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17/03/2020

Livro Aberto

Livro Aberto
Barata Cichetto



Ontem eu ejaculei na tua alma imortal,
Um líquido quente, humano e imoral.
E feito a um livro de Sade te li inteira,
Ejaculando mel na tua boca alcoviteira.

Ainda ontem penetrei tuas entranhas,
Que eram tão pervertidas e estranhas.
E na tua boca enfiei língua e palavras,
Quentes feito a desejos, pães e lavras.

Ontem abri as pernas da tua ignorância,
E gozei feito louco com tua abundância.
Me esfreguei na tua mente feito nefasto,
Tendo orgasmos de um touro no pasto.

Ainda ontem engoli tuas palavras salgadas,
Virei do teu livro várias páginas rasgadas,
Cuspindo nos dedos um escarro libidinoso,
E lendo cada frase como um poema gososo.

Ainda ontem rolávamos na cama do hotel,
Feito páginas de livros de poesia de bordel,
Éramos tantas histórias se amando sem dor,
Que foi inevitável um orgasmo provocador.

Ontem gozei no teu rosto como amante,
O gozo feliz de quem acha um diamante.
Um tanto poeta, outro simples jardineiro,
Do meio das tuas pernas colhi o canteiro,

Ainda ontem éramos um par de vadios,
Sem culpas ou arrependimentos tardios,
E nossas palavras eram todas de infamia,
Boquirrotos tortos, e repletos de insânia.

Ontem rompi o hímen da tua verdade,
Tudo foi tão bom quanto à felicidade.
Hoje eu ainda te conto sobre o que vivi,
E mostro um livro que ainda não escrevi.

18/03/2020
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

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