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01/09/2019

Uma Cachaça Para Raul Seixas

Uma Cachaça Para Raul Seixas
Barata Cichetto



Há em Raul, o que também existe dentro de mim:
O desejo das feras e a bela morte vestida de cetim.
Uma coisa intensa, metamorfose, desespero e solidão,
E eu tenho medo das sombras, mas não da escuridão.

Há tanto em mim quanto em Raul o pensamento,
Que existir sem ser, é ser apenas o esquecimento.
E que não importa o que lhe aponta na rua o sinal,
Porque sempre a sentença termina com ponto final.

Há uma ideia em mim, em Raul e em outros tantos,
Que reis podem ser belos, mas nunca serão santos.
Acreditar que posso ser rei sem ter sua majestade,
E que falta de luz não é a desculpa da tempestade.

Há tanto do Diabo em Raul e tanto de Raul na deidade,
Que nem sei quando eu morri, e nem sei a minha idade.
Estamos dentro do caldeirão do Diabo e não somos um,
Queimando no inferno gelado enxergando céu nenhum.

Há tanto de Messias em mim, em Raul e em qualquer,
E penso que não é seu senhor apenas quem não quiser.
Somos cavalos calados sem nomes, nem endereço fixos,
Contentes em sermos verbos transformados por sufixos.

Há tanto de mim em Raul que creio ser um egoísta,
Acreditando que posso ser bom sem ser comunista.
E que somos palhaços incendiando lixo na madrugada,
Com a certeza de que o fim é apenas o começo do nada.

21/08/2019

(Poema lido no Gyroscopio 69, de 01/09/2019)


Tudo Em Nome do Dever

Tudo Em Nome do Dever
Barata Cichetto


Eu não sei escrever, mas gosto de dizer que sei, e quem diz que gosta do que escrevo eu também gosto. Hoje não escrevi. Todos os dias escrevo alguma coisa, mesmo que seja qualquer coisa, mesmo que seja coisa à toda, ou até coisa boa. Mas hoje não escrevi nada. Não sabia o que escrever, sobre o que escrever; sobre cumprir comigo o meu dever. Não que eu deva escrever por dever, mas escrever por escrever. Nem que for para cego ver. Não sei se tem algo a ver com minhas crises de ansiedade, ou pela solidão desta cidade, mas decerto que pode haver algum motivo. E talvez esse motivo seja apenas o de eu me sentir vivo. É meu dever! Escrever?

31/08/2019

Pesadelos de Um Palhaço

Pesadelos de Um Palhaço
Barata Cichetto
The Midnight Clown - Mariano Villalba (Argentina)

Há um palhaço dentro de mim, picadeiro desfeito, que gargalha feito louco com sua roupa colorida, rosto pintado e um nariz de plástico vermelho. O palhaço quer rir, a platéia precisa de alegria, mas ele não consegue sair de dentro do picadeiro desfeito, de lona rasgada e diante de uma platéia que não lhe acha graça: o palhaço não consegue mais rir da sua própria desgraça.

29/08/2019

Foda-se, Facebook!

Foda-se, Facebook!
Barata Cichetto



Na casa do F azul, tudo que o que eu digo é: 

Foda-se, Facebook! Farsantes facínoras da fé fácil. Foda-se, Facebook! Falsos, falastrões e fingidos. Foda-se com F, que é facil falar falsidades e fazer falsetas. Foda-se Facebook! Fodam-se, fedorentos e frescos, fodam-se, fiscais. Ah, foda-se, Facebook! Foi foda fazer, aí fizeram festa. Foderam a federação, falsificaram a felicidade, ferraram a fidelidade. Facilitaram a foice, faliram a fiança. Fizeram feio, fomentaram falência, ferveram fetos. Foda-se, Facebook, faccção da farsa. Foda-se, Facebook! Filhosdaputa! Foda-se, Facebook! Fui fumar!

29/08/2019

Nem às Paredes Confesso

Nem às Paredes Confesso
Barata Cichetto
Ao Amigo Carlos Antonio Custódio


Pinto paredes de preto, querem coloridas as paredes. Paredes entendem apenas de cor, não entendem de dor, confesso às paredes que gritam. Arranco pedaços de seu concreto e elas gritam, mas não é de dor, é por falta de cor. Atiro os pedaços nas vidraças incolores e elas berram em estilhaços: vidraças não têm cores. Saio descalço, pisando nos gritos das vidraças, contando minhas desgraças sem cores, pintando de cores vivas o asfalto tingido de preto. Sou pintor, tinjo paredes de preto e asfalto de vermelho. Asfalto não sente dor, mas as solas dos meus pés queimam. Não sou parede, não sou vidraça, não sou asfalto.

29/08/2019

Carta Aos Pequenos Ditadores Filhos do Nove Dedos

Eu tinha escrito esse poema esta madrugada. Pretendia publicá-lo eventualmente, mas em vista do torpedeamento covarde do Facebook e seus ascelas da IntercePT , apoiados pelo dinheiro sujo do Banco Santander, creio que vem a calhar.



