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14/05/2018

Em Terra de Cego, Quem Um Olho Só Ainda é Só Cego

Em Terra de Cego, Quem Um Olho Só Ainda é Só Cego
Barata Cichetto

Leia tudo. Mas leia certo. Com o olho da direita. E com o olho da esquerda. Visão esquerda. Visão direita. E que o olho do centro. Que não é o olho do cu. Pense. Reflita. E chegue a conclusão. Que não há olho à esquerda. Nem olho à direita. Apenas dois olhos juntos. Que enxergam apenas o que vêm na frente. Cor é ilusão. Tudo de fato é preto e branco. No mundo da política. Não há terceiro olho. Nem terceira via. A via é única. O caminho é único. Apenas um. Caminho individual. Cada um no seu. E a gente se encontrando em qualquer um. Não há caminho certo. Senão aquele que o individuo escolhe. E caminha. Sozinho ou acompanhado. Mas livre para escolher. Sem guarda. Nem guaritas. Sem guard rail. Que seja de asfalto. Que seja de pedra. Que seja de terra. Que cada um pavimente seu próprio caminho. Olhe a direita. Olhe a esquerda. E espere o comboio passar. O motorista bêbado do carro vermelho. O condutor cego do carro verde e amarelo. Espere. Pare na pista. Depois siga em frente. Que atrás sempre tem gente. Tem também na frente. E dos lados também. Mas não vomite na pista. Não cague na pista. Siga em frente. Abra os olhos. Ambos. Mire o alvo. E acerte na mosca. No retrovisor apenas poeira. De estrelas. Estrelas não têm cores. Não as pinte de vermelho. Não as tinja de sangue. Estrelas são puras. Siga na estrada. Cruze a encruzilhada. Despache com Robert Johnson. E não espere que santos lhes guiem. Ninguém é santo. Então... Leia tudo. Não espere por ninguém. Não confie nas placas vermelhas que te indicam a contramão. Elas são falsas. Não espere o sinal ficar verde para seguir em frente. Ele também mente. Não há ninguém apertando o botão. O botão de controle. E de autodestruição. Está dentro da sua cabeça. Siga sendo assim. Boneco androide programado para matar. Ou deixar de matar. A escolha é sua. O seu caminho não é o certo. O meu não é o errado. Estamos sempre no caminho. Que não leva a lugar nenhum. Não existe nada o que ser feito. Senão continuar a caminhar. Com os dois olhos abertos. Olhando para todos os lados. Da esquerda vem chumbo. Da direita vem bala. E de nenhuma direção vem sua condução. Não se deixe conduzir. Conduza. Dirija-se ao portão. De embarque. E desembarque sua bagagem. Só veja as estrelas. Que estão no céu. Rasgue seu véu. Quebre os óculos que o ditador lhe deu. Deixe seu sangue escorrer. Apenas o seu. De mais ninguém tem o direito. Lute. Ombro a ombro. Tenha a liberdade por companheira. Rasgue o dito. E o não dito. Ditos populares são malditos. Não finja que não leu. O que este vate escreveu. E se leu. E não escreveu. O pau comeu. E o palco é meu!

14/05/2018

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