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02/09/2015

Pontes

Pontes
Barata Cichetto
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Pontes. Não gosto de pontes. Nem de cruzá-las, nem de dormir sob elas. Na do arco-íris existe Asgard, Thor e seu martelo. Odin e sua foice? Ah, e Loki? "Loki?" "Cê tá pensando que eu sou Loki, bicho?" Não, não estou, não! Eu gosto do Alice Cooper e meu Rock'n'Roll sei bem onde está. Rita me irrita. Apenas. E as pontes e o Pontes? Ah, o Paulo? "Um Edifício Chamado 200". Uma ponte chamada saudades. Não tenho saudades de pontes, de viadutos, nem de sarjetas. Tenho saudades de montes e de gorjetas. Apontes as pontes e contes aos montes. Não me desapontes. A poesia são pontes que unem nada a lugar nenhum. Pontes de papel. Não construo pontes e nem removo montes. Nem de concreto nem de afeto. Concretos conceitos. O conceito do confeito, aceito. Preceito? Rejeito! Direito? Perfeito! Chuto a bunda do prefeito que constrói pontes. Estreito, mal feito. Impretérito perfeito. Enfeito o defeito, refeito do meu jeito. Refaço, repinto e revoluciono. Soluciono? Não, soluço. Futuro do predicativo, objetivo abjeto, objeto adjetivo óbvio. Ululante? Nelson, é você? Postulante, galopante, num rompante equidistante. Ante? Perante? Antes?  Dantes Dante nas pontes do Inferno. Medo de pontes, medo de cair dentro do rio. Pesadelo de criança. Sujo, Tejo, Alentejo, beijo.. De Janeiro não caio. Caio Fernando Abreu? Não, eu! Curitiba? E o cu com as calças? E as pontes com isso? As Pontes de Madison? Não, a Ponte Rasa, pequena e suburbana. Cidade maldita, cheia de pontes e viadutos, rios que são esgotos. Peixes mortos, sacos de merda boiando. E pontes sobre tudo. Pontes, tapumes, cardumes de bosta e garrafas de plástico, sereias emboloradas, favelas fedorentas, pobres aproveitadores com suas antenas parabólicas e portas de aço jogam merda nos córregos. Tem ácido no córrego, necrochorumem no lençol freático, a morte sai quando abro minha torneira. Suco de mortos matando a sede dos vivos. Mortos? Suco de morte nas minhas veias. Merda! Veias são pontes. Desespero final!

24/07/2015

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