Barata Cichetto
(Poema do livro homônimo)
Feito rato de esgoto alimentado por podridão
Diariamente aumenta, engorda e cria gordura
E seus dentes afiados rasgam minha armadura.
A solidão é feito ratos, com carinhas afetuosas
Com seu jeito meigo e garras sujas e perigosas
Roendo meu estômago e expondo meus intestinos
E ainda há gente que acredita em sortes e destinos.
Cresce a desgraçada, maldita ratazana acinzentada
A caminhar pelas madeiras do telhado desorientada
Aos berros tento espantá-la ao seu buraco imundo
Mas a rata pensa que sou apenas pobre vagabundo.
Sinto agora a desalmada a roer o que resta de mim
Uma dor explodindo meu coração, cérebro e o rim
E o roedor maldito não deseja minha morte somente
Roendo o resto de poesia que resta em minha mente.
28/06/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!