O CONTEÚDO DESTE BLOG É ESPELHADO DO BLOG BARATA CICHETTO. O CONTEÚDO FOI RESTAURADO EM 01/09/2019, SENDO PERDIDAS TODAS AS VISUALIZAÇÕES DESDE 2011.
Plágio é Crime: Todos os Textos Publicados, Exceto Quando Indicados, São de Autoria de Luiz Carlos Cichetto, e Têm Direitos Autorais Registrados no E.D.A. (Escritório de Direitos Autorais) - Reprodução Proibida!


31/05/2019

Barata | Editor Virtual Amazon


Meu nome é Luiz Carlos Cichetto, e durante muitos anos me dediquei a edição artesanal de livros, fazendo todo o processo de edição: diagramação, criação da arte de capa, impressão e acabamento artesanal dos livros. Com esse trabalho, além de lançar 24 títulos próprios, também propiciei a cerca de outros 30 autores que tivessem seus livros impressos publicados. Foram mais de 100 títulos, de gêneros diferentes, da poesia e prosa ficcional a teses acadêmicas.
E agora, coloco a sua disposição toda essa minha experiência como editor e designer,  editando seu livro através da Amazon Books, a maior vitrine de livros do mundo, onde estão desde autores iniciantes como consagrados.

>>> O Que Ofereço?
Meu trabalho consiste em receber seus manuscritos, diagramar, criar artes de capa personalizadas, tanto para a versão impressa quanto em Kindle, e posteriormente colocar à venda por intermédio daquela plataforma, cobrando apenas por essa prestação de serviços, já que todo o processo de venda e entrega corre por conta da Amazon, e é feito de acordo com pedidos de clientes, não havendo, portanto, nenhuma tiragem inicial mínima.

>>> Por Que Pagar Quando Tem de Graça? 
Embora o próprio site ofereça facilidades em enviar seu manuscrito e modelos de capas semi-prontos, o tempo despendido, além da falta de personalidade nas artes de capa, podem colocar a perder o trabalho do escritor, resultando num livro sem cuidados profissionais estéticos ou fora dos padrões de layout. A capa do seu livro será feita exclusivamente, de forma personalizada, e ainda com o código ISBN, imprescindível, e fornecido sem custo adicional.

>>>  E Quanto o Autor Pode Ganhar?
Levando-se em conta que a Amazon remunera autores com porcentagens de direitos autorais bem mais significativos que a maioria até das grande editoras, creio ser um bom negócio para autores de qualquer gênero e em qualquer estágio de carreira, desde o iniciante até mais consagrado.

>>> Quem Sou:
 Luiz Carlos Cichetto nasceu em 1958, em São Paulo e começou a escrever na adolescência, quando também passou a participar de publicações mimeografadas. Desde então escreveu vários milhares de poemas, contos, crônicas e ensaios, que resultaram em 24 livros, a maior parte autopublicados, sendo 14 de poesia, e o restante de auto-ficção, microcontos, crônicas, ensaios e até um infantil. Tem ainda prontos para publicação três romances, três novelas e quase duzentos contos inéditos. Além da literatura, dedicou-se também às artes gráficas, pintura e designer, e também a produção de programas em webradio, além de ter criado há quase dez anos uma editora artesanal, pela qual lançou a maior parte de seus livros, além de títulos de outros autores. Atua também como letrista e entre suas criações estão seis musicas e três óperas Rock. É casado pela quarta vez e tem dois filhos do primeiro casamento. Atualmente reside na cidade de Araraquara, SP.

Contato:
Email: editorvirtualamazon@gmail.com
Whatsapp: (16) 99248-0091
Portifólio em Editor'A Barata Artesanal: www.editora.abarata.com.br
Página de Autor na Amazon: www.amazon.com/author/luizcichetto
Fanfage Facebook: www.facebook.com/editorvirtualamazon/

26/05/2019

Relações Perigosas

Relações Perigosas
Barata Cichetto
Foto: Vitor Antunes - Mão no Bolso.
https://olhares.sapo.pt/mao-no-bolso-foto1254965.html

Aos dezoito anos, todos os homens da minha época tinham o coração dentro do bolso das calças, junto com carteira, o pente, o lenço, e outras necessidades urgentes. Aos dezoito anos, os caras da minha idade traziam consigo apenas coisas que pudessem ser de utilidade: não traziam celulares, drops ultra fortes para sexo oral, cartelas de camisinhas perfumadas e outras quinquilharias. Acredito que éramos mais práticos, ou ao menos tínhamos outros interesses, digamos menos interesseiros.

