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06/05/2020

A Morte da Palavra

A Morte da Palavra
Barata Cichetto



As palavras são soldados enfileirados, o poema um exército forte.
O General é o Poeta, de estrelas no peito e o sentimento de morte.

Palavras entrincheiradas, tiros na cabeça, e uma guerra maldita.
Soldados marchando e cantando seguindo uma canção inaudita,
A risca as ordens de comando do General e sua bandeira em riste,
E partem à batalha perdida, assobiando uma doce balada triste.

Palavras recrutadas á força, entrincheiradas, armas em punho,
Tiros são palavras nas bocas das espingardas, de duro cunho.

O General passa em revista as tropas, posição de sentido,
Palavras perfiladas em linha reta, nunca tinham mentido.
Grita a ordem do dia e os soldados lhe batem continências,
E lhe somem da boca as palavras, ordens são contingências.

Então disse o Soldado-Palavra ao Comando:
- Agora deixe de guerras que estou amando.

E a palavra traidora condenada ao fuzilamento, corte marcial,
Um julgamento injusto, tribunal de exceção, juramento parcial,
Com único disparo executada sob o silêncio da surda multidão,
A morte certa e o pelotão de fuzilamento sempre de prontidão.

E morrem as palavras, e morre a boca morta!
- Deixe de guerra, General, a Palavra está morta.

31/10/2011
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

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