coragem, Irmãos! Nunca soube jogar futebol. Era o Irmão Covarde!  Deixa eu fazer como Elvis: atirar na televisão. No rolo de papel higiênico. Ato cênico. Obsceno. Seno, cosseno. Tangente. Secante. Saída pela tangente. Teorema de Pitágoras. E Ágora? Agora, não! Caiu uma estrela na minha cabeça. Não era uma maçã, não! Descobri a lei da gravidade, sem gravidade. Apenas era da maior gravidade. Escrevi um breviário. Em breve estará nas igrejas. De joelhos. Coelhos não sabem ficar de joelhos. A poeta, de sexo feminino se diz poetisa, mas eu digo que é uma sacerdotisa. De Pisa. Não pisa. Não me pisa que dói. Ontem olhei o Sol. Queimou minha retina, menina. Menina de sóis nas vistas. Veja o que o sol fez nas suas vistas. Um menino me pede uma entrevista. Só pago a vista. Mas ele quer de graça. Que desgraça! Não se faça. De besta! Eu não pago. Só cago. Não quero rimar com trago. Amyr, meu querido amigo Dragão solta suas labaredas pelos dedos e compõe uma peça musical magnífica. Explica! Não, não explico o que não sei. Pergunte ao nó! Ao infante. Ou ao elefante. Pergunte aos seis sábios cegos da Índia sobre o elefante efervescente de Syd Barrett. Perdi o bonde. Onde? Onde conde se esconde. O Conde D'Eu?  E eu? Eu não! A Princesa Áurea! Aura de Princesa. Tigresa. Isabel era Princesa. Izabel é Rainha. Do meu reino de solidão e poesia. Eu queria foder com ela no meio da rua. Dentro do ônibus. Na Praça da Sé. Dentro da Igreja. Ela não deixa. Ela não quer. Sou um filho da puta, ela diz. Ela disse: "Case!" E eu casei. Por escrito. Sou maldito. Não sei se coloco interrogação ou exclamação nessa pequena frase. Queria tanto saber onde e como usar a crase. Onde está meu bonde? O Bonde do Desejo... Amanhã tem teatro. Na calçada em frente. Um ator indigente. Indulgente. Uma atriz meretriz. Indecente. E um diretor sem talento. Indiferente. Dramas mexicanos, atrizes peitudas de silicone. E um clone. De plástico. Papel higiênico Dama. E uma dama higiênica. De cu lavado e depilado. Represento meu papel. Ele é higiênico. Escrevo poesia composta. Com bosta! Seca. Ressecada. Grudada nos pelos do seu cu. Fedida! Nojenta! Onde anda Lulu com aquela bunda deliciosa e cabelo Chanel? Dando o cu, no mínimo. No máximo chupando o pau do dono do Jeep. A loira gigante balançando as ancas, a bunda murcha, chinelos de plástico e pés rachados, arrastando seu desejo pelas calçadas cheias de bosta de cachorro. Socorro! E a outra? Aquela que tem tatuagem e ombros de estivador. A rabuda da esquina. É uma menina, mas quer ter filho. E não tem brilho. Mas tem desejo. No olhar. Eu a vejo. Sem beijo. Quer um queijo? Filho sem brilho... Trilho sem trem. O que tem? Rain, rain, rain. Rain Man. Hey, man! E o estribilho. "Dos filhos deste solo és mãe gentil". Da puta que te pariu! E o bigorrilho que tirava o cavaco do pau? Uma canção popular de mil novecentos e guaraná com tampa de rolha. E da brincadeira de bolhas de sabão. Ah, não! Por que não? Porque não! Ah, não! E o que tem o anão? Não... Nada não. Era caolha a trolha que mijava na garrafa. Até o dia que o gargalo ficou preso na sua buceta. A desgraça precisou de cinco médicos para tirar a garrafa de dentro da buceta dela. E os cacos de vidro cortaram seu cu. Ela nunca mais mijou na garrafa. Nem deu a buceta. Virou especialista em boquete. Acho que era a Ivete. Talvez Ivonete. E casou com um pivete, que depois cortou sua garganta com um canivete. Suíço.  Que ela trouxe de Pequim. Era o Joaquim. E quanto a mim, fico perguntando com quantos paus se faz uma canoa. Rosinha, minha canoa. Rosinha é coroa. E amaldiçoa a garoa. Enrolo, enrolo, enrolo... Não sei de que forma terminar esse texto. Qual é o pretexto? Preciso de um? Não. Acabo assim. Fim!

01/02/2012

2 comentários:

  1. Sete anos depois, a imaginação do poeta ainda efervesce. Syd, montado em seu elefante observa e aplaude.

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    1. Estou certo que sim. Espiando essa merda toda, escondidinho do lado escuro da lua.

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