Na época dos meus dezoito anos, muitos de nós trazíamos livros nas mãos e discos debaixo do braço, que líamos e ouvíamos e discutíamos, acreditando em verdades escritas e cantadas por pessoas em quem acreditávamos. E muitos de nós, também e incluindo a mim mesmo, tinham cadernos e canetas, e escreviam poesia, que acreditávamos serem nossas verdades, mas que eram de fato as daqueles que acreditávamos serem donos da verdade. Éramos todos deslumbrados com nossas maioridades legais, e nossas possibilidades futuras, que nem sabíamos que elas terminariam tão depressa que nem teríamos tempo de tirar as coisas que tínhamos dentro dos bolsos, incluindo o coração.

E não foi tanto tempo depois desses meus dezoito anos que a conheci. Não lembro se era bonita, nem se era alta ou baixa, gorda ou magra, branca ou negra, apenas lembro que casei com ela e daí, logo depois, tinha um par de filhos. Disso eu lembro. E lembro também que ela nunca aceitou beijo na boca e nunca me fez sexo oral. Lembro-me do rabo dela e que ela me deixou fazer anal uma única vez. Da buceta? Ah, acho que era legal. Só sei que tivemos dois filhos, que nem sei onde estão, e ela também, não sei se morreu, virou puta ou pastora evangélica, ou todas essas coisas. Não me interesso por nada disso.

Aos quarenta anos, todos os homens da minha idade tinham se separado de suas primeiras esposas e tinham saído em busca de bucetas mais jovens, mas eu ainda esperei chegar aos cinquenta. E não tinha mais o coração, nem pente, nem carteira e muito menos lenço, no bolso das calças. Eram coisas que tinham caído de moda, e agora eu também tinha um celular e drops de hortelã, além das camisinhas. Quem sabe uma hora eu precisaria dessas coisas. Nunca precisei. As mulheres queriam foder por cima e eu era muito frágil para aguentar aquelas bundas malhadas em academias esmagando minhas bolas. 

Quando chegam aos cinquenta, todos os homens da minha época se tornam gordos e carecas, com trabalhos bem remunerados ou empresas particulares, mas não eu, eu não, mesmo. Eu ainda era magro e fraco, mas ainda tinha cabelos. Sempre gostei de quebrar regras. E todos aqueles caras tinham amantes caras enquanto eu tinha apenas a minha mão. Era interessante, pois com ela não eram precisos os drops e os celulares, nem mesmo a carteira e o coração. Só os dedos, mesmo. E eu durante anos a conheci tão intimamente que quase a chamei de esposa. Aprendemos tanto um com o outro que podíamos saber nossos desejos sem precisar falar.

Aos sessenta, todos os homens da minha época ainda usam calças com bolsos, mas não carregam mais carteiras, nem pentes, nem lenços, apenas enfiam nele sua mão e dali podem, discretamente, acariciar seus paus sem que ninguém perceba essa perigosa relação.

26/05/2019

- PLÁGIO É CRIME! - RESPEITE OS DIREITOS DO AUTOR

24/05/2019

Genny e a Iron Butterfly

Genny e a Iron Butterfly
(Da Série: Sonhos de Um Roqueiro Politicamente Incorreto Aposentado)
Luiz Carlos Cichetto

Era uma senhora um tanto idosa, obesa e dadivosa ou, como diziam os antigos, uma puta velha e gorda. Nos anos 1960 foi hippie em San Francisco, nos 70 punk em Londres, nos 80 pós-punk na Tchecoslováquia, e quando chegaram os 90, esquelética e quase morta virou gótica na Bela Vista. Nos 2000 foi metaleira de coturno e pulseira de couro com pontas de plástico cromado; depois não foi mais nada, pois já não tinha mais nada para ser, a não ela mesma.

