Luiz Carlos Cichetto
Há um gigante dentro de mim, esmurrando as paredes do meu crânio, forçando os ossos do meu peito, querendo sair. Ele anda armado e é perigoso. Implora que eu o deixe sair e destruiu quem me feriu. Eu o repreendo, reprimo e mando que se cale, pois a vingança não pertence a gigantes, mas aos ferreiros que dão têmperas a espadas num fogo lento e depois as amolam nas pedras escuras do ódio. Sou ferreiro, e ao tempo certo a espada estará pronta para degolar todos àqueles que me jogaram numa masmorra escura desejando minha própria morte como forma de me livrar do sofrimento. Que o gigante repouse por enquanto, pois de dentro de mim ele sairá apenas para comemorar.
04/08/2019
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