"Diverti-me escrevendo os sonetos que podeis ver (...). A indecente memória deles, eu a dedico a todos os hipócritas, pois não tenho mais paciência para as suas mesquinhas censuras, para o seu sujo costume de dizer aos olhos que não poder ve o que mais os deleita."
Judgement of Paris, c. 1515, Marcantonio |
Sonetos Luxuriosos
Pietro Aretino
(14)
Ai, minha cona, ai! Cruel, que fazes
Com caralho tão grosso, tão horrendo?
Caluda, coração, que assim gemendo
Teu senhor não recreias nem aprazes
E se no meu foder não te comprazes,
Abre espaço bastante que te atendo,
O pau até os colhões em ti metendo
Para dar-te prazer dos mais verazes.
Eis-me aqui pronta, oh, fido servo caro,
Faz como queiras e em afadigar-te
Por bem servir não te mostres avaro.
Não duvida, meu bem, que quero dar-te
Fodida tão gostosa, em modo raro,
Que inveja sentirão Vênus e Marte.
Podia a cona entrar-te,
Diz por favor, o mais soberbo nabo?
A cona sim, mas Deus me guarde o rabo.
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