Barata Cichetto
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Uma mulher arrasta pela calçada uma mala sem alças,
E um sujeito bêbado arrota e a chama de vagabunda,
Mas eu, que sou poeta legal, apenas olho sua bunda.
Aperto meu pau duro e abro o zíper da braguilha,
A mulher limpa o catarro da criança maltrapilha.
E eu e o bêbado vomitamos nossos nojos na sarjeta,
Quando a mulher nos pede fogo e a criança gorjeta.
Estamos parados na esquina, eu e o tal bêbado imundo,
Somos um par de tolos: ele é o poeta e eu o vagabundo.
Sujei minhas botas novas e o mendigo a seus chinelos,
E a mulher e a criança nunca me pareceram tão belos.
09/07/2017
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