Barata Cichetto
A Poesia está morta. Morreu quando acabou o décimo nono século . E agora, somos todos tal cachorros desenterrando ossos em sepulturas. Pouco sobra, pouco sobrou, apenas restos insepultos de poetas tolos que ainda acreditam em amores românticos, poesias e sonhos. E no ideal. Mas a fedorenta carniça exala seu odor. Afeta minhas narinas. A Poesia está morta e sepultada. È carniça!
E não pensem que eu não choro por ela, pois diariamente derramo minhas lágrimas sobre seu túmulo, no Cemitério dos Sonhos. O coveiro atira agora a ultima das pás de terra sobre o cadáver inerte da poesia insepulta e fedorenta. Mas ainda tenho tempo de atirar uma flor dentro daquele túmulo. "Descanse em Paz, querida Poesia!".
E em respeito à memória da Poesia, e em honra á sua glória, rendo agora a minha alma. E prometo sobre o túmulo da Poesia: Não escrevo outro Poema!
E peço: em nome da Memória da Poesia que deixem que ela descanse nalgum firmamento estrelado em algum outro mundo, quando algum outro Poeta a encontrará e dela fará seu ideal e seu sonho. Porque neste, senhoras e senhores, a Poesia não tem lugar. A Realidade, com todos os seus nomes, sobrenomes e alcunhas nos escravizou. E onde existe escravidão não existe o Sonho, não existe o Ideal, não existem amores românticos. E sem eles, não existe Poesia!
27/07/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!