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06/10/2019

Solilóquio Brando

Solilóquio Brando
 A Uma Poeta Que - Ainda - Não Sabe Ser
Barata Cichetto
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Salvador Dalí - Woman With Lobster (1967)


Quero ler-te poemas, enquanto chupas o meu caralho,
Falar sobre lutas e putas, e sobre o Capital e Trabalho.
Ser teu puto, aliviar o teu luto em branda noite de luar,
E na chuva chupar-te a vulva lisa, antes do dia clarear.

Quero ler-te poemas lambendo tua bunda desancada,
De leve lamber-te as pregas com a língua encharcada,
Chamar-te de puta e de piranha antes de amanhecer,
E rimar tua buceta com punheta antes de envelhecer.

Quero te ler na cama meus poemas sujos e mal escritos,
E depois te escrever outros, mais imundos e proscritos.
Arrancar-te gemidos e provocar lágrimas sem pudor,
Contando porcas histórias da guerreira e do lutador.

Quero te bolar um baseado, e fumar nos teus lábios,
Depois aumentar meu fraseado além dos alfarrábios.
Te foder com força, até que se retorça de tanto prazer,
Com toda a distância que eu possa de longe te trazer.

Quero te declamar poesia e te dizer lagartos e cobras,
Ser teu engenheiro, pedreiro e teu servente de obras.
Desobstruir tua estrada, te chamar de vadia e de tarada,
Obstruir tua descida e sem covardia te foder na escada.

Quero que leias tua poesia enquanto chupo-te a vagina,
Ouvindo tuas belas estrofes sobre tudo o que te fascina,
Depois te colocar de quatro até sermos soneto luxurioso,
Com os versos do teu poema piscando em um luminoso.

Quero sacramentar todas tuas vontades arrependidas,
Ser o abrigo amigo das tuas vaidades mais encardidas,
E assim ser teu poço de desejos sem precisar pagamento,
Tua voracidade, e veracidade, sem dor,  nem fingimento.

E quero te chamar de desejo, e no meio da tua bunda,
Dos gregos dar-te um beijo, numa oração vagabunda.
Por fim, quero que se liberte das tuas culpas inocentes:
Liberdade é a desculpa dos que querem ser indecentes.

02/10/2019

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