Os Poetas e a Farsa dos Dominadores
(Manifesto Parco Capitalista ou Vive La Différence)
Luiz Carlos Barata Cichetto
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. – Ayn Rand
Após ler o pensamento acima, acredito que o leitor estará pensando: “Em que sociedade eu estou”? Que espécie de mundo eu ajudei a criar? Que espécie de mundo é este, que por omissão ou interesse eu ajudo a manter?
Estou certo que muitos terão a frase escrita por Ayn Rand, a filosofa de origem judaico-russa, como um retrato do Brasil... Que à mercê de um populismo da mais baixa instância, disfarçado de “socialismo moderno” nos atirou a vala mais comum da pobreza. E pobreza de todas as matizes, transformando este país numa terra de favelados e esmoleiros. Em geral disfarçam sua ganância, seu “coletivismo” primário e hipócrita sob o manto nem tão sagrado de uma Democracia fraudulenta, que sobrevive devorando aqueles que ainda ousam produzir e pensar. A produção e o pensamento – ou a produção do pensamento ficaram à disposição de velhacos corruptos e gananciosos, que as usam em prol de seus próprios e escusos desejos. E através de benesses, favoritismos e leis estapafúrdias, as converteram em moeda de troca. A produção, tanto de bens materiais, como a cultural deixaram de ter importância, usando, aqueles velhacos, de artimanhas sórdidas para controlá-las, escravizando todos os tipos de produtores, deixando-os a mercê de um esquema que favorece sempre os dominantes e seus tutelados.
Particularmente, o pensamento individual ficou perigoso, “politicamente incorreto”. A livre expressão de pensamento, antes tratada corretamente por censura era execrada pelos mesmos que hoje a usam em prol de seus próprios interesses. Massacram-se os pensadores e os verdadeiros artistas, destituem o caráter humano do pensamento, sob uma vã desculpa de uma igualdade que na prática não existe. Criaram então essa falsa idéia “coletivista”, que engana a todos, podando as asas dos criadores, transformando em crime tudo aquilo que não é aceito pelo mesmo esquema. Mantem-se assim o Estado de Coisas... Indefinidamente.
Criam protecionismos tolos e fascistas, disfarçados de modernidade. Não somos iguais, embora geneticamente carreguemos semelhanças. Somos de cor de pele diferentes, sim. E também somos de opção sexual, cor de olhos, de cabelo, tamanho de pés e mãos... Somos diferentes em essência, pois mesmo aqueles que acreditam em alma as sabem diferentes. E se somos diferentes, porque gostamos de ser tratados como idênticos? A verdade é: não, não gostamos disso, somos induzidos a que pensemos assim, pois é claro, de tal forma aqueles que nos dominam terão facilitados seus mecanismos de dominação.
Quando criam cotas e privilégios especiais em função de idade, cor, sexo, predileção sexual, tamanho do nariz ou de qualquer outra coisa, nada mais estão fazendo do que admitindo sua culpa em não gerir o Estado de forma eficaz. E as pessoas se digladiam para exercer e exigir aquilo que pensam que lhes é favorável. Incompetente e mal intencionado, o Estado cria cada vez mais regras para encobrir sua incompetência e má fé. Em lugar, por exemplo, de obrigar que todas os prestadores de serviço de transporte publico transportem todas as pessoas com conforto, decência e dignidade, criam regras que privilegiam determinadas classes. No lugar de obrigar bancos, que são as que maior lucro indecente recebem, a atender e tratar as pessoas de forma confortável, decente e digna, criam filas de atendimento especial... E vai por ai. O Estado tem que prover vagas suficientes em escolas para todos, não criar cotas. O Estado tem que prover assistência médica decente a todos, não criar regras de privilégios, como se a saúde tivesse maior ou menor grau de gravidade em função de qualquer coisa. Essas regras são desumanas, fascistas, mas querem fazer com que as pessoas acreditem que são boas regras de convivência social.
