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04/09/2012

O Rock Está Morto


O Rock Está Morto
Luiz Carlos Barata Cichetto

Confesso que superestimei os leitores do Whiplash! Quando elaborei e publiquei minhas listas de superestimados da musica e uma matéria sobre os plágios de Raul Seixas, claro que sabia que muita gente iria discordar, retrucar, espernear. Mas, sempre tive comigo que roqueiros são pessoas bem informadas, que tem um certo nível cultural e portanto reagiriam ao texto. Mas não da forma como aconteceu.  Quando da publicação da primeira lista, com nomes brasileiros, comecei a responder um a um os comentários postados, no intuito de ser participativo, interativo. Tenho por conduta dar uma resposta de acordo com o tom da pergunta e, portanto, aqueles que reagiram com humor foram tratados com humor, os que retrucaram com inteligência, mesmo discordando, também assim foram tratados. Mas os que partiram para a ofensa pessoal, esses também tiveram suas respostas à altura. Enfim, não agredi sem antes ser agredido.

O tom do meu texto era apaixonado, como todos os meus textos o são. Não sou repórter, portanto meu objetivo não é o de apenas noticiar fatos, mas sim de posse deles e da minha sensibilidade a eles, interpretá-los, juntando a isso minha experiência com relação a esses fatos. Quase que integramente, os artistas citados eu escutei durante décadas, tinha muitos discos, fui a shows e etc. Muitos fizeram parte da minha adolescência e alguns fazem parte do meu cotidiano até os dias de hoje. Escuto ou escutei esses artistas durante cerca de quarenta anos, comprei discos e em determinados momentos também os coloquei na posição de gênios. Tenho, portanto, uma base de informação musical que, estou certo a imensa maioria deles não tem. Não fui criado escutando musica em computador, cresci escutando bons discos de vinil. Minha informação musical não é restrita ao mundo da Internet, embora eu esteja dentro dela muito antes também de boa parte dos meus atacantes terem nascido. Aliás, escutei mais musica que todos esses juntos, podem ter certeza. E em discos comprados com dinheiro do meu trabalho. Não conheço apenas duas ou três das mais conhecidas dos ídolos do Rock, escutadas em alguma rádio descolada, ou em MP3 baixado de graça na Internet.

Não sou dono de nenhuma verdade a não ser a minha. Não existem verdades coletivas. A única verdade é a pessoal. E foi essa verdade que expus em meus artigos, de forma veemente e clara. Não busquei nem abordei nenhum aspecto técnico musical por não ter tal conhecimento. E não era esse o ponto. O ponto principal, que pouquíssima gente entendeu, foi o de tentar mostrar às pessoas que mesmo ídolos cometem erros, que não são perfeitos. E que eu tenho o direito de não achar bom um cantor, um artista que é aclamado pela maioria. Todos têm esse direito. Um direito que todos têm sim, mas que a maioria prefere não usar, deixando que o senso comum prevaleça sobre o senso crítico, que a imposição dos donos do poder seja aceita como verdade. A verdade deles. Enfim, o mote principal dos meus textos é: não pense com a cabeça alheia, pense com a sua. 

Mas o que realmente me deixou pasmo e indignado foi o tom empregado pelos que não concordaram comigo. Ataques pessoais, ofensas, palavrões, em sua imensa maioria com erros básicos de português, denotando que cultura e inteligência realmente não é seu forte. Chegaram ao ponto até de mandar e-mails, ligar para meu telefone com ofensas e ameaças e ofender o trabalho de um amigo e parceiro musical deixando mensagens ofensivas a quem não tem nada com a história. Como se, quando eu "ofendi" seus ídolos, estivesse ofendo pessoalmente a cada um deles. Se usei dados da vida pessoal dos artistas citados era no intuito de traçar um perfil dos mesmos, mostrando a incoerência entre a vida e o trabalho, que é, afinal de contas a obra de uma pessoa. Explicando melhor: uma pessoa não é boa, genial, fantástica apenas porque canta bem ou é bonito. Não é uma deidade porque escreve letras boas ou toca bem um instrumento, pois junto a tudo isso há de existir o seu próprio exemplo como pessoa. Se, por exemplo, eu me senti traído por John Lennon ao saber que ele pregava a pobreza e vivia na riqueza é porque um "idolo" tem que ter responsabilidade para com seus seguidores. O fato é que essas pessoas, que pedem respeito a seus ídolos, agem da mesmíssima forma que todos os fanáticos religiosos por seus deuses e dogmas. E queimam em fogueiras burras aqueles que dizem que o rei está nu. E enfim, eu tenho sim, o direito de berrar minhas verdades num espaço que me foi colocado a disposição por seu dono, como é o caso do Whiplash. Não quer saber? É simples, não clique, não leia. Ou se o fizer e não concordar diga isso, mas não ofendendo pessoalmente a quem não o fez. 

