O Pão, a Puta e o Padeiro
Barata Cichetto
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Na esquina tinha uma padaria que abria antes do amanhecer
Escura padaria com um padeiro que nunca parecia envelhecer
Onde o poeta bebia café preto e comia pão com margarina
E nos guardanapos de papel cometia sua poesia adulterina.
Era moderna a tal padaria e o poeta ali matava a sua fome
No balcão imitando mármore negro da padaria sem nome
E se era poeta o padeiro com seu pão feito de trigo e de sal
Nem tanto era aquele que vomitava no papel todo o seu mal.
Tinha na esquina uma antiga padaria onde o poeta bebia
Quase todas as noites antes de escrever sua ultima poesia
E naquele balcão onde senhoras carentes pediam seu pão
Que aquele poeta morria diariamente depois de outro não.
E tinha esquina na padaria e o poeta jogado na sarjeta
Onde o padeiro pedia perdão e uma puta a sua gorjeta
Mas entre o pão, a puta e o padeiro, poesia permanece
E o poeta a panifica na padaria onde nunca amanhece.
16/05/2015
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