Barata Cichetto
Pense em um dia com sabor de mortadela
Que lhe digo que cores tem uma aquarela
É o dia das bruxas, dos porcos e dos loucos
Mas um dia torto em que muitos são poucos.
E que dia é, que nunca começa nem continua?
Um dia que é noite e onde a menina anda nua
Dentro dessa escuridão caminhando às cegas
Que lhe abre as coxas, e rasga-lhe as pregas?
Então pense em um dia com sabor de esterco
Com soldados marchando e fechando o cerco
Que lhe mostro a cicatriz de cigarro na perna
E estendo a mão em busca da criança eterna.
Que dia é agora, que parece ontem ou amanhã?
Dia de filhos desaparecidos no inicio da manhã
E de amigos que se curvaram perante o horror
Em que dia estamos, senão no do dia do terror?
01/11/2017
©Luiz Carlos Cichetto - Direitos Autorais Reservados
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