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11/02/2015

Tell Mama Go And All Views

Tell Mama Go And All Views
Barata Cichetto
Do Livro "Troco Poesia Por Dinamite" - 2015
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida



Parte 1 – A Pergunta

Perguntas o que diria um poeta diante de tua imagem
E me falta agora antes de responder o ar e a coragem
Pois diante da luxuriosa nudez refletida no espelho
Sinto meu rosto arder de desejo, pintado de vermelho.

E diante de formas tão brancas, lisas e apetitosas
O que diria um poeta seriam coisas muito perigosas
Pois as respostas do homem nunca serão as do poeta
E entre um e outro ainda há a sabedoria do profeta.

O que pretendes, enfim, ao provocar-me com malícia
Sabendo que eu não posso desfrutar de tal delicia?
Pois tenho o dom da poesia e dos femininos orgasmos
E não há lugar em mim aos risos tolos e a sarcasmos.

Discursos eróticos à parte, a resposta é indecorosa
E se te chamasse de vadia, decerto ficarias raivosa
A masturbação te saciaria, e no lençol seu gozo final
Ou teu deleite é imaginar-me numa punheta seminal?


Parte 2 - O Delírio

Dedos de unhas pintadas de joaninha abrindo as pregas
Mas eu não conheço do seu jogo nenhuma das suas regras
Queres foder de freira num cemitério, madre de convento
Mas aos teus delírios eróticos outros jogos eu invento.

Brincas de puta e em delírios penso apenas em te chupar
Sobre um lago de lama, cama de motel, nada a nos culpar
Trajado de padre te chamo de louca, gótica ou roqueira
E enfio na tua buceta o dedo maior com anel de caveira.

Ontem beijei outra pensando estar gozando em teu rosto
E sorri achando a que traição não é apenas de desgosto
Mas aquela buceta não era a tua, então a quem eu traí
Se queria te foder naquela hora e em tentação eu caí?

Conheço formas de fazer-te delirar e te faria esporrar
E com meus dedos de tua buceta o liquido fino espirrar
Há uma série de prazeres que não se permite a distância
E se há o desejo e a razão, falta o local e a circunstância.


Parte 3 – A Depilada

Deveras sabida minha paixão por bucetas depiladas
Lisas feito faces de anjos, joias raras lapidadas
É nelas que afundo minha a cara e a língua ferina
Despertando com loucura toda a tua fúria uterina.

E a tua tatuagem, desenhada na pele do teu braço
Retorna a minha mente história além de um abraço
Se gostas da dor das agulhas rasgando a epiderme
Suportarás dores maiores, a fazer de mim o verme.

Buceta depilada, tatuagem e unhas finas desenhadas
A puta maldita te assemelhas, a putas desgrenhadas
E se eu possuísse tanto dinheiro na conta bancária
Te pagaria por horas, cadela doméstica autoritária.

Ao teu quadril renderia graças, à tua bunda beijos
Te comeria de manhã com pão, leite e finos queijos
E quero, falando em buceta depilada e em tatuagem
Estampar tal sudário na tua "testa" a minha imagem.


Parte 4 - A Condição

Sabes por mim, que poeta é daqueles que não dormem
Faz poemas e bate punheta enquanto outros te comem
Mas jamais o tenha por tolo, com isso não seja enganada
Pois saberá o poeta foder gostoso a tua buceta depilada.

Tem o poeta sua língua como instrumento de trabalho
E a minha te ofereço, quanto meus dedos e o caralho
Então acaso não conheças a delicia de um cu lambido
Terás de minha língua úmida um prazer não concebido.

Quero enfim, de fato e sem nenhuma espécie de poesia
Dizer que quero é te foder, falta em mim a hipocrisia
E diante de um corpo delicioso, macio e sem defeitos
Foda-se a poesia, quero gozar no meio dos teus peitos.

Poderia foder-te inteira, lamber teu o cu e tua bunda
Te chamar de freira, camareira, roqueira ou vagabunda
Mas como és apenas ilusão de computador, tola miragem
Escrevo poemas, deito e bato uma punheta à tua imagem.


Parte 5 - A Resposta

Mas agora ao de saber o que diria um poeta à distância
Sobre teu corpo frente ao espelho, em ultima instância
Enfie seus dedos na vulva úmida, cheia de negros pelos
Lembre destas rimas e solte seus mais hediondos apelos.