Uma anotação final: as pessoas, a maioria desses que me ofenderam no Whiplash, reclama que não acontece nada de novo dentro do Rock, mas publiquei inúmeros artigos falando e mostrando o trabalho de bandas e artistas desconhecidos com ótimos trabalhos e a audiência e os comentários foram praticamente nulos. Conheço músicos com trabalhos de décadas nas costas que sequer são lembrados ou reconhecidos. Seus shows, os poucos que conseguem, estão sempre vazios, enquanto essas pessoas, - são as mesmas não tenho duvida - pagam fortunas para assistir apresentações desses monstros sagrados que tanto eles defendem. E que deles se alimentam.

Realmente superestimei a inteligência dos leitores do Whiplash e quebrei a cara. E a conclusão: o Rock como espírito e atitude não errou. Está morto! Os fanáticos o mataram. Pobre Rock, que em sua origem pressupunha exatamente o oposto. Descanse em Paz, meu velho!

E quem sabe eu não faça mais uma lista: a dos 1.111 Suprassumos dos Superestimados leitores do Whiplash.

22/05/2012

Led Zeppelin (Posfácio do Livro Organizado Por Amyr Cantusio Jr.)



Quando eu, no início dos anos 1970, um pré adolescente recém chegado ao mundo do Rock, ouvi falar em Led Zeppelin imaginei algo parecido a Beatles, Stones... Mas um dia folheando uma revista de musica, me deparei com uma foto da banda e aquilo foi o suficiente para que eu procurasse escutar aquela banda.

Led Zeppelin II era o disco, "Whole Lotta Love" a musica. O impacto, o soco na cara. O som e a fúria daquele disco rolou na minha vitrola semanas a fio, até encher a sala de estalidos de um vinil lixado. Aquilo era diferente de tudo aquilo que tinha escutado até então. Uma musicalidade impar na guitarra de Page, uma voz aguda e ao mesmo tempo áspera de Plant, no baixo, de John Paul Jones e na bateria... Ah, a bateria, de John Bonhan... Tambores do Céu e do Inferno. 

E logo Led Zeppelin passou a representar, dentre tantos deuses do panteista universo do Rock, um deus especial, gigante, forte, místico e poderoso. Led passou a ser a referencia a tudo. E por intermédio da busca das interpretações de sua música, encontrei a história do Rock, flertei com o esoterismo, saltando as montanhas nebulosas e subindo escadas para o Céu.

Os temas eram escutados e re-escutados por semanas a fio. Cada disco era tocado até riscar. Muitos deles comprei duas ou três vezes porque acabavam lixando de tanto escutar. O quarto disco da banda, que tem na parte interna a imagem do eremita foi comprado três vezes, porque uma das cópias se transformou em poster. E assim foi com todos os discos do Led até o lançamento de "The Songs Remains The Same" que traria uma versão, a mais genial e definitiva interpretação de uma música, "Dazed and Confused". 23 minutos de duração no vinil e um clima que me levava das alturas ás profundezas de mim mesmo com a mesma rapidez das mais poderosas drogas. Com o passar dos anos, acabei transformando "Dazed and Confused" na trilha sonora da minha vida e do meu funeral, conforme passei a comentar com amigos.

Até no fim da banda, o Led Zeppelin se comportou da forma correta: um disco fraco denotando o cansaço da banda. A morte de Bonhan logo após.. E o necessário fim. Depois disso, apesar de algumas reuniões "furtivas", a banda se negou a retornar apenas por jogada comercial. E bem que poderiam, pois embora sem chegar às pontas das baquetas de seu genial pai, Jason Bonhan é um bom baterista e poderia ter assumido o papel que fora de John Henry.

E no tempo em que os Deuses do Rock andaram sobre a Terra, deixaram não apenas o Rock, não apenas a Música, deixaram entre nós seu mais dileto filho, o Led Zeppelin.

...
Led Zeppelin
Coletânea de textos sobre Led Zeppelin.
Apresentação e Organização: Amyr Cantusio Jr.
Posfacio: Barata Cichetto
2012 - Editor'A Barata Artesanal - 76 páginas
Pedidos: lunardraco@gmail.com

Abismo de Luz
(No Quarter)
Amyr Cantusio Jr.
Led Zeppelin Tribute
Letra: Amyr Cantusio Jr.
Música Led Zeppelin

Feche as Portas e veja a Luz
Que está além do mar
Rios que correm pela Cruz
Noites frias de Luar
Sonhe agora no Além
Ventos frios que se vão
Feche as portas e veja o Sol
Brilhar, Brilhar, Brilhar
Em Você, Em Você....

Amyr Cantusio Jr. - Vocais, Letra, Teclados, Bateria e Arranjos
Marcelo Diniz: Técnico Som
"Dedico esta versão em português da famosa música No Quarter, feita no dia de nascimento do místico Aleister Crowley pela banda inglesa Led Zeppelin, ao grande arranjador tecladista e baixista John Paul Jones." - Amyr Cantusio Jr.