O seu nome era Genny, mas era com ípsilon e dois enes, pois não queria ser confundida com a outra, em quem jogaram bosta e pedra, pois nela ninguém jogava nada. E seu nome era Genny e podia ser Geni se ela quisesse, pois já fora chamada de "Bola de Sebo" pelo escritor francês Guy, e de "Geni" por um sambista comunista carioca, e por "Garota" por uma banda de metal anarquista.

E seu nome era Genny e podia ser Genny enquanto fosse, e ela queria era ser artista, pintar quadro vanguardista, escrever texto anarquista e namorar escritor capitalista, mas mesmo que fosse e que fizesse, ainda era Genny, dos tempos das casas de lâmpadas vermelhas na porta, dos tempos das revistas e dos em que ela era chamada de puta, não garota de programa; dos tempos em que era chamada de gorda e não de obesa, e dos tempos em que se respeitava não pelas palavras que se usavam, mas pelos atos e sentimentos que se tinham.

Aposentada de seu trabalho de caridade em prol dos necessitados, Genny queria a paz, e descansar suas histórias numa bucólica cadeira de balanço, quando apareceu uma enorme borboleta de ferro, sob as nuvens flutuando, e de lá desceu um general de cinco estrelas no peito e uma enfiada no rabo, e disse que toda a cidade se preparasse que ele a destruiria tão lentamente quanto à execução de In-a-Gadda-da-Vida, a não ser que aquela gorda lhe servisse. E então a cidade apavorada se quedou desmoralizada, e decidiu em reunião da militância que apenas ela, Genny, poderia lhes salvar.

E partiu então em cantoria, caminhando, cantando e seguindo a canção chata, a multidão de desocupados com o rabo entre as pernas, à porta de Genny. O padre chegou de joelhos, e o prefeito lhe trouxe um coelho, que ela não aceitou por que não falava, e muito menos a levaria ao país das maravilhas. Ela mandou o padre levantar e o prefeito enfiar o coelho no rabo, mas a multidão lhe pediu com tanta tristeza que até ela até acreditou que era verdade, e que apesar de sua idade, poderia ainda para alguma coisa servir.

Então partiu Genny, a frente da manifestação, seguida de feministas de sovacos peludos, machistas de sacos depilados e alienígenas trans de orelhas roxas peludas e costeletas de Elvis Presley, em direção da enorme Butterfly de Ferro, onde esperava o general cantando o refrão de In-a-Gadda-da-Vida em mandarim. Assim que viu Genny, o homem parou de cantar, se enfiou na sua nave e desapareceu dizendo: essa dama é a Genny, e eu queria era a Geni, e se não pode ser Geni, então estão todos ferrados, que vou destruir essa porra toda. E a multidão canta: essa gorda é a Genny, mas a outra era Geni. Essa é feita pra apanhar, a outra de cuspira. Essa dá de dez pra um, maldita Genny!. E o general, sem querer saber de conversa, ainda falou: e será da forma mais cruel, pois vão ter que escutar In-a-Gadda-da-Vida cantada em dupla pelo Chico Buarque junto com o Gilberto Gil, cantando em dialeto africano.

E foi assim, que nossa querida Genny, que não podia mais ouvir a multidão pedir que ela desse a todo mundo, pediu que lhe jogassem pedra, lhe jogassem bosta e que depois fosse todo mundo para a puta que pariu. E ela assim pediu, e aí dormiu, sonhando que transava com Caetano Veloso embaixo da Torre Eiffel e ele lhe dizia: "óu não!", e a chamava de "Tigresa".

25/05/2019

23/05/2019

Um Poema Dedicado a Você (Mas Você Não Vai Ler)

Um Poema Dedicado a Você (Mas Você Não Vai Ler)
Luiz Carlos Cichetto, Aka Barata, que você não conhece...

Longe da pretensão vaidosa dos poetas sem entendimento,
Eu não espero de ninguém que leia esse meu pensamento,
Como não leram outros tantos que escrevi em cinquenta anos,
Pois enquanto eu morria de dores tolas, tinham outros planos.

E agora, que chego à idade de estar de pijama, jogando dominó,
Com um frasco de soro pendurado no braço e sob olhares de dó,
Não espero que ninguém leia poesia de adolescente de sessenta,
Que achou de ser moleque apenas quando chegou aos cinquenta.

