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08/10/2019

Ditos Populares

Ditos Populares
Barata Cichetto
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados



Não quero ser curado pelo que arde,
E nem ter uma justiça que me tarde;
Ser apertado por aquilo que segura,
Nem alcançar a esperança insegura.

06/10/2019

06/10/2019

Verbo Desencarnado

Verbo Desencarnado
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados



Não me leia, que não sou palavra escrita, poesia de livro; não me escute, que não sou palavra cantada, letra de música; não me olhe, que não sou palavra pintada, quadro de exposição; não me cheire, que não sou palavra cheirosa, flor de jardim; não me engula, que não sou palavra gostosa, comida de botequim; não me toque, que não sou palavra de choque, guitarra de Rock; não me sinta, que não sou palavra de dor, discurso de ditador; não me creia, que não sou palavra religiosa, santo de andor; não me admire, que não sou palavra solta, idoso de andador; não me aceite, que não sou palavra feita, cerimônia de seita; não me deseje, que não sou palavrão, grito de tesão; não me chupe, que não sou palavra líquida, gozo de masturbação; não me chute, que não sou palavra prostituta, bandeira de luta; não me siga, que não sou palavra certa, grito de alerta; não me torture, que não sou palavra socialista, ideia de humorista; não me empurre, que não sou palavra de ordem, bandeira de carnaval; não me odeie, que não sou palavra torta, pedido de perdão; não me inveje, que não sou palavra vazia, eco de covardia; não me tolere, que não sou palavra tola, hino de futebol; não me derrube, que não sou palavra concreta, muro de arrimo; não me pague, que não sou palavra mercenária, cafetão de tribunal; não me entenda, que não sou palavra fácil, tiro de misericórdia; não me morda, que não sou palavra cadela, dentista de plantão; não me esqueça, que não sou palavra fútil, beijo de traição; não me chame, que não sou palavra surda, vendedor de chocolates; não me ame, que não sou palavra doce, briga de foice; e não me mate, que não sou palavra inútil, carta de suicídio.

02/12/2018

Solilóquio Brando

Solilóquio Brando
 A Uma Poeta Que - Ainda - Não Sabe Ser
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados

Salvador Dalí - Woman With Lobster (1967)


Quero ler-te poemas, enquanto chupas o meu caralho,
Falar sobre lutas e putas, e sobre o Capital e Trabalho.
Ser teu puto, aliviar o teu luto em branda noite de luar,
E na chuva chupar-te a vulva lisa, antes do dia clarear.

Quero ler-te poemas lambendo tua bunda desancada,
De leve lamber-te as pregas com a língua encharcada,
Chamar-te de puta e de piranha antes de amanhecer,
E rimar tua buceta com punheta antes de envelhecer.

Quero te ler na cama meus poemas sujos e mal escritos,
E depois te escrever outros, mais imundos e proscritos.
Arrancar-te gemidos e provocar lágrimas sem pudor,
Contando porcas histórias da guerreira e do lutador.

Quero te bolar um baseado, e fumar nos teus lábios,
Depois aumentar meu fraseado além dos alfarrábios.
Te foder com força, até que se retorça de tanto prazer,
Com toda a distância que eu possa de longe te trazer.

Quero te declamar poesia e te dizer lagartos e cobras,
Ser teu engenheiro, pedreiro e teu servente de obras.
Desobstruir tua estrada, te chamar de vadia e de tarada,
Obstruir tua descida e sem covardia te foder na escada.

Quero que leias tua poesia enquanto chupo-te a vagina,
Ouvindo tuas belas estrofes sobre tudo o que te fascina,
Depois te colocar de quatro até sermos soneto luxurioso,
Com os versos do teu poema piscando em um luminoso.

Quero sacramentar todas tuas vontades arrependidas,
Ser o abrigo amigo das tuas vaidades mais encardidas,
E assim ser teu poço de desejos sem precisar pagamento,
Tua voracidade, e veracidade, sem dor,  nem fingimento.

E quero te chamar de desejo, e no meio da tua bunda,
Dos gregos dar-te um beijo, numa oração vagabunda.
Por fim, quero que se liberte das tuas culpas inocentes:
Liberdade é a desculpa dos que querem ser indecentes.

02/10/2019

04/10/2019

Pichorra

Pichorra
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados



Fala que sou o cara legal, mas me quer mau,
E que sou gostoso, mas nunca chupa meu pau.

Fala que me ama, mas não engole inteiro,
E que gosta de mim, mas dá pro sapateiro.

Fala que é para sempre, mas nunca fode,
E que é eterno, mas dar o cu nunca pode.

Fala que sou bonito, mas prefere o cantor,
E que sou poeta, mas prefere dar pro ator.

03/10/2019

03/10/2019

Tóxicos ("Tóchicos")

Tóxicos
("Tóchicos")
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados



Quando lhe contei sobre o meu real desejo suicida,
Ela disse que era chantagem emocional e frescura,
E que a minha poesia era "tóchica" feito inseticida,
Depois se entupiu de drogas para dormir segura.

30/09/2019

02/10/2019

O Verbo e o Verso

O Verbo e o Verso
Barata Cichetto
© Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados




E não foi do verbo, mas do verso,
Que se fez toda carne do universo.

Fraca não é a carne, mas a vontade,
E o desejo é o alimento da verdade.

1/10/2019

01/10/2019

Retórica Torta

Retórica Torta
Barata Cichetto



Amontoam vírgulas nos textos,
E pontos usam como pretextos;
Pura dislexia poética sentimental,
Cuja profilaxia é desleixo mental;
Puros vomitadores de universos,
E meros imitadores de perversos.

30/09/2019