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12/01/2020

Notebook

Notebook 
Barata Cichetto



Ah, eu, que sou poeta, sou artista, mas nada famoso,
Um falso profeta, anarquista puro e um tanto teimoso,
Apenas um latino americano e sem parentes no banco,
Um tanto míope, o outro cego, e de uma perna manco.

Queria ser bonito, com muito dinheiro e pau gigante,
E comer a buceta das vacas, e até o rabo do elefante,
Mas sou apenas um idoso, poeta barbudo do interior,
Querendo foder mulheres sem pensar no dia anterior.

Eu podia ser ladrão ou até mesmo ser político anão,
Roubando e matando, e até cortar um dedo da mão,
Mas quero apenas foder gostoso do jeito que imagina,
Sem imaginar que é perigoso gostar de chupar vagina.

Penso ser escritor, mas sou ator de filme de segunda,
E enquanto penso imagino o tamanho da sua bunda,
Então bato punheta no banheiro olhando o Facebook,
Pensando naquelas tetas desfilando no meu notebook.

02/12/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

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