O CONTEÚDO DESTE BLOG É ESPELHADO DO BLOG BARATA CICHETTO. O CONTEÚDO FOI RESTAURADO EM 01/09/2019, SENDO PERDIDAS TODAS AS VISUALIZAÇÕES DESDE 2011.
Plágio é Crime: Todos os Textos Publicados, Exceto Quando Indicados, São de Autoria de Luiz Carlos Cichetto, e Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. (Escritório de Direitos Autorais) - Reprodução Proibida!


27/06/2019

Sebos & Puteiros

Sebos & Puteiros
Luiz Carlos Cichetto

Sempre gostei de freqüentar sebos e puteiros. Mas o que têm em comum os livros e as putas? Tudo! Ou ao menos tudo o que oferece prazer, descoberta e diversão. O enorme prazer em abrir um livro e as pernas de uma puta... A descoberta eminente de uma nova história ou pensamento escondidos debaixo da capa de um livro; rugas, defeitos,  perfeições e perversões debaixo das mini-saias das putas. Quantas novas experiências e vivências conquistamos ao ler um novo livro ou ao trepar com uma nova puta? Quantos novos prazeres existem em cada página de um livro e em cada dobra do corpo de uma putinha? Quantos novos prazeres descobrimos em livros e em putas?  Todos!
Deveria existir estantes de livros, de preferência usados para combinar com as putas, dentro de puteiros. E deveriam existir putas atendendo em sebos. Putas lendo livros antigos, usados, à beira de estantes de sebos. Putas sendo comidas em cima de pilhas de livros, putas lendo histórias em salas de espera de puteiros. Putas cultas e livros putos. Putas que escrevem livros e escritores que fazem programa em puteiros... O mundo ideal: apenas putas e livros! O som das folhas de um livro sendo viradas, e dos gritos de tesão de uma puta. Os gritos de tesão das putas podem ser falsos tanto quanto um mau escritor... (Um bom escritor nunca é falso, tanto quanto uma boa puta nunca solta gritos falsos de tesão).
Passei minha adolescência inteira dividida entre os puteiros e os sebos, entre os livros e as putas. Uma vida dividida entre dois prazeres. Sempre gostei de putas, porque elas são mais honestas... As putas são até mais honestas que os livros, a não ser quando nos livros, os personagens ou autores são putas. Livros são livros, putas são putas! Óbvio! Alcoviteiro das letras, prostituístes as letras e as palavras dos livros e eu nem sei quando termino de escrever um livro que comecei dentro de um puteiro há uns três anos atrás. 
Ontem fui a um sebo que fica ao lado de um puteiro. Comprei um livro de Bukowski, capa suja e amassada, páginas amarelas, gasto, cheio de marcas. Depois, com o livro debaixo do braço, subi as escadas do puteiro, feliz com minha compra. O segurança sorriu irônico, pois não é comum alguém entrar num puteiro com um livro debaixo do braço. E as putas então, surpresas e curiosas, porque tão pouco é comum alguém lendo um livro sentado no sofá da sala de espera de um puteiro. Mesmo que seja de Buk.
Num dos contos, ele narra uma transa, que eu fiz questão de repetir, cena por cena, com a puta com quem me tranquei no quarto por quarenta minutos. Quarenta minutos... Quantas páginas de um livro eu teria lido em quarenta minutos... Mas por outro lado é um tempo razoável para transar com uma puta. As putas têm pressa! Os livros e as fodas para elas têm que acabar logo, bem ou mal. Mandei puta chupar meu pau enquanto eu lia para ela algumas passagens do livro. A boca dela deslizando no meu pau e meus dedos hora em suas costas e pescoço, hora virando as páginas do livro.
- Buk, você é um velho safado! – Eu gritei quando gozei na cara daquela putinha. Ela tentou virar o rosto, mas não deu tempo e seus olhos e boca se encheram de esperma. Arranquei uma das páginas do livro, uma que eu já tinha lido e dei para que ela se limpasse. Ela arrancou o livro da minha mão e atirou pela janela. Dei-lhe uma sonora bofetada e ela caiu sobre a cama, pelada e sangrando, mas antes que começasse a gritar por socorro joguei meu corpo sobre ela e enfiei meu pau em sua bucetinha lisa. E como todos sabem que putas não beijam, não procurei por seus lábios, apenas a fodi, com o mesmo tesão com que Buk descrevia suas fodas. Quando acabei, joguei trinta pratas sobre os peitos dela, coloquei a roupa e desci correndo as escadas atrás do meu livro, que solitário jazia na calçada com o velho desgraçado do Buk sorrindo com aquela cara de puta bêbada sem-vergonha na capa.
- Buk, você era mesmo um velho filho de uma puta! – Ainda murmurei, enfiando o livro debaixo do braço e descendo a rua em direção ao próximo sebo... Ou puteiro.

21/09/2007

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!