Luiz Carlos Cichetto, Aka Barata, que você não conhece...
Eu não espero de ninguém que leia esse meu pensamento,
Como não leram outros tantos que escrevi em cinquenta anos,
Pois enquanto eu morria de dores tolas, tinham outros planos.
E agora, que chego à idade de estar de pijama, jogando dominó,
Com um frasco de soro pendurado no braço e sob olhares de dó,
Não espero que ninguém leia poesia de adolescente de sessenta,
Que achou de ser moleque apenas quando chegou aos cinquenta.
Então, escrevo poema resmungando, apenas para tirar sarro,
Antes que a enfermeira traga o remédio para soltar o catarro,
Ou ainda que mesmo morto me tragam as contas do hospital,
E eu tenha que depender de esmola de uma assistente social.
Então, leitor que não me lê, este poema é a você dedicado,
Por um poeta que já foi um sujeito simples, sem predicado,
Que de sua poesia nunca ganhou um troféu ou premiação
Mas que dela sempre fez sua dúvida, sua crença e oração.
24/05/2019
Parabéns empáticos!
ResponderExcluirGrande Renato Sara_Evil Bom te ver por aqui!
ExcluirSe o "Você" não leu, eu li. E gostei. Como não?
ResponderExcluirEntão ele é inteiramente dedicado a você. Que aliás me conhece!
ExcluirAlém de agradecido, fico bastante lisonjeado.
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