Então, escrevo poema resmungando, apenas para tirar sarro,
Antes que a enfermeira traga o remédio para soltar o catarro,
Ou ainda que mesmo morto me tragam as contas do hospital,
E eu tenha que depender de esmola de uma assistente social.

Então, leitor que não me lê, este poema é a você dedicado,
Por um poeta que já foi um sujeito simples, sem predicado,
Que de sua poesia nunca ganhou um troféu ou premiação
Mas que dela sempre fez sua dúvida, sua crença e oração.

24/05/2019

21/05/2019

Microconto de Vampiro

Microconto de Vampiro
Luiz Carlos Cichetto

- Olha, querida, eu trouxe pão! Consegui algumas moedas e passei na padaria. Está quente!
- Eu não quero pão, seu desgraçado, quero sangue. Sangue! Sangue o seu é o que eu quero!
- Ah, desculpa, querida, mas acabou. Dei-lhe todo sangue que eu tinha. Só tem pão, mesmo!

01/03/2019

19/05/2019

Os Seis Cegos Indianos e o Elefante Efervescente

Os Seis Cegos Indianos e o Elefante Efervescente
Luiz Carlos Cichetto

Arte só é valida se a gente estoura os miolos de alguém... Nem que sejam os próprios. E diz Daniel Kobra Kaemmerer: "Verdade mesmo! Somos rebeldes suicidas." Exatamente. Somos suicidas rebeldes, apenas demoramos a vida inteira pra apertar o gatilho... De um revólver sem balas. Ou de balas sem revólver. A cada estrela que morre, nasce um grão de poeira. Poeira. Poesia. Poe, Edgar. Allan. Tycho Brahe: "Ne frustra vixisse videar!" Tycho Brahe e seu nariz de ouro. Ou de cobre. Cobre. Recobre. Redobre. Abram minha sepultura e retirem o ouro enterrado dentro da minha carcaça. De graça. Desgraça! Desgraça pouca... É pouca desgraça. Disfarça. E entrega o ouro ao bandido. E a seu cavalo o cocô. Um verme pode estar cheio de vermes? Vem ver-me! Agora? Mesmo! Eu nunca descobri uma estrela. Nenhuma estrela me descobriu. Onde anda Deus? Pregando entre os ateus? Entre os meus? Judeus? Teus? Onde andam os porcos? Não há mais chiqueiros. Nem canetas tinteiro. Aprendi a escrever com caneta tinteiro. Tinha até mata-borrão. De papelão. Caderno brochura que era mais barato que o espiral. "Caderno de molas",  colchão de espuma nem pensar. Sofá rasgado. De couro artificial. Lagartixas sem rabo. Panelas sem cabo. E nenhum feijão para ser cozido em sonho. Qual é a origem de Orígenes? Minha existência é um dramalhão escrito por um mexicano e  filmado por Tarantino. Izabel Cristina tinha "O Direito de Nascer" E de ser. O que fosse. Onde fosse. E para onde fosse. Mamãe Dolores. Mamãe e suas dores. Coragem, João. Coragem, Irmãos! Nunca soube jogar futebol. Era o Irmão Covarde!  Deixa eu fazer como Elvis: atirar na televisão. No rolo de papel higiênico. Ato cênico. Obsceno. Seno, cosseno. Tangente. Secante. Saída pela tangente. Teorema de Pitágoras. E Ágora? Agora, não! Caiu uma estrela na minha cabeça. Não era uma maçã, não! Descobri a lei da gravidade, sem gravidade. Apenas era da maior gravidade. Escrevi um breviário. Em breve estará nas igrejas. De joelhos. Coelhos não sabem ficar de joelhos. A poeta, de sexo feminino se diz poetisa, mas eu digo que é uma sacerdotisa. De Pisa. Não pisa. Não me pisa que dói. Ontem olhei o Sol. Queimou minha retina, menina. Menina de sóis nas vistas. Veja o que o sol fez nas suas vistas. Um menino me pede uma entrevista. Só pago a vista. Mas ele quer de graça. Que desgraça! Não se faça. De besta! Eu não pago. Só cago. Não quero rimar com trago. Amyr, meu querido amigo Dragão solta suas labaredas pelos dedos e compõe uma peça musical magnífica. Explica! Não, não explico o que não sei. Pergunte ao nó! Ao infante. Ou ao elefante. Pergunte aos seis sábios cegos da Índia sobre o elefante efervescente de Syd Barrett. Perdi o bonde. Onde? Onde conde se esconde. O Conde D'Eu?  