Agora imagine o poeta sussurrando poemas de pau duro
E apertando a tua bunda e penetrando com jeito seguro
Pense nas palavras do poema entrando em seus ouvidos
Enquanto gozas em litros teus orgasmos não resolvidos.

Feche os olhos agora, esqueça o poema e lembra do poeta
Aquele que mexe com teu útero, e a teus instintos afeta
Lembra do homem que escreve poemas segurando o pinto
Sujando de esperma amarela as paredes brancas do recinto.

Quando gozar não tenha receio de foder com a imaginação
Pois o orgasmo é sua bandeira e seu poder de libertação
Mas antes do poema acabar, deixo-a pensando sobre prazer
E sobre todas as putarias que um poeta poderia te dizer.


Parte 6 - A Trepada
A ser escrita pós consumação.

10/02/2015

08/02/2015

Poesia em Preto e Branco

Poesia em Preto e Branco
(Inspirado por uma entrevista de Ciro Pessoa)
111º do livro "Troco Poesia Por Dinamite" - Gatos & Alfaces Artesanato de Livros.

Desenho: "Senhor e Senhora Cichetto", por Diego El Khouri, 2013

Minha poesia não tem cor, nenhuma imagem frutacor
Arco-íris nem pensar, flores de plástico, jardim incolor
Produzida originalmente em preto e branco minha arte
Nuvem negra, chuva branca e putas incolores de Marte.

Em preto e branco é minha imagem refletida no espelho
Branco e preto minha bandeira, morte ao pano vermelho
Sem cor é minha paixão, só uma descolorida impressão
Coqueiros na praia balançam aos ventos da depressão.

Não há cor em mim, não há cor em minha amada buceta
Amo minha "mulher ampulheta", minha mulher a punheta
E se ao riscar a um fósforo, enxergo a chama descolorida
Penso que apenas no fogo existe a cor, realidade dolorida.

Acendo um cigarro e olho a fumaça branca desaparecer
Não é apenas a poesia a não ter cor, não posso esquecer
Sou eu mesmo ser tão sem cor que não deixo entrar a luz
E nos tempos coloridos, o preto e branco é o que me reluz.

08/02/2015

29/01/2015

Troco Poesia Por Dinamite

Troco Poesia Por Dinamite
Poesia
Gatos & Alfaces Artesanato de Livros - 2015
111 Poemas - 224 Páginas
Prefácios: Ciro Pessoa e Esdras M. Junior
Arte da Contracapa: Nua Estrela

07/12/2014

Carta aos Poetas Modernos

Carta aos Poetas Modernos
Barata Cichetto
Do Livro "Troco Poesia Por Dinamite", 2014
Direitos Autorais - Registrado no E.D.A.
Cópia e Reprodução Apenas Sob Autorização do Autor

1 -
Poemas são apenas um enorme tormento ao poeta
Ser que não é um artista e sequer nenhum profeta
Vigaristas é o que são, seres malditos em existência
Achando que de fato são heróis da uma resistência.

Que direito tem esses idiotas de falar sobre miséria e pobreza
Enquanto o jantar de amanhã é o que lhe causa uma tristeza?
Uma hipocrisia santa que lhes serve de consolo no colo materno
E que pode livrá-los das trevas e das chamas quentes do Inferno.

Falam esses hipócritas em nome de oprimidos e da dor
Mas a minha curei ontem com comprimidos de Anador
E são tão pobres que desconhecem os preços do aluguel
Mas ainda carecem do mapa com o endereço do bordel.

Que tolos que são os modernos poetas feitos por computadores
Feitos de lógicas e sonhos programados por poderosos ditadores
Não são poetas, são apenas lógicas binárias friamente calculadas
Buscando liberdade dentro de sociedades regiamente reguladas.


2 -
Sonham ir á África ou quem sabe temporadas no Inferno
Mas no fim não abrem mão de sua gravata e de seu terno
Apenas bobos fingindo brindar a liberdade e a putaria total
E que não conhecem das putas sequer um segredo imortal.