Carta Aos Pequenos Ditadores Filhos do Nove Dedos
Barata Cichetto, Luiz Carlos Cichetto, Luiz Carlos Giraçol Cichetto e todos os nomes pelos quais queiram enterrar.

Falam por aí que eu sou poeta autodidata,
E nas suas falsas modéstias de longa data,
Afirmam que suas faculdades são idôneas,
E, portanto jamais fariam poesias errôneas.

Falam por aí, mas nem por isso estão certos,
Que eu desconheço regras e acentos corretos,
E então pergunto sobre o acento em urubu,
Que na minha poesia o assento é do seu cu.

Falam e até confessam nunca os terem lido,
Poemas que escrevi antes de eu ter nascido.
Cantam faculdades, de letras e de comunismos,
Esquecendo que poemas são puros organismos.

Falam aí sobre escritor com universitária formação,
E eu, doutor, gargalho de sua doutrinária erudição.
Sua ignorância é até maior que sua hipocrisia,
Então pergunto que diploma precisa a poesia.

Falam com as bocas cheias de esterco autoritário,
Condenando com a palavra errada o hereditário,
E eu, que nada tenho de posse além de minha arte,
Passo fome por não receber o que é da minha parte.

Falam por aí sobre justiça com valores invertidos,
E defendem a carniça e seus mentores pervertidos.
Pois que eu digo que não há social sem o trabalho,
E que qualquer preconceito é moral e não ato falho.

Falam por aí com a boca cheia de alheio dinheiro,
Que arte é coletivo, que seu mestre é companheiro,
Enquanto eu dono da minha própria consciência,
Criei a minha própria filosofia, política e ciência.

Falam de mim por aí, até um tanto indecorosos,
Apenas tolos casados com políticos habilidosos.
E eu, quase analfabeto, de pai, de mãe e de puta,
Crio meu próprio alfabeto falando da minha luta.

Falam por aí, que estudaram literatura complexa,
Que aprenderam regras de semântica circunflexa,
Contam que cheiraram Baudelaire e comeram merda,
E eu lhes digo que poesia não se cheira, nem se herda.

Falam por aí, que poeta nem mesmo é escritor,
Respondo apenas: sou da palavra um escultor.
E aos que reclamam por eu ser chamado de Barata,
Digo que maldita é tua língua, aquela que me mata.

Falam por aí sobre o direito que têm à liberdade,
Mas esquecem de que o dever é o pilar da sociedade.
E eu, cujo direito ao respeito foi por eles revogado,
Tenho apenas eu mesmo por mim como advogado.

Falam com suas bocas que fumam a maconha,
Que o comunismo é a realidade do que sonha,
Alimentando o banquete do traficante estrangeiro,
Que derruba matas e chama índio de companheiro.

Falam e cospem em mim por não ter um diploma,
E digo que da sua doença eu não tenho o sintoma.
Sou formado nas esquinas pelas putas e escritores,
E não preciso de suas escolas criadas por ditadores.

Falam de mim, tiram minha nota do literário concurso,
E depois pagam por seu trabalho de conclusão de curso.
Meu diploma é de doutor, sou mestre de mim somente,
Um poeta analfabeto, e o único senhor da minha mente.

Falam de mim e nem sabem ser pai, nem artista,
E chamam de pai o ladrão e de mãe a terrorista.
Pensam que nasceram do ovo e que a mãe é santa,
Enquanto preciso esperar o almoço sem ter a janta.

Falam demais porque sua língua não cabe na cavidade,
E desconhecem as leis do retorno, e até a da gravidade.
Mas eu, que uma sepultura terei por moradia em breve,
Espero apenas que a morte a mim não entre em greve.

28/08/2019

A Democracia Que Desejam a Intercept, o Banco Santander e o Facebook Luiz Carlos Cichetto

A Democracia Que Desejam a Intercept, o Banco Santander e o Facebook
Luiz Carlos Cichetto


Um "amigo" ontem compartilhou uma postagem onde dizia que "a culpa dos incêndios na Amazônia era do seu voto". A publicação original era da IntercePT Brasil. Meu comentário: "Seu voto em 2002, 2006, 2010. É, seu voto em 1932". Bloqueei as  publicações da página em questão, sem qualquer comentário. E hoje recebo a informação do Facebook afirmando que eu me reportei com animosidade em relação a um anuncio da "IntercePT. Por coincidência, todas as ultimas postagens via fanpage que fiz nos últimos dias, foram bloqueadas, e até um link para o meu blog, feito numa postagem, que remetia a um texto sobre a banda Carro Bomba foi bloqueado.
Fora isso, há uns dias eu respondi num anuncio do Banco Santander que aquilo era forma deles arrecadarem informação, pois após colocar tudo o que foi pedido, a página do Banco não dava explicações e fechava o assunto. Também o tal banco reportou ao Facebook que eu agi com animosidade.
Estão os prints nesta publicação, se não for denunciada também.
- Coincidência ou não, nesta data a página "Barata Cichetto Escritor" atingiu 600 amigos.
- Sei bem quem é o denunciante. Nesta mesma semana li postagem dele incitando pessoas a denunciarem uma página. É um desses "Rockistas de Esquerda". Devidamente bloqueado.