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24/10/2017

Traia a História

 Traia a História
Barata Cichetto

Quando eu era uma criança queria ser artista... Ah, não, isso é uma mentira contada por um velho. Eu nunca quis ser artista. Queria mesmo ser eletricista. Flautista. Guitarrista. Ser artista é doloroso. Espinhoso. Pode ser gostoso. No que tange à grana que se consegue. Quando se consegue. Ou prazeroso. No que tange às bucetas que se come. Quando se come. Não. Definitivamente não. Eu não queria ser artista. Nem balconista. Nem arquivista. Mas fui. Bom mesmo seria ser dentista. Cuidar dos sorrisos. Dos dentes. Ou florista. Cuidando das primaveras. Deveras quentes. Mas eu bem que poderia ter sido economista. Baixista. Alpinista. Nunca fui. Nem comunista. Sempre pensei. Comunista é artista. Gosta de fantasia. Fui egoísta. Sou individualista. Anarquista. A morte já não enluta. Nem puta. A morte já não entristece. Ninguém padece. Nem desce. Da vaidade, Somos humanos demais. Somos demais. Nem humanos. Nem humanistas. Somos flautistas. De Hamlin. Do Kremlin. De Lênin. De Stalin. Violinistas. No telhado. Gatos. Assados. Marx não é Jesus. Jesus não foi comunista. Jesus não existiu. Tiram Jesus do caminho. Colocam Marx no caminho. Ninguém é o caminho de ninguém. Estou a caminho. Saiam da frente. Sou gente. Diferente.  Indiferente. De frente. Ou de costas. Se não gostas. Saia da minha frente. Saia de saia. Ou de calcinhas. Tingidas de sangue. Saia. Saia. Tira a saia. Tira a roupa. Fica louca. Me deixa chupar teus pelos. Curtos da virilha. Espinham meu rosto. Deixa. Quando era criança queria ser criança. Agora quero ser velho. Não sou velho. Estou velho. Nunca serei. Nem velho. Nem poeta. Só quero mesmo é lamber tua bunda. Não sou porco. Nem sou pouco. Nem do porto. Porteiro. Coloque minha cabeça. De barata. Na bandeja. De prata. Seja puta. E filha. Da outra puta. Astuta. Bruta. Brilhe feito diamante. De amante. Quero minha cota. De buceta. Da tuas tetas. Enormes. Fome. Então chupe. Em Guadalupe. Teu cuspe.  Então cuspa. Senhora.  Sua desculpa. Da sua culpa. Core. Implore. Core. Não demore. Adore. Deixa tua retórica. Histórica. Esquece tua mãe. E teus filhos. Esquece o que pode. E o que precisa. Esquece. Esquece. Lembra daquilo? Dos teus peitos grandes encostados no meu braço? Lembra? Lembra dos teus desejos? Afogados no travesseiro? Enganados. Mentidos. Vomitados. Por vergonha. E hipocrisia? Lembra dos desejos que tinha? Quando vinha? Quando ia? Recorda? Então acorda! Deixa de história. Chupa minha geografia. E a ciência da minha poesia! Lambe minha matemática. E goza com minha filosofia! Te ensino. O que é jorrar. Te aplico. Provas práticas. De gramática erótica. Aqueles palavrões mais espúrios que finge detestar. Outro me detesta. Deita teus cachos no meu peito. De pelos brancos. A boca. Na minha garganta. Na hora da janta. Eu nunca quis ser artista. Nem velho.

23/10/2017

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