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13/02/2019

Filosofia

Filosofia

E eu a conheço desde os tempos de solteira,
Tão correta e mortal quanto flecha certeira.
Reconheço teu rosto de madame pervertida,
E esqueço casos de uma dama cruel invertida.

Ah, e recordo dos teus pés descalços na grama,
E do cheiro de esterco no lençol da tua cama.
Mas agora que teus olhos fugiram do que é meu
Sinto que ainda há Julieta, mas não um Romeu.

E pelas quintos dos infernos, escutei-te maldita,
Fulminando imperadores com tua aura bendita.
Agora desconheço tuas palavras ditas sem vontade
Trajadas feito putas e recônditas pela tua verdade.

Se antes me cuspias, agora escarras em meu rosto,
Onde andam, malvada, tuas palavras de desgosto?
E eu, que te conheço tão prostituta e tão altiva
Pergunto onde andam tuas fezes e tua voz ativa?

Caminhamos pelas ruas dando alimento a perdidos
E agora o que te sobra é atender inúmeros pedidos.
Na esquina um cientista te chamando por imunda,
E agora é ele quem te come e chama de vagabunda.

Eu a desconheço agora com seu titulo de mestrado,
Camisola de cetim da China, e seu pijama listrado.
Procuro pelas ruas teu cheiro, por teimosia ou sina,
E te encontro louca, com o olhar de uma assassina.

13/02/2018

Um comentário:

  1. Esse é um daqueles muitos poemas que merecem ser musicados. No caso de Filosofia, ele lembra o estilo do Marcelo Nova, pelo tom jocoso e algo irreverente. Dez!

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