Pensam que um Charles era bêbado e o outro era satanista
Mas de Augusto nunca leram nem o "Sonho de Um Monista"
E se lessem falariam merda sem entender sequer um verso
Achando que o esqueleto ao lado era a sibarita do Universo.

Sonham com Paris e cabarés enfumaçados cheirando o ópio
Mas esquecem que na esquina tem um velho fedendo a ódio
E que sua poesia é mais viva que as escritas pelos franceses
Pois não está vivo aquele que nunca morreu diversas vezes.

E sonham de fato o feito de Rimbaud em serem mercenários
Ganhando um bom dinheiro e guardando em seus armários
São tolos que enganam tolos, e sua poesia não é um alimento
E não são nem tão belos que mereçam ter um belo aumento.


3 -
As lembranças lhes causam apatia, reverência lhes é conflitante
Pois almejam o poder sobre aquilo que pode lhes ser cintilante
Assim, a poesia que morreu há meio século sem decente funeral
Deixou por herança bastardos tolos comandados por um general.

Mas a tolice lhes cai muito bem, parceira que é da plena ignorância
Perfeita roupa que combina com sapatos da cor de sua arrogância
Sonhando com uma revolução socialista com estrela rubra na testa
Pois roubar o fruto do suor alheio é somente àquilo que lhes resta.

Malditos sejam, poetas que se alcunham malditos, pela eternidade
Pois jamais o tempo lhe trará o reconhecimento com a perenidade
E se malditos desejam que malditos sejam pelo resto de suas vidas
Pois jamais serão poetas, com as besteiras sujas e pouco atrevidas.

Jamais lhes contaria minhas histórias que não querem sequer ouvir
E se filhos dos seus filhos saberão de como da minha arte se servir
Seus bastardos netos jamais terão a honra de sua herança de glória
Pois foi minha a busca e seu o encontro e da minha vida sua história.

4 -
Disseram que a velhice moeu-me a lucidez e que mata-me a inveja
De uma juventude que já foi minha e hoje a eles o que lhes enseja
Mas se posto que isso já fui, e velhos talvez eles nunca venham a ser
Meu sono é tranquilo pensando que esses tolos fui eu que fiz nascer.

Quanto da inocência de poetas que pensam que são livres, eu sorrio
Sua tolice e insensatez é apenas comparada a uma criança com frio
E quando rimam a liberdade com felicidade, maior o meu gargalhar
Achando que em bucetas peludas nunca fizeram a cabeça mergulhar.

E realmente a poesia ao poeta moderno é apenas um belo tormento
Mas é dela que o pedante sorrateiro retira a seu ego o bom alimento
Esperando um cu cheiroso e umas notas de dinheiro por sua poesia
Sem saber que ela irá lhe cobrar um preço furioso pela sua hipocrisia.

E que ódio tenho de moleques em fraldas, catarrentos e ofendidos
Com suas poesias infames debaixo dos braços suarentos e fedidos
Achando que o planeta precisa de sua mesmice e de seu estoicismo
Marchando eretos e céleres em busca do Santo Graal do Socialismo.

5 -
Fingem-se de lúdicos, amaldiçoam pudicos e amealham a simpatia
E chegando em casa vão ao banheiro bater uma punheta para a tia
São torpes e miseráveis e sua poesia é apenas um trauma de infância
Enterrado bem fundo na mente e sufocado por uma pura ignorância.

Ficam pelados em publico, de pau duro a que chamam de caralho
Sem saber quanto custaria a sua nudez se tivessem de ter trabalho
E se a tolice e vaidade não lhes custa preço pois não sabem o valor
Tiram as roupas sem motivo, pois apenas não querem sentir calor.

E são tão tolos esses que se definem como poetas revolucionários
Não pensam que dos ditadores são apenas mal pagos funcionários
Esbravejando e arrotando cerveja podre e maconha que entorpece
Enquanto seu proprietário arrota escocês como ato que enobrece.

Quanta tolice chamam de poesia, quanto romantismo de punhetas
Cometem tolos versos românticos pensando em comer as bucetas
E de tão tolos que são, pensam que ser poeta é foder putas de graça
Mas não entendem que trepar é bem mais que puro ato de trapaça.

6 -
E agora, nobre e tolo falso poeta, preste atenção ao meu desabafo
Pois que fodi com as putas mortas e em Lesbos com a poetisa Safo
Eu sim, que posso ter comido a sua mãe em um bacanal surrealista
Sim eu, que comi muita bunda antes de sonhares em ser um artista.

