Elogio à Mentira
Barata Cichetto
Mas sem a mentira não existe a poesia, o sonho ou a quimera
Ah, quanto somos hipócritas em combater a mentira e ensejos
Porque nela, na mentira, estão todas as artes, sonhos e desejos.
Sem a mentira não há a paixão que sustente, relação que aguente
E pensando bem não existe verdade sem a mentira que a sustente
Pensando melhor não existe a verdade, apenas mentiras repetidas
Que reditas e recônditas as transformam em verdades mentidas.
A mentira é o político, o poeta e a prostituta; a mãe dos desgraçados
A criança e o ancião, a esposa e a amante, Deus e o Diabo abraçados
Brancas ou negras, pequenas ou grandes não existem meias verdades
Mas por semântica a mentira é sempre um inteiro ou duas metades.
E encerrando o presente elogio, cuja mentira é um poema horroroso
Confesso ser eu um falso poeta, um ser desprezível e um mentiroso
Que um arremedo de ode á falsidade da mente mentirosa ora retira
Pois tal não fosse jamais escreveria um mentiroso elogio à mentira.
Do Livro: "Cohena Vive!" - Editor'A Barata Artesanal
Registrado no E.D.A. da F.B.N Sob Nº.562.916 - Livro 1.073 Folha 473
Para Saber Mais ou Comprar o Livro: http://www.abarata.com.br/livros.asp?secao=L®istro=7
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Respeite o Direito do Autor e Não Esqueça de Deixar um Comentário.
Todos os Textos Publicados Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. - Reprodução Proibida!