Por Genecy Souza
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Sou um dos muitos homens que puseram as mãos em Angela Maria. No meu caso, só as mãos mesmo. O autor não me deu a chance de usar outra coisa (risos). De qualquer modo fiquei muito lisonjeado por ser citado pela (anti?)heroína.
Angela é o que se chama de mulher-problema. E é dessa forma que, de cama em cama, de homem em homem, de enrascadas em enrascadas, contrassensos em contrassensos, a mulher liquefaz toda um ordem moral e todo um ordenamento social que ela ousa desafiar com a única arma de que dispõe: o sexo.
E Marquês de Sade.
E rock and roll.
E Belchior... tratado aqui como uma espécie de guru -- ou um norte incerto --, cuja poesia-voz-música-e-bigode o excluem longa lista de homens-objeto de Angela, pelo simples fato da existência da enorme distância física entre eles. O poeta e sua dileta ouvinte nunca se tocaram. Não trocaram fluídos.
A Mulher Liquida é aqui mostrada nua e exposta. E tal exposição também desvenda a nudez moral de pessoas amorais fora dos holofotes sociais e comportamentais, a começar por sua família.
Angela Maria enfrentou o mundo com seu sexo e flertou várias vezes com a morte, e até tentou ser feliz em seu mundinho dissoluto. Na verdade, até foi. Mas era só um sonho.
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