Portanto acham que sou eu o tolo, o amargo e o frustrado sem cura
Que meu tempo passou, que minha poesia é antiquada e linha dura
Mas ainda sei escrever com caneta e com um carvão se for preciso
E ainda serei lido no escuro, no obscuro quarto de um ser indeciso.

E quanto a ti, caro poeta das tecnologias patentes da modernidade
Pensas que lhe sobrará um lampejo quando morrer a eletricidade?
Decerto serei morto, como falecido sou desde os primeiros poemas
Mas é certo também que a morte será o menor dos seus problemas.

Crêem que sou arrogante e que prepotência é minha marca na testa
Mas eu conheço como separar o que é bom daquilo que não presta
E se acredito que serei eterno é porque morri um minuto a cada dia
Mas não fiz da minha existência ato de misericórdia nem de covardia.

14/03/2014

20/10/2014

O Santo Maldito e o Bendito Poeta Puto

O Santo Maldito e o Bendito Poeta Puto
Barata Cichetto
Registrado no E.D.A. da Fundação Biblioteca Nacional
Do Livro: "Troco Poesia Por Dinamite" -  No Prelo
Poema Lido Durante o Sarau Nonada, em 29 de Setembro de 2014

E entre porres, porradas e putas eu morri
Entre vômitos, sarjetas e bucetas escorri.
E se era Julho ou se era Outubro não recordo
Mas se ontem estava morto, hoje não acordo.

Poesia é feito asa de barata e ferrão de abelha
Algo que enoja e arde e queima feito centelha.
Doces são para confeiteiros, poesia aos amargos
Que com ela te esbofeteiam e te causam estragos.

Morri por poesia e não quero a uma outra citar
Viver é para fracos e poetas podem ressuscitar.
Eu tenho veneno na alma, sou a morte da hipocrisia
E se não sei ser homem, posso ao menos ser poesia.

Entre mortos e feridos, sou aquele que caminha só
Meu caminho é feito de merda, montanhas e de pó.
Fui um rei entre as putas e entre rainhas um puto
E agora que morri, por mim mesmo estou de luto.

A poesia é o murro na cabeça e a mordida de vampiro
E nos miolos espalhados na calçada é que me inspiro.
Cerrar meus punhos e abrir feridas com as mãos nuas
E nem sei quantos minutos ainda faltam para as duas.

Trago um cigarro, a maconha detesto o cheiro de bosta
E trago comigo uma cicatriz, propriedade e não aposta.
E se morro e por mim mesmo choro a morte anunciada
Corro antes que chegue por minha poesia denunciada.

Beijo uma mendiga na boca, pois as ruas são tão duras
E penduro o quadro na parede feito com cores obscuras.
Sangue escorrendo nas ruas, tripas podres da sociedade
E eu ainda nem sei o endereço da tal Rua da Felicidade.

Exercito a garganta, respiro fundo e trago outro cigarro
Um peido, um tiro, cuspo grosso e solto o meu escarro.
Não adianta tua buceta dolorida e inchada de tanto foder
Quando teu gozo foi falso e teus gemidos foram de poder.

Conto histórias de mim, falo comigo sobre o que é solidão
Sei bem como falar sobre a dor, a ganância e a ingratidão.
Na esquina fode a puta, meio menina, meio mulher idosa
E eu nem sei ainda quanto custa uma trepada libidinosa.

Preciso acabar depressa, comprei um revolver do traficante
Apenas uma bala alojada no crânio e o suspiro recalcitrante.
Sem tempo para arrependimentos, apenas acabar com a dor
E ser transformado em morto santo por um maldito ditador.

O sangue espirra, pintando de vermelho o armário da cozinha
E agora sabem que minha morte não foi conquistada sozinha.
Deixo de mim os restos, limpem a sujeira que fizeram comigo
A lembrança por herança e gemidos guardados no baú antigo.

E às virgens mentirosas que foderam para salvar-se da perdição
Que continuem a se arrastar pelas esquinas sujas da maldição.
E morram à míngua ou que morram pela espada com que luto
Porque eu sempre serei o santo maldito e o bendito poeta puto.