O CONTEÚDO DESTE BLOG É ESPELHADO DO BLOG BARATA CICHETTO. O CONTEÚDO FOI RESTAURADO EM 01/09/2019, SENDO PERDIDAS TODAS AS VISUALIZAÇÕES DESDE 2011.
Plágio é Crime: Todos os Textos Publicados, Exceto Quando Indicados, São de Autoria de Luiz Carlos Cichetto, e Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. (Escritório de Direitos Autorais) - Reprodução Proibida!


15/05/2018

Prefácio para "O Funcionamento da Morte", de Jorge Bandeira

Prefácio para "O Funcionamento da Morte", de Jorge Bandeira, Editor'A Barata Artesanal,

A morte, que nos salva, que nos alivia, surpreende e maltrata. A morte, maldita e bendita, puta bandida de ancas largas e buceta gostosa. A morte, criatura sem pele e sem alma, sem pudor nem rima certa ou com rima forçada com a sorte. Morte não rima com sorte, nem com porte. Não rima com nada.

Uma índia de pele azul, roxa ou amarela, escondida debaixo da minha cama enquanto eu fodo gostoso e penso que sou rei. A morte com sua "bucetavagina" e seu "anuscu", como escreve Jorge Caveira Bandeira. A morte que não pede licença, mal educada feito um traficante de haxixi ou uma bicha vestida de preto.

Coragem, é o que é preciso para ler "O Funcionamento da Morte". E é preciso fôlego também. Um texto para ser lido de apenas um fôlego, sem pausas, sem tempo para fumar um cigarro, sequer respirar. Não há virgulas nem pontos, apenas o final. Como convém à morte.

Fascinante, belo, maldito. Soco no estômago ou na alma de quem acredita em alma. Porrada na cabeça de quem tem. Medusa. Golpe de misericórdia, fatal, final. Leia, releia, pense e queime. Do pó ao pó, inconsciente de sua maldição sobre a Terra, o ser humano carrega sua carcaça imunda e pensa ser rei. Leia, releia, pense e ... Morra!

Luiz Carlos Barata Cichetto, Artesão de Livros, Verão de 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!