O protecionismo e as leis que o comandam servem a propósitos contrários àqueles cujas intenções são declaradas abertamente. Ao criar leis que estabelecem direitos especiais e privilégios, estão em primeiro lugar criando a segregação. Em segundo, acirrando ânimos entre os dois lados. De um lado os Privilegiados e do outro os Não Privilegiados. Na Carta Magna está escrito que “Todos devem ser tratados iguais perante a Lei.” O que é, além de um engodo, uma forma fraudulenta, pois abre brechas para atitudes fascistas, segregacionistas e no fim, desumanas. O correto seria: “As leis devem ser iguais perante todos”... A diferença, sutil à primeira leitura é absurdamente enorme quando entendemos com clareza o seu sentido amplo. E esse diferença é crucial, pois enquanto no primeiro caso, diz-se que perante uma lei criada por alguém, todos devem ter tratamento idêntico. E no outro, que as leis é que devem ser formuladas para atender a todos. De fato, entretanto, tanto uma quanto a outra forma são injustas e desumanas, pois ainda mesmo na segunda, os serem humanos são tratados como manada, como incapazes. A busca hipócrita da tal igualdade tão sonhada tanto pelos românticos quanto pelos ditadores.
Seres humanos são diferentes, com desejos e necessidades diferentes, com buscas e caminhos diferentes. E, portanto serem tratados como idênticos é uma falácia. Uma mentira cuidadosamente alimentada por aqueles que tem por único objetivo a dominação. Temos sim, que conquistar aquilo que o personagem de Ayn Rand, no filme “Vontade Indômita”, conclui no discurso proferido durante seu próprio julgamento, onde dispensa o uso de advogado ou qualquer testemunha. “O direito do homem de existir por suas próprias razões." Este sim é o único Estado de Fato e de Direito justo ao ser humano. O resto, qualquer outra coisa, são mentiras impostas por dominantes. Aliás, quando o personagem dispensa o uso de advogados e testemunhas deixa bem clara a questão de que um ser humano, em condições normais, não naquelas criadas por uma sociedade falsamente democrática, é capaz de conduzir seu próprio julgamento, sem usurpadores e intermediários. Advogados, selecionadores, supervisores, diretores, comandantes, políticos de uma forma geral, todos esses e muitos outros foram criados não por uma necessidade de “organização” ou de “moral”, mas sim para atender as necessidades e desejos dos dominadores.
Dirão aqueles defensores das leis naturais, que mesmo dentre os animais selvagens existem dominados e dominadores. Sim, mas estes o são pela força, pela necessidade vital de sobrevivência. E ao que se concerne, o ser humano deixou esse estado selvagem de lado há alguns milhares de anos, servindo tal referencia apenas com uma máscara que esconde rostos bem mais perversos. Sobreviver pela força física não é o atributo da humanidade, dominar o inimigo, conquistar territórios, estes são apenas subterfúgios usados pelos dominadores e ao qual a maior parte da humanidade parece acreditar, por força não por escolha, ser um caminho natural à sua existência.
O capitalismo não é o mal, o mal são os capitalistas. Alguém com certeza já deve ter proferido essa frase, embora eu nunca a tenha lido. Mas o que sustento, é que na essência o capitalismo é até mais justo ao ser humano, o ser humano individual, do que supõe a vã filosofia Marxista. É mais justo porque é mais honesto... Ou mais honesto porque é mais justo? Ambas as afirmações são verdadeiras. Em teoria, o capitalismo oferece chances reais de destaque aqueles que mais trabalham, que mais se esforçam, que têm mais cultura, mais inteligência... Enquanto o socialismo na essência quer tratar de forma idêntica a todos, o que acaba por gerar a injustiça e consequentemente o caos. A prova está no fato de que de alguma forma a espécie humana rechaçou o socialismo, pois, com exceção de dois ou três paises no mundo onde ele é mantido por ditaduras execráveis, no restante simplesmente sumiu. Em sua própria terra de origem, há mais de 20 ele não existe mais, tendo deixado atrás de si, e para as próximas gerações, um legado de mentiras, corrupção e desigualdade social que nem nos mais selvagens capitalismos existiu.
Os próprios termos “direita” e “esquerda”, com sua conotação política, na maior parte dos países do mundo, deixou de ter significado. O socialismo, baseado nos tais princípios de Igualdade, falhou em todas as experiências humanas reais. E junto com seu primo mais pobre, o Anarquismo, provaram apenas aquilo que muita gente sabe, mas finge não saber: o ser humano não é igual. E não sendo igual tem pensamentos, desejos e principalmente metas e necessidades diferentes.