E eu? Eu não! A Princesa Áurea! Aura de Princesa. Tigresa. Isabel era Princesa. Izabel é Rainha. Do meu reino de solidão e poesia. Eu queria foder com ela no meio da rua. Dentro do ônibus. Na Praça da Sé. Dentro da Igreja. Ela não deixa. Ela não quer. Sou um filho da puta, ela diz. Ela disse: "Case!" E eu casei. Por escrito. Sou maldito. Não sei se coloco interrogação ou exclamação nessa pequena frase. Queria tanto saber onde e como usar a crase. Onde está meu bonde? O Bonde do Desejo... Amanhã tem teatro. Na calçada em frente. Um ator indigente. Indulgente. Uma atriz meretriz. Indecente. E um diretor sem talento. Indiferente. Dramas mexicanos, atrizes peitudas de silicone. E um clone. De plástico. Papel higiênico Dama. E uma dama higiênica. De cu lavado e depilado. Represento meu papel. Ele é higiênico. Escrevo poesia composta. Com bosta! Seca. Ressecada. Grudada nos pelos do seu cu. Fedida! Nojenta! Onde anda Lulu com aquela bunda deliciosa e cabelo Chanel? Dando o cu, no mínimo. No máximo chupando o pau do dono do Jeep. A loira gigante balançando as ancas, a bunda murcha, chinelos de plástico e pés rachados, arrastando seu desejo pelas calçadas cheias de bosta de cachorro. Socorro! E a outra? Aquela que tem tatuagem e ombros de estivador. A rabuda da esquina. É uma menina, mas quer ter filho. E não tem brilho. Mas tem desejo. No olhar. Eu a vejo. Sem beijo. Quer um queijo? Filho sem brilho... Trilho sem trem. O que tem? Rain, rain, rain. Rain Man. Hey, man! E o estribilho. "Dos filhos deste solo és mãe gentil". Da puta que te pariu! E o bigorrilho que tirava o cavaco do pau? Uma canção popular de mil novecentos e guaraná com tampa de rolha. E da brincadeira de bolhas de sabão. Ah, não! Por que não? Porque não! Ah, não! E o que tem o anão? Não... Nada não. Era caolha a trolha que mijava na garrafa. Até o dia que o gargalo ficou preso na sua buceta. A desgraça precisou de cinco médicos para tirar a garrafa de dentro da buceta dela. E os cacos de vidro cortaram seu cu. Ela nunca mais mijou na garrafa. Nem deu a buceta. Virou especialista em boquete. Acho que era a Ivete. Talvez Ivonete. E casou com um pivete, que depois cortou sua garganta com um canivete. Suíço.  Que ela trouxe de Pequim. Era o Joaquim. E quanto a mim, fico perguntando com quantos paus se faz uma canoa. Rosinha, minha canoa. Rosinha é coroa. E amaldiçoa a garoa. Enrolo, enrolo, enrolo... Não sei de que forma terminar esse texto. Qual é o pretexto? Preciso de um? Não. Acabo assim. Fim!

01/02/2012

18/05/2019

Poema de Sete Faces Além da Minha

POESIA EM PROSA | Poema de Sete Faces Além da Minha
Luiz Carlos Cichetto
Outra Face do "BBibliotecário", de Gazua, por Celso Moraes F.

Um dia conheci Carlos. E Carlos, que poderia ser eu mesmo, mas era um outro, que não Mário nem Oswald, mas da família. E ele me disse, "Vai, Carlos, vai ser gauche na vida!". E eu disse: - Vai, Carlos, vai se foder na vida! E nem sabia para qualquer Carlos eu dizia aquilo, se ao outro ou se a mim mesmo. Afinal, como Carlos também são o Roberto e Erasmo, e como Carlos também é outro, que não fala com anjo torto, nem está morto, feito o outro Carlos e eu. Um dia conheci Andrade, que não tinha maldade, mas tinha tesão. E Andrade me disse que se chamasse Raimundo, seu nome seria Solução. E por fim eu disse: - Vai, Carlos, vai para o mundo, ser gauche, na puta que te pariu!

17/05/2019