Luiz Carlos Cichetto
Ontem, minha fanpage no Facebook atingiu a marca de 800 seguidores, o que é pouco diante de escritores midiáticos e "influencers" em geral, mas esse número foi formado pelo apoio dos amigos, sem que eu tenha gasto qualquer dinheiro para "impulsionar". São, deduzo, pessoas que de alguma forma acompanham e gostam do meu trabalho, pelo menos enquanto não precisam pagar nada, e é só um clique, muitas vezes por impulso. Quase nenhum comprou um dos meus livros, e uma boa parte, sei, nem lê um texto inteiro. Nada a comemorar, portanto, mas bastante a agradecer a essas 800 pessoas, que afinal alimentam meu ego, e movimentam essa fábrica de malucos.
O que fiquei triste, foi que ao ser informado pelo Facebook desse número, abri o Messenger para agradecer uma pessoa, uma amiga, que nos últimos tempos era assídua em curtir e comentar meus textos, e com quem eu sempre tinha papos interessantes, muitas vezes na madrugada, e descobri que ela simplesmente tinha encerrado a conta. A conversa estava lá, as fotos que trocamos e tudo, mas eu não tinha como contatar.
Fiquei pensando no que poderia ter ocorrido, se fora algo de grave, ou apenas uma crise de encheção de saco, como eu também já tive. Enfim, possivelmente jamais tornarei a falar com essa pessoa, com que eu havia tido conversas sobre problemas familiares e até algumas intimidades. São coisas desse mundo plástico, inóspito e frívolo, onde qualquer relação pode ser rompida num clique, para nunca mais, e sem nenhum motivo aparente ou explicação. Espero mesmo que minha amiga esteja bem, e que tenha apenas se enchido desse mundo de faz-de-conta. Enfim, um mundo de plástico-bolha, com seu barulho irritante e cheio de nada.
23/10/2019
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados
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