Mas os maiores fatores de derrocada do Espírito Socialista no mundo são os mesmos que fazem com o capitalismo não seja a grande forma de governo: a Vaidade e a Ganância. Elas, sim, as parentes distantes da Igualdade, em principio bastardas, que nos afastam uns dos outros. São elas, na essência que nos trazem de volta o lado selvagem, da dominação de territórios, na imposição da vontade própria em detrimento do aceite da vontade alheia. E acaso alguém consiga dominar, refrear esses “instintos”, teremos uma sociedade capitalista, que, ao contrário do que prega a hipocrisia socialista, justa. Uma sociedade é feita dos valores individuais e só assim é que chegamos ao bem comum, nunca ao contrário. Um país é um agrupamento de pessoas, que se felizes e bem sucedidas, em qualquer âmbito, farão um país feliz e bem sucedido. O resto, queridos, é a mais pura e absoluta enganação. E não me falem que as ditaduras são privilégio da “direita”, porque as de “esquerda” foram tão ou mais violentas. Basta olhar a história.
Mas muitos poderão estar falando: “Esse camarada e maluco! O que tem a ver capitalismo e socialismo com Igualdade?” E ainda acrescentarão: “O capitalismo é quem está destruindo o mundo!” Ora, meus senhores e minhas senhoras, o que está destruindo o mundo não é o capitalismo, cujas bases fincadas no “individualismo” puro, pressupõe em resumo que você receberá proporcionalmente ao seu volume e qualidade de produção, em razão do seu valor individual, em linha direta a sua capacidade criativa. Enfim, terá aquilo que trabalhou para ter. E terá então, assim, seu merecido destaque e premiação, por seu valor individual, revertendo isso, obviamente, do coletivo. Claro que o capitalismo também se prostituiu ao lucro fácil, á ganância e a outros fatores que lhe mudaram a vocação inicial, mas ainda assim eu prefiro saber que um dia, poderei ter o lucro de meu trabalho e de meu esforço próprios, do que saber que estou dividindo tudo com preguiçosos e corruptos. Que as minhas chances são iguais às deles... Por quê? Para ter uma ilusão que estarei sendo justo? Ao preguiço e ao corrupto são quem interessa esse tipo de “socialismo”. E antes que me arremessem dúzias de pedras, quero que fique claro, que, sim, precisam existir os programas sociais para socorrer necessitados, mas apenas como situação circunstancial, emergencial, porque ocorreu alguma lacuna ou falha no sistema, jamais de forma permanente. Em resumo, um cidadão pode e deve ser socorrido por programas sociais quando sobre ele se abate uma tragédia, não para que ele viva de tragédias.
Então, vamos deixar de ser hipócritas e analisar a realidade: o que tem colocado a perder um sistema que é justo na essência e injusto no final, são as tentativas de inseminação artificial de dogmas “socialistas” dentro do capitalismo. Perplexo? Então: é justo que uma pessoa que não move uma palha para conseguir algo para sua própria vida, que é preguiçoso e inerte receba as mesmas oportunidades que aqueles que, de uma forma ou de outra produzem riquezas, sejam elas financeiras, culturais ou artísticas? É justo que exatamente essa pessoa que recolhe impostos e paga seus tributos e contas, alimente programas sociais corruptos e incompetentes que privilegiam não as exceções, as falhas no sistema, mas uma horda de vagabundos e preguiçosos? O Estado tem obrigação, sim, de prover as bases idênticas a todos, ou seja: educação e saúde públicas. E garantir que as pessoas não sejam alijadas do processo natural. Nada, além disso. Em outras palavras, bem mais simples: o Estado tem que ensinar a pescar e manter o rio limpo, não dar o peixe... A pescadores que ficam na beira do rio, dormindo e depois quando chega a fome, se alimenta do peixe que o outro pescou..
