Barata Cichetto
Eu engulo no cálice da tua inconstância
Um liquido amargo da oval redundância.
Trago comigo um cigarro de gosto amargo,
E bebo até cair, antes de causar um estrago.
Acendo no meio das tuas pernas o paieiro,
Um paiol de pólvora teu desejo derradeiro.
Fecho os olhos e vejo teus lábios enrugados,
E quando beijo é por desejos não explicados.
São teus medos que me causam furor, bela,
Ou os segredos que não mostras na janela?
Descobri o fogo numa jornada atemporal,
E agora sou o relâmpago do seu temporal.
Ainda espero na cama tua impávida nudez,
E derreto na chama da tua inválida viuvez.
Mostro meu pênis inflado por pura safadeza,
Depois engulo seco o desejo junto à tristeza.
07/03/2020
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados
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