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16/12/2019

Marreta
Barata Cichetto



Barata não é flor que se cheire, nem flor do mal, nem flor astral. É espinho que te espeta, verme que passeia na Lua cheia, vinho que tonteia, fogo que te incendeia, vento que te despenteia. Barata não se cheira, não tem eira nem beira, e na tua esteira, te faz sonhar. Barata não é Baudelaire, nem Bukowski, nem outro qualquer. O que te faz arder, que sopra tua ferida, e te chama de querida. Barata não é poeta, nem profeta, santo ou demônio. É o que transforma em pó as paredes onde relógios invisíveis marca a hora de morrer, que ergue o pau e mostra a cobra; que se ergue do mal, e que cobra a conta, com juros e correção, e, correção, mostra o mal e ergue a cobra. Barata não é sobra, nem resto, nem inseto, nem abjeto. Barata é o que te desperta, na hora certa de acordar, a hora de sonhar. Barata não é soco, é poesia, não é troco nem hipocrisia. Barata não é pedra, nem sapato, nem martelo nem foice. Barata é marreta, no teu muro. E, juro, Barata é tudo o que acreditar ser. Mesmo não sendo nada.

16/12/2019
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