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17/04/2020

CORONARIANA Nº 30

CORONARIANA Nº 30
Barata Cichetto



Estou pronto! Quando chega o ônibus do poder? Que carrega a nação sem noção? Estou pronto, quando chegar o trem na estação, e carregar meu coração. Estou pronto! Quando chegar o avião, que leva ao ar sem condição, o político ladrão, o pobre sem refeição, e o poeta sem direção. Estou pronto. Encostem a carruagem no trilho do bonde, celem o cavalo do bandido, e a mosca do cocô. Estou pronto. Para o caos, programado no porão do poder. Onde senta um chinês, uma bicha e um filho da puta. Escrevo contra o decreto, de isolamento, de sofrimento, de corrimento, de cimento contra o abstrato. Escrevo sem nexo, sem sexo, e sem circunflexo o palavrão. Estou com tesão, mas não pode não. Tesão contagia e propaga. Respiração pode não. Sufoco e sem foco. Com fogo e sem paixão. Não é nada, não. Nada é não e não é nada. Tudo é paixão. Tudo é tesão, tudo é cérebro. Nada é corpo. Tudo é porco. Porcos sentem tesão, poetas também não. E o anão, sem dedo na mão coloca fogo no circo. E a equilibrista de pernas abertas espera o cafetão na porta da estação. Acorda, Brasil!

08/04/2020
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