Imagem Por: Reimund Bertrams por Pixabay |
Estamos num mundo às tortas onde todas as portas parecem se fechar. Um mundo de mortas que não sabem trepar. De escritores que não sabem ler. De leitores que não sabem escrever. Onde todos são poetas e ninguém é poesia. Onde todos são livros e ninguém é literatura. Um mundo onde todos tem opinião e ninguém sabe o que o não. Pensadores que dispensam apresentação. Formados nas faculdades das igualdades. Com sinceridade sem educação. Com respeito à decepção. Estamos num mundo sem fronteiras. Com limites cercados. Um poeta em cada portão de casas sem leitores. Um escritor em cada centímetro quadrado num mundo redondamente analfabeto. Um mundo de fetos abortados. De dejetos entortados. Trajetos cortados. Insetos. Resta a certeza. Da morte. Sobra o resto. Eu não presto. E por sorte não empresto. O que sou. Dia a dia me abandono. E nem o sono. Consola. Não há orgulho em ser o que sou. Mergulho profundo no que fui. Sou escritor. Sou poeta. Sou leitor. Ator. Peça sem fim. Peça o meu fim. Atendo.
26/06/2019
Vivemos em um mundo de sinais invertidos e convenções prostituídas, viciadas...
ResponderExcluirAs opiniões estão vigiadas, viciadas e rotuladas. Mas há aqueles que as mantém e são chamados de subversivos. Estamos nesse grupo.
Não sou poeta, mas sou seu leitor. Peço a sua continuação e mando-lhe felicitações sem fim.
Feliz aniversário.
Muito obrigado, meu amigo. Pelas felicitações e por ser um dos poucos a compactuar com minha subversão. Sigamos, pois!
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