Uma índia de pele azul, roxa ou amarela, escondida debaixo da minha cama enquanto eu fodo gostoso e penso que sou rei. A morte com sua "bucetavagina" e seu "anuscu", como escreve Jorge Caveira Bandeira. A morte que não pede licença, mal educada feito um traficante de haxixi ou uma bicha vestida de preto.
Coragem, é o que é preciso para ler "O Funcionamento da Morte". E é preciso fôlego também. Um texto para ser lido de apenas um fôlego, sem pausas, sem tempo para fumar um cigarro, sequer respirar. Não há virgulas nem pontos, apenas o final. Como convém à morte.
Fascinante, belo, maldito. Soco no estômago ou na alma de quem acredita em alma. Porrada na cabeça de quem tem. Medusa. Golpe de misericórdia, fatal, final. Leia, releia, pense e queime. Do pó ao pó, inconsciente de sua maldição sobre a Terra, o ser humano carrega sua carcaça imunda e pensa ser rei. Leia, releia, pense e ... Morra!
Luiz Carlos Barata Cichetto, Artesão de Livros, Verão de 2014
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