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15/08/2012

O Escafandro e o Leão


O Escafandro e o Leão
Luiz Carlos Barata Cichetto

A coragem do leão, do mergulhador... E a do poeta... A Poesia é a coragem... de ser... Um leão... Ou um mergulhador em águas profundas e estranhas. Ou nas entranhas da sua bunda!

Ora, Bilac, eu prefiro escutar o rugido do leão ou o silêncio das águas profundas... As estrelas, feito as rosas de Cartola, não falam... Simplesmente exalam o perfume que roubam da Lua.... Sou mergulhador, não sou astronauta.

Sou Poeta Leão Mergulhador! Sou da Lua, não do Sol. Estrelas são surdas, estrelas são mudas! A coragem herdei do medo... E o medo, que não é segredo a ninguém, foi herdado de alguém. Sou profundo quanto à escuridão e escuro quanto o medo.

Escutar estrelas, gemidos de astros mortos em galáxias desconhecidas... Pouco quero saber do infinito, quero o que acaba, quero o que termina. O fim. Sempre o fim, nunca o começo. O começo carrega o medo e o fim... O fim é o fim. E aquele que tem medo do fim, não pode nem começar. Quero a escuridão. E o frio do lado escuro da Lua, do mar da Tranqüilidade, do fundo do mar...

“Útero materno!” dirão os especialistas em alma humana. Não quero a alma, quero o corpo! Não existe nenhuma alma e nenhum espírito. Células, neurônios... Eletricidade, energia pura. E direis contigo: que tresloucado amigo é esse que prefere a solidão das profundezas e o rugido do leão às estrelas e ao Sol. E eu lhe direi, no entanto, que apesar do seu espanto, ainda prefiro o escafandro e o leão, pois minha coragem é a da escuridão e do leão.

E solto agora, das profundezas de mim, um rugido que poderá ser escutado até pelas estrelas nas profundezas do infinito. E ora, direi eu, falem comigo estrelas surdas! Falem comigo estrelas mudas!

De repente, mergulho profundo em busca de estrelas... Do mar... Sereias?  Estrelas moram longe e eu nunca morei além do Sol. Nem além do Mar...

15/08/2012

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