Tirando aquelas experiências retratadas em livros, de ficção, todas as experiências de sociedades igualitárias fracassaram. Todas as teorias sobre sociedades utópicas são belas e maravilhosas no papel. Desde a “República” de Platão, passando pelas enxurradas de textos literários, como o “Walden II” de B.F. Skinner, todas elas colocam como possível tal sociedade. Os Hippies da década de 60 obtiveram alguns bons resultados... Por pouquíssimo tempo. Mesmo experiências individualistas como a de Thoreau em “Walden, ou a Vida nos Bosques”, esbarram nas dificuldades inerentes ao ser humano. Aliás, na maior delas: seres humanos são diferentes, com necessidades... É claro que a vaidade e a ganância também tiveram seus fatores preponderantes na falência dessa idéia de “comunidade utópica”. Mas o fundamental, que a maioria das pessoas não quer enxergar é simples: seres humanos não diferentes... Com necessidades... E querer colocar todos dentro uma mesma regra, mesmo que seja esta a ausência de qualquer outra regra, é de uma estupidez total. No fim das contas, mesmo que induzidos pelo sistema de dominação a acreditar que ele é igual aos outros, e que deve usar isso a seu favor, o ser humano não quer ser igual, quer ser diferente, gosta disso, de fato. Agora, existem os aproveitadores, aqueles que têm orgulho de ser diferentes, mas querem ser tratados como iguais... Mas estes estão naquela mesma leva que adora as cotas, os privilégios. Não porque acha justo para a “sociedade”, mas para si mesmo. E esses é que fazem a delícia dos cagadores de regras e leis protecionistas. Aliás, são até piores.
O pensador Ignácio de Loyola Gomes Bueno, em seu livro “O Futuro Começou”, coloca que “O Homem não é bom nem mal, é história.” O que é a mais pura e absoluta realidade. O que somos é o que fizemos, o que seremos o que fazemos. O Bem e o Mal, maniqueísmos e moral religiosa à parte, são conceitos fechados que na prática dependem apenas da visão individual. E essa visão é puramente baseada, na forma pura, pela história de cada um. E a história é individual essencialmente. Ninguém escreve a história de ninguém. Um biografo apenas retrata a história de uma pessoa, mas cabe apenas a cada individuo escrever a sua. Apenas a ele. E se cada um de nós construir sua história, seja ela dedicada ao que for, das ciências ocultas e exatas às artes ou mesmo a arte do ócio, de forma criativa e objetiva, teremos então uma cidade, um país, um planeta repletos, sim, de homens vitoriosos. E assim, cada um dentro de sua necessária diferença, iguais.
A cada dia percebo a diminuição da capacidade de raciocínio individual. Ninguém mais quer pensar. Teria acontecido algo com o cérebro humano? Teriam colocado alguma substância nos reservatórios de água que emburricou as pessoas? Não, o que ocorre é simplesmente é essa ditadura do falso socialismo, do coletivismo torto e fracassado que nos alimenta com ideais falsos de igualdade. Instigam o não pensar, instigam o não racionar, porque é, lógico, de tal forma a dominação é mais eficaz. E tratam de colocar mais elementos nesse caldeirão, como a Ganância, a Vaidade e o Orgulho, todos eles teóricos inimigos naturais da Igualdade, mas que numa química poderosamente ensaiada reduz a um líquido viscoso, bebido com prazer em salões emoldurados, servido por eunucos.
Estamos todos de mãos atadas, de joelhos no chão e bocas caladas perante nossos dominadores, este é fato irrefutável. Dependemos cada dia mais de seus métodos e meios de produção. Particularmente nos grandes centros urbanos cada vez maiores, nada, absolutamente nada daquilo que consumimos depende de nós mesmos. Nem a água que bebemos, nem a comida que comemos. Em tudo, e cada vez mais, dependemos dos esquemas gigantescos de produção. O reflexo disso é que, como qualquer dependente absoluto de algo, nos transformamos em escravos inertes e, o que é pior, defendemos com unhas e dentes os nossos “senhores”, com receio de perdermos aquilo que eles nos oferecem. E que não podemos viver sem. E eles nos fazem querer sempre e sempre mais e “melhor”. E quanto mais queremos, mais deles precisamos e mais somos escravos e mais somos agradecidos.
