Barata Cichetto
Não acredito em putas que não gostam de dinheiro,
E em poetas que chamam aos outros de companheiro.
As que beijam na boca são tão putas quanto bardos,
Que beijam sacos de políticos, sujos sapos barbados.
Não há lugar no puteiro para poetas ideológicos,
Que chupam por dinheiro aos caralhos teológicos.
Cheiram sangue e sugam até as almas dos vampiros,
Depois hasteiam bandeiras nos seus últimos suspiros.
Estou à mercê da corja, malditos ratos do desgosto,
Horda sedenta que roeu toda a carne do meu rosto.
Apagam meu desejo, e matam a míngua a minha lira,
Cortam-me, mas jamais tirarão da minha língua a ira.
Aos poetas prostitutos deixo de herança meu asco,
Mas a minha cabeça jamais penderá a seu carrasco.
E no último sarau, quando saírem as ultimas putas,
Perceberão que foi em vão o sangue das suas lutas.
22/09/2019 © Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados
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