Barata Cichetto
É preciso que ela esteja saudável, firme e forte,
Para quando eu a enfrentar no combate final,
Esperando que não acabe a luta antes do sinal.
O café da manhã uma caneca de pesadelos,
E um punhado arrancado de meus cabelos,
Seu almoço é o que sobrou da noite anterior,
Com restos da solidão podre do meu interior.
A tarde seu café é servido gelado e amargo,
E um cigarro que por ela mesma não largo.
Depois, o jantar é um prato cheio de ódio,
Que eu engoli a seco, sem soda nem sódio.
Antes de me deitar uma tigela de ideias suicidas,
Temperadas com lágrimas a gosto dos parricidas.
Acordo de madrugada, barriga roncando de fome:
Não sei se é a morte ou se sou eu que não dorme.
25/09/2019
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