Quando, ainda nos anos 1980 se falava em tecnologia no futuro, acreditava-se que com a informatização iminente, as pessoas não precisariam trabalhar tanto e que teriam mais tempo para o lazer e para o prazer. Mas de fato o que a tecnologia nos trouxe foi exatamente o oposto disso. Passamos a trabalhar mais para, entre outras coisas, adquirir a tecnologia que passou a ser “necessária” ao prazer e ao lazer. E passamos a depender mais e mais de “novas tecnologias” que são criadas diariamente, alimentando e realimentando o mesmo monstro insaciável. Outro bom exemplo é com relação á medicina. Achavam os escritores e sonhadores, que a tecnologia resolveria a maior parte dos problemas de saúde das pessoas, que ela seria a panacéia de todos os problemas médicos, a cura de todas as doenças. Mas de fato o que se viu foi, não apenas essa panacéia não ocorrer, como o surgimento de inúmeras outras doenças decorrentes do abuso na utilização da tal tecnologia. Claro que seria assim, pois a indústria farmacêutica é a que mais movimenta dinheiro no mundo. A pergunta que com certeza ficará sem uma resposta definitiva: a alta tecnologia que temos a disposição atualmente foi benéfica ou maléfica? Se a resposta for “maléfica”, o que precisaria ser feito? Uma nova revolução, uma revolução que trouxesse de volta valores mais precisos e menos desumanos? Uma revolução definitiva, intuitiva e cognitiva?
A Revolução Francesa, tida como uma das mais importantes da humanidade foi baseada num trinômio: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A frase, cunhada por Jean-Jacques Rousseau, um dos maiores filósofos do Iluminismo, que defende uma atitude geral de pensamento e de ação, baseando-se no fato de que os seres humanos estariam em condição de tornar este mundo um lugar melhor, mediante a introspecção, o livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Não me considero o suficiente gabaritado e nem disposto a analisar e discorrer em páginas e páginas sobre esse assunto, entretanto, a frase de Rousseu, baseado puramente em minha própria análise, enfoca os três pilares básicos não do que seriam as bases do próprio Iluminismo, mas da parte hipócrita do capitalismo. E a parte mais cruel dele. É onde eu retorno ao início de dois parágrafos atrás, onde falo que o mal não está no capitalismo em si, mas nos seus “detentores”. São esses três fatores que transformam o capitalismo em algo desumano, por fazer as pessoas acreditarem em coisas altamente irracionais e subjetivas. São reles palavras que carregam uma carga de mentira e ignorância usadas apenas no intuito de aplicação do procedimento padrão dos dominadores. A tal Fraternidade, antes de ser aquilo que originalmente propunha o termo, passou a ser usada pelo pilar das religiões, a Liberdade pelos artistas e teólogos do impossível, do inatingível, feito o Céu e o Inferno. E a ignóbil Igualdade, tema recorrente e motriz deste artigo, que é usada para sustentar uma corja de velhacos e interesseiros, cada um defendendo seus próprios e inconfessáveis propósitos.
Ah, essa tal de Igualdade, que tanto sua irmã gêmea e tão hipócrita quanto ela chamada de Liberdade, na prática não existem. Meras ilusões arquitetadas nos salões dos palácios dos dominadores. Acreditem, elas não existem, a não ser nas mentes dos poetas, dos sonhadores, dos artistas... E dos dominadores. Triste constatação esta, a de que os poetas são aqueles que alimentam a farsa dos dominadores...
Concordo plenamente com você em tudo que disse. texto perfeito! Adorei esse trecho:
ResponderExcluir"Dirão aqueles defensores das leis naturais, que mesmo dentre os animais selvagens existem dominados e dominadores. Sim, mas estes o são pela força, pela necessidade vital de sobrevivência. E ao que se concerne, o ser humano deixou esse estado selvagem de lado há alguns milhares de anos, servindo tal referencia apenas com uma máscara que esconde rostos bem mais perversos. Sobreviver pela força física não é o atributo da humanidade, dominar o inimigo, conquistar territórios, estes são apenas subterfúgios usados pelos dominadores e ao qual a maior parte da humanidade parece acreditar, por força não por escolha, ser um caminho natural à sua existência."
Acho que realmente o que pegou no capitalismo foi o egoísmo inerente do ser humano que provocou a competitividade sem limites, fazendo-o se voltar contra seus irmãos humanos. Também não concordo com esse modelo socialista, e acho que o ideal é uma sociedade na qual todos tenham a oportunidade de crescer e assim conquistar um cargo mais alto que seja.
Sim, Fernanda! Isso mesmo. Por isso que digo que a base do capitalismo estava certa, porque ela pressupunha isso. Foi pervertido, mas é mais justo no final, do que o modelo socialista. Obrigado por sua opinião. È sempre bom!
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