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20/08/2019

Sursis

Sursis
Barata Cichetto


Sou poeta das lutas extremas,
Por rainhas loucas vomitadas.
O profeta de putas supremas,
E das rimas toscas limitadas.

Sou das extremas putas loucas vomitadas rainhas das lutas supremas limitadas. Sou de aço e do espaço. Ácido e flácido. Construtor de crateras e velejador de eras. Profeta do início do mundo e poeta do fim do início. Observador de precipício e filosofo de hospício. Não sou um meio nem o meio e nem tenho um quarto. Estou farto de ter infarto. Parto. De Cesar e de Ana. Cesar & Ana. Syd & Nancy. Bonnie & Clyde. Minha poesia é bandida. Tem que ser presa. De surpresa. Por um delegado folgado com um band-aid transparente na cara de gado. Quero um advogado civil. Servil. Vil. De terno e bravata. De eterno e cascata. Na vara da família. Apelo ao estatuto do indecente idoso e aos estatutos dos putos. Não põe algemas que sou primário no poder judiciário. Sou incendiário e meu crime é apartidário. Secundário. Confesso sob pena de perjúrio e diante dos jurados que meus pecados são apenas recados. E os solados dos soldados pisam minha mão. Eu não sinto dor e grito que quero ser escoltado. Quero ser presidente e não tenho dente para morder. Onde está a vítima e onde mora a testemunha? - Sou inocente senhor juiz, o culpado é o Luiz. - O que diz? - A culpa é da poesia, foi ela que me seduziu, foi quem deduziu. - Mas e o fuzil? - Não era meu, era do Brasil. Foi ele, quem primeiro me cuspiu. Eu não pedi clemência e nem aleguei demência e por pura imprudência fui condenado. Fudido. E pelo carcereiro fui conduzido à cela do corredor onde tinha um estuprador. Um ditador e um contador. Todos tinham a mesma história que lhes condiz. Todos com lugares marcados com giz. E todos queriam sursis. E então o que eu fiz foi tentar ser feliz. Espero que o ditador seja quem diz. Que o contador conte o que fiz. E que o estuprador seja aprendiz. Sou poeta. Só sei ser infeliz.

20/08/2019

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